Coleção pessoal de adeleteixeira

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- Aonde você está?
Como um tiro certeiro, ele resolveu matar o silêncio e invadir com alta velocidade meus pensamentos. E não é que eu sempre me pergunto isso?

Você realmente conhece as pessoas que estão ao seu redor? Você realmente sabe algo além do que elas apenas demonstram? Você realmente sabe ler o que há por de atrás dos seus sorrisos ou por de trás dos seus olhares? Você realmente sabe o que significa cada gesto? E o que elas falam, você realmente sabe o que significa? Você realmente sabe o que há de verdadeiro em todas as suas críticas e pré-julgamentos em relação a elas? E o que elas sentem? Você realmente sabe o que elas querem dizer quando respondem a pergunta ‘Tudo bem?’ de um simples início de conversa? E você, acha que alguém te conhece? E mais, você permite que alguém te conheça?

Queria poder abraçar o mundo todo de uma vez só. Queria também abraçar todos os corações que precisam de consolo. Queria conseguir ter mais controle sobre mim para, desse jeito, conseguir ajudar a todos. Os amados, íntimos, desconhecidos… Simplesmente todos, sem deixar ninguém de fora. Queria ser mais clareza, mais luz. Queria ser menos confusão, menos trauma, menos abalo. Queria ser mais eu. O eu puro, ausente de cicatrizes e conflitos passados. Queria transformar os agressores em máquinas fazedoras do bem. Queria transformar os machucados em risos. E depois de tudo isso, brincar de ciclo sem fim. Fazendo tudo isso pra sempre… E pra sempre de novo.

E a gente ainda tem a audácia de nem que seja por um simples e breve momento desacreditar de uma coisa tão linda como essa. A vida adora nos surpreender. As vezes negativamente, mas ela sempre dá um jeitinho de fazer aquela surpresa incrível no final das contas. Ela adora aparecer, adora soltar aquele velho sermão “Eu não te disse que sabia o que tava fazendo?”. Adora nos fazer olhar para trás e ver o quanto todo sufoco passado teve um propósito. Adora nos mostrar o quanto éramos imaturos ainda para receber aquele presente maravilhoso que ela desde o início reservou para nós. Aquele presente. O presente merecidíssmo. Aquele que vem chegando aos poucos, as vezes em formas de dolorosos testes e etapas, nos preparando ao poucos. Para quando nós finalmente estivermos prontos para não só recebê-lo, mas ser também recebido, sabermos aproveitar infinitos por cento dele. Para sabermos a diferença entre estar junto e reciprocidade. Para sabermos, da forma certa, conservá-lo. Sem sombra de dúvidas, quem disse que há males que vem para o bem, não estava nem de longe errado. Ainda bem. Ainda bem que o amanhã existe. Ainda bem existem novas experiências. E principalmente: ainda bem que a gente mesmo sem querer, as vezes até involuntariamente, acaba dando mais uma chance pra gente. Mais uma chance pra nosso coração. E ainda mais: pro amor.

Sei que errei bastante, mas sei também que esses erros não possuem só o meu nome, o seu também não conseguiu escapar. Sei também que, ao mesmo tempo em que achávamos que só o erro existia, uma coisa era perfeitamente firme: a certeza de que, a cada minuto que se passava, estavamos acertando mais.

Queria saber que tipo de jogo é esse que eu venho jogando há um tempo sozinha. Como se uma parte de mim se escondesse e a outra procurasse. Numa espécie de esconde-esconde infinito na qual nenhuma parece querer se render.

Você diz que seus planos nunca dão certo, mas eu nunca vi você mover um dedo sequer para concretizá-los.
- Quem acredita sempre alcança. (risos)
É, ela realmente levava isso muito a sério. Até demais. Achava que era só querer e pronto… Difícil dizer que ‘não é bem assim’ para alguém que está acostumado a ter sempre tudo nas mãos. Mimada, imatura, materialista…Esse é apenas o começo da lista. Mas existia algo que me agradava lá no fim: esperança. Disso ela era cheia. Só não sabia que com isso ela poderia mudar o mundo. Talvez não inteiro, mas pelo menos o dela.

Olhe para as estrelas. Elas são as mesmas da semana passada, do ano passado… As mesmas de quando éramos crianças, as mesmas de quando não éramos nem nascidos. Daqui a cem anos, ninguém saberá quem nós somos. Mas eles conhecerão as mesmas estrelas.

Você diz nunca ter estado tão bem na vida, mas os copos lotados de diversão barata contam outras histórias.

