Coleção pessoal de 7den

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⁠ ⁠Enquanto as pétalas caem daquela pequena flor que estava morrendo, eu observava o céu nublado, um dia escuro e inexpressivo, será que não é uma metáfora de minha própria vida? Na minha cláusula assinei a felicidade, agora se encontra rasgada no chão.

Ouvi dizer que quando estamos intensamente tristes, conseguimos sentir muito mais do que normalmente sentimos, o amor, a dor, a empatia, e talvez estejam certos...
Ao anoitecer costumo ler alguns livros fictícios, isso me ajuda a ir além do que consigo ir, já que não posso tirar os pés do chão, quando há uma corrente me prendendo. Sim, eu estou nessa casa a décadas, uma vida imortal, com o mesmo clima, os mesmos acontecimentos e os mesmos livros, todos os dias, as mesmas palavras.

⁠Me encontrava em um lago sujo e fundo, não conseguia nadar até a superfície. Mas havia alguém ali em pé me observando, eu implorei para que me ajudasse, mas o silêncio permanecia.

Ela me deixou ser afogada,
e eu pude ver sua face por um segundo, rindo ansiosa por minha morte lenta e agonizante.

De repente eu acordei. Embora tudo não passasse de um sonho, me senti afogada, como naquele lago, eu estava morta, consumida, mas agora consigo lembrar de seu rosto...Era eu mesma.

Vim de um mundo onde eu era caçada por criaturas colossais, com olhos ofuscantes como de um farol, era tudo tão sepulcral, sem vida, sem cor, sem alma. Eu queria fugir, mas não sabia como, a cada dia que se passava, me perdia no mais profundo pensamento, só sabia correr, chorar e sofrer.

As arvores mortas de pinheiros, cobriam o céu inteiro, a neblina constante, afastava a luz do sol e da lua. Meu amargo cosmos de dor, bestas me perseguem na noite imperecível, me pergunto se há esperanças...
Eu não pude fazer nada, me entreguei as trevas, desisti de minha dolorosa vida, peço desculpas a minha desprotegida alma, pois hoje estarei partindo desse universo lutuoso.⁠

⁠Era uma vez, uma fonte corrompida, que nunca soube o que era uma água doce. Até que o tempo se passou, e lhe foi ensinado a jorrar águas amargas, inundando de tormento, tudo a sua volta. Ela esperava que algo lhe construísse para uma nova fonte de amor e grandeza, mas não algo desse mundo, nada poderia preencher aquele vácuo que parecia eterno. A esperança para ela, era como observar uma longa-metragem de fantasia, bonita mas não real.

Sua mente é oficina de numerosos pensamentos, questionamentos, filosofias, histórias e filmes jamais vistos. Por quê? Por qual razão? Essa sou eu? Como devo agir? Você me vê, criador? Por qual motivo, jorro tantas maldições e infelicidades? Poderia ser eu uma fonte tão útil como tuas obras primas, capaz de ser recriada para o bem? Eu me sinto sozinha...

Ela se perguntava com tamanha amargura em seu quase eterno fundo de solidão.

⁠Eles correm tão rápido, com o vento batendo forte, não se sentiam mais confusos ou incertos. Junto a eles, corriam as estrelas e a lua, as folhas e o mar, o mundo era o nosso lar.
As palavras soavam galantes e serenas, a paciência reinava com eles, ao equilíbrio do cosmos. Um ciclo infinito, entes sobrenaturais, a vida unicamente graciosa.