Coleção pessoal de acvomotta
A vida morna, entediante, com a falta de entusiasmo e brilho nos olhos é a única morte que devemos temer.
A parcialidade é a arma de quem não tem argumento e castra a informação com a única intenção de manipular.
Infelizmente o ser humano exige do outro algo que nem mesmo ele conhece a fundo ou possui para oferecer. Enfim, reclama de si.
A felicidade não reside nos inteligentes.
Independe de dinheiro, local, cultura, raça, cor ou credo, mas está ligada intimamente com o desapego, com a resiliência e com a falta de expectativas, características dos sábios.
Deixemos os "normóticos" acinzentados andando em círculos, cabisbaixos e vamos sorridentes em linhas retas e tortuosas, colorindo.
Filósofos são todos aqueles que amam a sabedoria e se debruçam nas reflexões e questionamentos. Muitos nem passaram pelo círculo acadêmico, mas desfilam pensamentos que desafiam os doutos.
Nunca te vi, mas posso nutrir uma amizade profunda apenas por sinais de fumaça, cartas, telégrafos, telefones, e-mails...afinal, nós a construímos por algumas afinidades de idéias ou empatias.
A amizade é uma dádiva fascinante e acontece por empatia, por afinidade de algumas ideias e por isso pode ser virtual.
Pessoas são como as portas, existem as escancaradas e raras, as entreabertas, as fechadas e, por fim as piores, as trancadas.
Alicerces frágeis devem ser implodidos, mesmo que tenhamos de perder a construção e daí refazê-la com segurança.
Percebendo o tempo que o tempo não tem,
o mesmo tempo que se perdeu no tempo,
se achando, de tempos em tempos também.
Sou produto de tudo que vi, ouvi, senti, pensei, falei e mais, do que refleti e questionei disso. Não retiraria nada do meu passado por receio de gerar desvios que alterariam meu aprendizado atual.
As expectativas e os desejos nos levam a escolhas desequilibradas, caminhos nublados e a destinos questionáveis.
Prefiro o arrependimento daquilo que eu possa ter dito ou feito e me causou prejuizo do que daquilo que deixei de tentar fazer e dizer e me lançou no vácuo, num universo do "e se..."
Se olhares me intimidassem seria eu o primeiro a dizer-te, mas ao fazeres isso sobre o meu passado deixastes de escutar-me.
Tenho o compromisso diário de fazer a diferença para, pelo menos, uma pessoa desconhecida.
Faço mais por mim do que por elas, confesso.
É melhor renascer a parar de dar valor às coisas simples por conhecer o luxo e desejá-lo unicamente, pois estaremos mortos em vida.
Se não for pelas nossas mentes, com braços e pernas atuantes e voz alta, continuaremos sobre o assoalho, inertes, como a sujeira que se deposita todos os dias sendo pisada.
Se não percebermos, por causa da tristeza, que quando uma porta se fecha outra se abre, permaneceremos de costas ao novo, olhando e lamentado o que passou.