Eu sou tão desgraçada que até os versos que faço pra ti, vem alguém e leva embora, pra oferecer pra outro alguém; como se fosse possível, alguém senão tu sentir, todo amor que neles tem.
A distância entre nós era grande demais.
Era como se eu estivesse falando com uma pessoa que desaparecera, uma pessoa que não estava mais ali, uma pessoa que já não existia, uma pessoa que nunca existiu...que talvez só tenha existido nos meus mais sublimes sonhos.
Às vezes
não é casamento.
É só um descanso do desejo.
Às vezes
não é depressão.
É só uma alma em crise,
onde tudo e nada, é a mesma coisa.
Às vezes
não é depressão.
É só alguém pegando
sentimentos como borboletas
em uma rede.
Às vezes não é amor.
É só uma felicidade sendo
a felicidade de outra pessoa.
A prova de sua inferioridade, é acreditar que é superior.
Às vezes
não é depressão.
É só um poeta sem poesia.
Às vezes
não é cristão.
É só um diferente
nível de não se importar.
No início havia primavera, e primavera inspirava tudo.
Às vezes
não é amigo.
É só aquela pessoa
que nota o desespero
respirado em suas palavras.
Encontre a cor que você ama entre todas as flores florindo a primavera ao seu redor e misture.
Às vezes não é amor.
É só uma cumplicidade
em todas as suas formas
mantendo duas pessoas juntas.
Às vezes
não é amor.
É só alguém
querendo viver
dentro de sua carne.
Às vezes
não é poeta.
É só alguém
desmoronando
e a poesia vendo.
Às
vezes
não é poeta.
É só alguém distraindo
o tempo pra vê se ele não passa.
Será que, num universo paralelo, já percebemos que estamos vivendo no paraíso?
Às vezes não é poeta.
É só alguém olhando
o verso das coisas...
Será que, num universo paralelo, uma versão de nós está vivendo o que desejamos agora.
Seja
um herói
de si mesmo...
E deixe seu medo
tremer em seus rastros.
