Chico Xavier - sobre Disciplina
Indispensável não esquecer que podes auxiliar a ti mesmo, através do amparo que dispenses aos outros.
SEGUINDO ADIANTE
Por mais se te fale de calamidades e crises, não permitas que o desânimo te alugue o coração para os comícios da rebeldia.
Ainda mesmo te encontres em tamanho labirinto e qua a vida te pareça extensa noite, recorda que as estrelas reinam sobre as trevas e que, por mais espessas se mostrem as sombras noturnas,determinam as Leis de Deus que amanhã seja novo dia.
Os mundos que brilham no âmbito dos céus são tuas moradas futuras, a herança que Deus te reserva. Tu és para sempre cidadão do Universo [...]
Estejamos convencidos de que nunca é tarde para que alguém seja feliz e que o Reino de Deus está dentro de nós.E com semelhante luz ser-nos-á possível esquecer quaisquer provações e vence-las,situando-nos desde agora, a caminho da vida superior.
O negociante que armazena toneladas de arroz com o propósito de lucro fácil , não poderá ingeri-lo senão na quantidade de alguns gramas por refeição.
Protege o próprio lar contra a perturbação e a desarmonia, mas de a tua ação não surte efeito,aceita a casa em que vives por tua escola de regeneração e de amor.
"Refugia-te no templo à parte, dentro de tua alma, porque somente aí encontrarás as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade reais, a que o Senhor te destinou."
Todo o poder provém duma disciplina e corrompe-se a partir do momento em que se descuram os constrangimentos.
Sem açúcar
Todo dia ele faz diferente
Não sei se ele volta da rua
Não sei se me traz um presente
Não sei se ele fica na sua
Talvez ele chegue sentido
Quem sabe me cobre de beijos
Ou nem me desmancha o vestido
Ou nem me adivinha os desejos
Dia ímpar tem chocolate
Dia par eu vivo de brisa
Dia útil ele me bate
Dia santo ele me alisa
Longe dele eu tremo de amor
na presença dele me calo
Eu de dia sou sua flor
Eu de noite sou seu cavalo
A cerveja dele é sagrada
A vontade dele é a mais justa
A minha paixão é piada
A sua risada me assusta
Sua boca é um cadeado
E meu corpo é uma fogueira
Enquanto ele dorme pesado
Eu rolo sozinha na esteira
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
Não sei por que você não me alivia a dor. Todo dia a senhora levanta a persiana com bruteza e joga sol no meu rosto. Não sei que graça pode achar dos meus esgares, é uma pontada cada vez que respiro. Às vezes aspiro fundo e encho os pulmões de um ar insuportável, para ter alguns segundos de conforto, expelindo a dor. Mas bem antes da doença e da velhice, talvez minha vida já fosse um pouco assim, uma dorzinha chata a me espetar o tempo todo, e de repente uma lambada atroz. Quando perdi minha mulher, foi atroz. E qualquer coisa que eu recorde agora, vai doer, a memória é uma vasta ferida. Mas nem assim você me dá os remédios, você é meio desumana.