Chico Buarque

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Chico Buarque (1944) é um músico e escritor brasileiro. É considerado um dos mais importantes nomes da música popular brasileira. Em 2019, recebeu o Prêmio Camões de Literatura pelo conjunto da obra (incluindo livros, músicas e peças).

Mesmo que você fuja de mim
Por labirintos e alçapões
Saiba que os poetas como os cegos
Podem ver na escuridão

Já passou, já passou. Se você quer saber, eu já sarei, já curou. Me pegou de mal jeito mas não foi nada, estancou.

...e pela minha lei, a gente era obrigada a ser feliz.

Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa

E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz, você era a princesa que eu fiz coroar e era tão linda de se adimirar!!!

E qualquer coisa que eu recorde agora, vai doer. A memória é uma vasta ferida.

Eu quero fazer silêncio
Um silêncio tão doente
Do vizinho reclamar
E chamar polícia e médico
E o síndico do meu tédio
Pedindo pra eu cantar

Não há mais porta, mas também não tenho mais vontade de entrar.

Sou bandida
Sou solta na vida
E sob medida
Pros carinhos teus
Meu amigo
Se ajeite comigo
E dê graças a Deus

A dor da gente não sai no jornal.

Chico Buarque

Nota: Trecho da música "Noticia de Jornal".

Vem, me dê a mão; A gente agora já não tinha medo; No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido.

Eu vou rasgar meu coração pra costurar o teu.

Eu por mim sonhava com você em todas as cores, mas meus sonhos são que nem cinema mudo, e os atores já morreram há tempos.

Quando chegar o momento, esse meu sofrimento vou cobrar com juros, juro.

Carolina

Carolina
Nos seus olhos fundos
Guarda tanta dor
A dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei que não vai dar
Seu pranto não vai nada mudar
Eu já convidei para dançar
É hora, já sei, de aproveitar
Lá fora, amor
Uma rosa nasceu
Todo mundo sambou
Uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo
Pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu
Carolina
Nos seus olhos tristes
Guarda tanto amor
O amor que já não existe
Eu bem que avisei, vai acabar
De tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar
Agora não sei como explicar
Lá fora, amor
Uma rosa morreu
Uma festa acabou
Nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu

Arrisquei muita braçada; Na esperança de outro mar; Hoje sou carta marcada; Hoje sou jogo de azar

Imagina hoje à noite a gente se perder
Imagina hoje à noite a lua se apagar

Às vezes o que a gente procura, não é o que a gente procura. É o que a gente encontra.

Como é dificil acordar calado. Se na calada da noite eu me dano. Quero lançar um grito desumano.

Não tem mais jeito, a gente não tem cura.