Charles Chaplin Amor Proprio

É próprio das censuras violentas tornar credíveis as opiniões que elas atacam.

O mau é de si próprio algoz.

Um homem que se dobrou a si próprio nunca poderá endireitar os outros.

A gente não escolhe o próprio assunto. Eis o que o público e os críticos não entendem. O segredo das obras-primas está nisso, na concordância do assunto com o temperamento do autor.

Quando um personagem nasce, adquire imediatamente tal independência inclusive do seu próprio autor, que pode ser imaginado por todos em tantas outras situações em que o autor não pensou inseri-lo, e às vezes pode adquirir também um significado que o autor jamais sonhou em dar-lhe!

Apto para governar está quem ama tanto o seu povo como se ama a si próprio.

Ninguém se conhece tão bem como aquele que mais desconfia de si próprio.

O homem está sempre mais descontente com os outros quando se acha menos contente consigo próprio.

É próprio de um herético, quer dizer, daquele que tem uma opinião particular, aferrar-se às suas próprias ideias.

Um anão sobre os ombros de um gigante pode ver mais longe que o próprio gigante.

Cada um é criador do seu próprio destino.

No mau é que está o seu próprio inferno.

Cada ciência, cada estudo, tem o seu próprio e ininteligível calão, que apenas parece ter sido inventado para evitar as aproximações.

O erro próprio dos artistas é acreditarem que fariam melhor meditando do que experimentando. (...) É fazendo que se descobre aquilo que se quer fazer.

O dever dos juízes é fazer justiça; a sua profissão, a de deferi-la. Alguns conhecem o próprio dever e exercem a profissão.

Quem não dispõe de reservas em si próprio, é assaltado pelo aborrecimento que o espreita e em breve o dominará.

Cada homem age por si, segundo um plano próprio, mas o resultado é uma ação social, em que outro plano, externo a ele, se realiza; e com os fios crus, finos e desfeitos da vida de cada um, se tece a teia de pedra da história.

É próprio da fé esperar contra a esperança.

Talvez que o mal no universo não passe de uma censura que Deus faz a si próprio.

Quase ninguém se apercebe, por si próprio, do mérito de outra pessoa.