Chamar
Milagres eu posso ver
Tua mão aqui e o Teu poder
Meu Deus movendo-se está
Tua voz a me chamar
Ressuscitando o que morto está
Como Lázaro, vou me levantar
Escuta como digo seu nome
De Medellín até Londres
Quando te chamo, a maldade responde
Não pergunta quando, só onde
Vou chamar minhas coleguinha
Vem comigo nesse som
Vai rolar uma disputinha pra ver quem tem mais o dom
Hoje eu tô igual trem sem linha, perdendo minha direção
Não, não é alguém para chamar de meu, mas alguém para chamar de nós. Detesto o possessivo e prefiro bem mais o coletivo
Eu e essa maldita mania de chamar todo mundo de bonito, o problema é que quanto mais falo menos vejo
Eu seria uma burra se não soubesse que um homem me chamar daquilo é culpa dele na primeira vez, mas minha culpa se eu deixá-lo repetir.
Não dá pra eu firmar com ninguém
Porque quando eu tô com alguém
Sua boca que foi, vem
E volta chamando de bem
Impressiono-me com o esforços que os humanos de hoje, para chamar a atenção. Uma dificuldade de pensar no óbvio, ou a ignorância de enxerga-lo. Realmente percebo que hoje o que mais define alguém em suas sumas qualidades é a forma em que essa pessoa repercute em forma de marketing, e talvez a propaganda seja enganosa.
Uma vida pra chamar de minha...
não, não tenho.
E olha que eu me empenho
faço planos, traço metas,
estudo tudo,
vivo a esquematizar.
Eu mesma a me guiar,
o timão na minha mão,
minha estrada a trilhar...
não importa como acabar.
Mas o destino... ah! o destino!!
Total desatino
me faz perder a razão...
pegou minha vida de jeito
e segura bem forte com as duas mãos.
Eu projetando.
E o destino jogando.
Eu implorando.
E o destino nem ligando...
desde o início saiu ganhado.
Um caminho plano...
E eu nos planos sempre tropeçando.
