Chega de Desculpa Esfarrapada
Me desculpa se te ferir...E que hoje a solidão fincou em mim...Sabe que eu não sou assim...E és tão forte a dor aqui
Você pode até não ser meu primeiro amor, mas foi o maior dele e me maguou...Só sei sentir...
Desculpa por ti amar assim...
Sonhei com você acordei com você
A você me entreguei com você, sim
Sonhei, agora sei o quanto errei
Só porque ti amei? Não sei
Apenas sei que ti amei e com muita
Dor fiquei não voltarei não a verei
Aqui com esta dor sem fim
Queria que não tivesse acabado assim
Seria um amor sem fim, mas enfim
Desafiando a mim digo-te somente assim
Desculpe por apenas ter ti amado assim
'' Essa escrita é para eu ter mais uma desculpa pra lembrar de você .
Para que também , eu possa ler minha saudade e logo após senti-la . ''
Hoje despertei enferma. Disse que era gripe — a desculpa habitual, uma justificativa pronta para quem pergunta apenas por educação. Mas, entre nós, foi mais que isso. A doença física era só a casca, o sintoma mais visível de algo que me envenena mais fundo. Não entrei em detalhes, é claro. Porque, no fundo, não há criatura viva que realmente deseje saber como estou. Eles escutam, mas não ouvem; dizem que se importam, mas é o silêncio que realmente diz a verdade. Quem ama de verdade adoece junto. Por isso calei-me — foi um gesto de amor-próprio. Ou de resignação.
Fiquei deitada de barriga para cima até as dez da manhã, imóvel, como um cadáver temporário, tossindo tanto que a própria garganta parecia se desfazer em fiapos. Um rasgo interno, uma agonia que vinha de dentro para fora. Permaneci assim até reunir coragem para me arrastar até a pia: havia pratos a lavar. E então os sequei, como quem seca também a si mesma — tentando dar um mínimo de ordem ao caos que me habita.
No café da manhã, preparei uma papa de Mucilon. Um gesto infantil, quase um consolo. Foi bom. Mas também foi tudo que pude fazer. Retornei à cama — meu pequeno túmulo provisório — e apenas consegui erguer-me por breves instantes às duas da tarde. Comi, quase por obrigação, e engoli o ibuprofeno como quem engole o cansaço acumulado dos dias.
Já marcava quatro horas quando, num gesto quase heroico, reuni minhas últimas forças para me levantar outra vez. Enfim tomaria banho. Mas o inesperado me golpeou: não consegui fechar a porta. A chave, antes leve como uma pétala, agora era chumbo em meus dedos.
E então compreendi — não pela razão, mas por um suspiro da alma — que fazemos diariamente coisas que não notamos, e que talvez por isso mesmo nunca agradecemos. Trancar uma porta. Lavar um prato. Respirar. Tudo isso era fácil — até deixar de ser. E só quando a capacidade nos abandona, é que percebemos o quanto aquilo nos pertencia. Ou pensávamos que pertencia.
Agora, estou deitada novamente. Tossindo.
Como quem fala com Deus em código morse.
Como quem espera um milagre no silêncio.
Como quem compreende, tardiamente, que o corpo adoece quando a alma já está exausta.
A desculpa é o que damos quando não queremos algo.Logo, o pretexto
é a razão mais óbvia que encontramos quando estamos afim de alguém.
Cérebro desculpa ter colocada ela na mente, eu precisava ocupar todas as partes, inclusive o lado sentimental.
Se olhando dentro dos meus olhos você não consegue enxergar nada, desculpa, vai ser inútil ouvir de mim o que estar escrito na lente da alma.
Desculpa querer sua atenção
É por que se eu conseguir sua atenção por alguns minutos
Eu consigo qualquer coisa nesse mundo.
A desculpa é um ponto negativo para quem cometem erros e vão se desculpar pensado que as banalidades serão apagadas.
