Coleção pessoal de acasosafortunados

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Talvez eu nunca descubra se foi invenção ou se houve alguma coisa, algum lampejo, e no fundo você só teve receio. Talvez eu inventar na minha cabeça que você teve foi medo do que poderia ser, seja só uma forma de ajeitar essa narrativa louca, frustrada de tudo que a gente (não) viveu. Mas podia.

" É que às vezes não precisa ser certo, nem pra sempre, nem definitivo... Às vezes eu só quero mesmo que SEJA. "

Às vezes para alguma coisa florir é preciso mais que cuidado ou fé... é preciso semente.

E eu fico com aquela sensação meio adriana-calcanhoto-vem-vambora-você-tem-meia-hora-pra-mudar-a-minha-vida... mas vai passar. Porque eu me conheço e eu já comecei a achar você estranho. Meio idiota até. E eu lamento, sabe? Profundamente? Porque podia ter sido incrível. Absoluta e irreversivelmente incrível. E nunca, nunca mais vai ser.

É isso. Um brinde a todas às impossibilidades não-vividas ... pra que elas se libertem, sabe? E talvez o mundo gire e você tenha sempre com você a incógnita do que nunca vai encontrar por aí... (nem tão cedo.) (Não como a gente.) (Não como eu.)

Só que eu não vou estar mais aqui.

Uma gota de água só terá valor de UMA gota de água, se o balde não estiver cheio.

Nossa vida é só essa aqui. E ela é única. Única e curta demais pra tantos grilos e medos... É passar o tempo que pudermos com as pessoas que gostamos. É mergulhar sem garantias e sem medos... mesmo que a gente não saiba ao certo o que acontece depois. Mesmo que erre. Mesmo que sangre.

Mas se na vida há que se entender que não é o destino, mas a jornada, eu posso dizer que sem dúvidas a jornada foi incrível. E eu chorei, sorri, me indignei, bradei. Eu vivi. Repleta de desabores, rumores, temores, humores, vivi.