Fotos que revivem as mais bonitas lembranças. Fotos que reativam sentimentos profundos. Fotos que gritam retornos, suplicam segundas chances. Fotos que vão formando pilhas sob outras, as mesmas, vistas varias e varias outras vezes antes. Fotos que não conhecem o desapego, que só vem, mas nunca vão. Fotos que um dia foram sorrisos vivos e que hoje apesar de mortos, ainda continuam sorrisos…

É engraçado ver como as coisas mudam. Mas o engraçado mesmo é ver a diferença dos efeitos das mudanças para nós no presente e no futuro. Agora nada faz sentido. Tudo parece bagunçado, perdido, meio sem pé, sem cabeça, sem rumo. Mas depois de um tempo, você olha pra trás e enxerga um verdadeiro motivo. Vê que aquele amigo não colocou um ponto final sem motivo algum na sua vida. Percebe que aquele sonho não foi apenas um impulso como você achava antes. A vida continua. Sempre. Mas o ser humano tem muita pressa. Há muito tempo entre a chegada e o ponto de partida. Há muito tempo entre um sonho e outros. Tá aí outra coisa engraçada. Nós sempre queremos que o tempo passe, fazemos questão de remediar tudo com o tal do ‘tempo-curador-de-todos-os-males’, e por mais que ele passe só sabemos dizer que estamos ‘esperando’. Esperando o que? A verdade é que nunca sabemos, só amanhã…

Menina, aprende que as vezes tem que chover mesmo. Tem que deixar molhar, borrar a maquiagem. Não faz mal ficar feia de vez em quando, botar a careta mais horripilante e gritar aquela palavra que tá ali guardada faz tempo, aquela palavra que combina com a careta, sabe? Aprende que as vezes o trovão é alto, ensurdece e assusta. Mas aprende também que do mesmo jeito que molha, seca. Chove, mas passa…

Uma vez me disseram que o amor é o que nos fortalece. Difícil de acreditar, quase impossível, quando lembrei que foi sempre ele que me levou ao chão. Até te conhecer. Dessa vez foi algo novo, algo totalmente diferente. O que haviam me dito começava a fazer sentido. E ainda aprendi mais. Descobri que é o grande pequeno detalhe que nos faz acreditar que somos muito mais do que nós apenas imaginamos.

A magia está em se derramar nas palavras, chover nas linhas, se inundar nos versos. Mas ela acaba quando ao invés de molhar o nosso próprio papel, ela começa a tentar afogar folhas alheias.

Me beije como se fosse a primeira vez, me ame como se fosse pra sempre, erre como se não existisse o medo.

Fecho os olhos e vejo luzes coloridas que tomam conta de um salão inteiro. Vejo gente dançando músicas que não conseguem deixar nem os surdos parados. Vejo gente cantando lento, cantando rápido, cantando sem saber cantar. Vejo gente feliz, gente alegre, gente cheia de vida. Vejo um dia especial, pessoas importantes. É um dia único, um quase feriado para os que ainda vivem nostalgicamente Agostos passados. Abro os olhos e não vejo mais nada. Mas meu coração não pede nada daquilo que viu. Não pede multidões, fogos de artifícios e tão pouco por luxo. Ele pede você, o seu sorriso e uma boa viola…

Sua felicidade depende da dos outros, não é? Desde que a vida te fez entender por gente. Mas aprende, pequena, que desde que a vida se fez por vida ela também ensina que tristeza não gera felicidade. Seja um pouco egoísta. Um pouquinho de amor próprio não faz mal a ninguém. Saiba seu nome e grite-o vez em quando só para nunca se esquecer.

A gente fica fazendo cálculos complexos pra tentar descobrir o número exato de pessoas que estarão sempre ali independentemente do que. E no final das contas, a gente descobre que não há matemática na surpresas e muito menos no incerto. O mesmo que soma, subtrai. O mesmo que divide, não lembra de as vezes também multiplicar. E a gente esquece que não é de cálculos que se precisa para descobrir esse tipo de coisa, é de tempo. Mas os tempos bons não surpreendem muito. A brisa balança os cabelos alegremente. Costumam vez em quando os desarrumar um pouco, mas não há nada como uma boa escova de esperanças para desembaraçar tudo que estava fora do lugar. Já os ruins costumam não só secar a pele ou o coração, mas também as máscaras… E os cálculos…

Aí a gente se pergunta: por que a gente é assim? Por que a gente faz esse tipo de coisa? Por que essas coisas acontecem? Por quê? E no final das contas as lágrimas respondem porque a boca não consegue dizer absolutamente nada.

Já faz tempo que não tenho certeza de muita coisa. Já faz tempo que muita coisa se perdeu, não só no meio do caminho, mas aqui dentro também, principalmente. Já não sei dizer o motivo de tudo o que se passa na minha vida. O rumo que ela tomou. Acredito que já faz tempo que não sei onde estou. Talvez esteja perdida em alguma esquina. Talvez tenha esquecido o caminho de casa… Ou o da minha vida. Talvez tenha esquecido de mim. Existem coisas que não dá pra se explicar. Um dia a gente apedreja, outro dia venera. Coisas que antes a gente antes criticava, hoje são essenciais. E a gente vai vivendo assim. Se enchendo, se esvaziando. Trocando de pele. Sendo muda, flor, adubo. E o ciclo nunca acaba. Mas as vezes a gente se enche de vazio e esquece que certos valores que tem que ter espaço reservado, fixo. E a gente acaba sem querer querendo preenchendo esses lugares com o nada. E demora até perceber que alguma coisa não faz parte do que a gente chama de ‘eu’. E nada disso faz sentido… Absolutamente nada.