Ciência Religião

A ciência sem a religião é manca, a religião sem a ciência é cega.

O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa.

A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar.

A voz de Deus nos diz constantemente: uma falsa ciência faz um homem ateu, mas uma verdadeira ciência leva o homem a Deus.

Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício e ciência sem humanismo.

A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres.

Há uma diferença fundamental entre a religião, que se baseia na autoridade; e a ciência, que se baseia na observação e na razão. A ciência vai ganhar porque ela funciona.

A religião sem a ciência é manca, e a ciência sem religião é cega.

Erro pensar que é a ciência que mata uma religião. Só pode com ela outra religião.

A ciência e a religião não estão em desacordo. É que a ciência ainda é muito jovem para compreender.

“A questão de todas as questões, tanto para a ciência quanto para a religião, é determinar nosso lugar verdadeiro e nosso verdadeiro papel no universo.”.

Antigamente, quando a religião era forte e a ciência era fraca, os homens erradamente tomaram magia ao invés de remédios; agora, quando a ciência é forte e a religião é fraca, os homens erradamente tomam remédios como magia.

Não há oposição entre Ciência e Religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880.

"A ciência nos dá o Conhecimento, e a religião nos dá o Sentido. Ambos são pré-requisitos para uma existência decente"

Agora, mais do que nunca, sou noiva da ciência. Religião para mim é ciência, e ciência é religião.

A ciência nos dá o conhecimento do mundo e a religião nos dá o significado.

A ciência é feita de fatos, a religião é feita de fé. Prefiro os fatos.

Ciência é uma equação diferencial. Religião é a condição de contorno.

Minha intenção última está na ciência de Deus.

Os seres humanos podem ansiar pela certeza absoluta; podem aspirar a alcançá-la; podem fingir, como fazem os partidários de certas religiões, que a atingiram. Mas a história da ciência - de longe o mais bem sucedido conhecimento acessível aos humanos - ensina que o máximo que podemos esperar é um aperfeiçoamento sucessivo de nosso entendimento, um aprendizado por meio de nossos erros, uma abordagem assintótica do Universo, mas com a condição de que a certeza absoluta sempre nos escapará.
Estaremos sempre atolados no erro. O máximo que cada geração pode esperar é reduzir um pouco as margens dele e ampliar o corpo de dados a que elas se aplicam. A margem de erro é uma auto-avaliação visível e disseminada da confiabilidade de nosso conhecimento.
[Carl Sagan em: O mundo assombrado pelos demônios, capítulo 3 - Ciência e Esperança]