Chega de Mentiras

O homem sem paciência é como uma lamparina sem óleo.

Não sejamos tão exigentes: quanto mais transigentes, mais hábeis.

O avarento mais preferiria que o sol fosse de ouro para o cunhar, do que ter luz para ver e viver.

A poesia é a linguagem natural de todos os cultos.

O que ganhamos em autoridade, perdemos em liberdade.

Pouco dizemos quando o interesse ou a vaidade não nos faz falar.

Pensar só em si e no presente é uma fonte de erro em política.

A força dos governos é inversamente proporcional ao peso dos impostos.

A sabedoria é geralmente reputada como pobre, porque não se podem ver os seus tesouros.

A estirpe herda-se e a virtude conquista-se; e a virtude vale por si só o que a estirpe não vale.

Uma boa recordação talvez seja cá na Terra mais autêntica do que a felicidade.

A verdade é tão simples que não deleita: são os erros e ficções que pela sua variedade nos encantam.

O gosto de contentar um amigo é um demónio tentador.

O homem que despreza a opinião pública é muito tolo ou muito sábio.

Face aos grandes perigos, só a grandeza nos pode salvar.

Para não corar diante da sua vítima, o homem, que começou por feri-la, mata-a.

Torna-se indispensável manter o vigor do corpo, para conservar o do espírito.

Se não estás disposto a matar aquele a quem pretendes odiar, não digas que o odeias; estás a prostituir tal palavra.

Para os doentes, o mundo começa na cabeceira e acaba no pé da sua cama.

Não emprestes, não disputes, não maldigas, e não terás de te arrepender.