Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)
Não escrevo mais poemas
Esperei por esse dia
Que a dor dissiparia
E eu renuncio à pena.
Acabou a inspiração
Toda banhada em lágrimas
E agora o que restou?
Se não vejo teu sorriso...
Eu pensava, estava certa
De que a lágrima era o oposto do riso
Mas a lágrima que perdi abriu espaço,
espaço pra um buraco, e só.
Não escrevo mais poemas.
Como todo bom adulto,
me tornei eficiente.
Não rumino os sentimentos,
eu omito, eu abafo,
eu jogo pra longe de mim
um lugar bem longe de mim:
o fundo do peito.
Como todo bom adulto,
escrevo lembretes.
Em vez de poemas, tomo remédios
o ócio criativo virou tédio
dinheiro é tempo e tempo é dinheiro.
E a vida?
Esquece a vida, esquece a morte, esquece a poesia.
ASSIM...
Poeta sem poemas,
sem versos,
sem poesia...
Toca a vida em dilemas.
Sem nexos,
sem alegria.
Melancólico, sua fala é...
queixosa,
vazia...
Por fim...
Troca o dia pela noite,
achando monótono
seu dia.
05.05.19
Poemas
Vejo poemas, os poemas antigos
Grandes relíquias deixadas
Por todos os poetas que já escreveram
Vejo poemas, poemas novos
Grandes vozes gritando
Para que um dia possam ser escutadas
Vejo o reconhecimento chegando a alguns poucos
Vejo o esforço que fazem para escrever
Para que mais pessoas possam ver poemas
Vejo que no passado tudo era diferente
Eram escritos livros para falar de poesia
Junto as músicas, os instrumentos com toda a harmonia
Vejo que hoje os poemas estão em redes
As quais são acessadas com apenas um clique
Tem muitos a quem publique
Uma nova forma, totalmente contemporânea
Vejo alguns em anonimato outros com seus nomes
Mas deixam sua mensagem
Composta em palavras, com rimas, versos e estrofes
De uma maneira única, que um poeta escreve
Vejo que ainda existem poemas
Vejo que poetas ainda sofrem e pensam no amor
Vejo que, enfim, a poesia não se acabou
Poemas
Na minha opinião os melhores poemas jamais são os meus, mas sim aqueles no qual eu tanto me identifico que queria eu ter escrito.
Velha poesia em novos poemas
Passamos o tempo curvados
Um olhar fechado
Nossos caminhos despercebidos
Olhar focado
Pequenas telas são o mundo
Nelas estão todos
Eu vejo e sou visto
Estamos cheios de tudo
Conectados a todos
E vazios
Ansiosos, distantes do importante
Somos crianças em um mundo novo
Aprendendo um novo caminhar
E de fato, nossos joelhos estão meio ralados.
Se nesse novo mundo existem dores
Vez ou outra ha amores
Amizades distantes, tão perto no tocar da tela
O mundo vasto e menor que uma janela ou uma gaiola
Um incompreensível novo mundo
Emaranhado de hiperlinks, hipertextos, tags, cálculos binários
Tão atraente espaço inexplorado
Onde muitos amores morrem
Outros amores nascem.
Todos os poemas podem se despedir
Mas nem todos os problemas
Irão sair "rapidim"
"Rapidim" terá que ser à consciência
Mas não deixe pensamentos ilícitos o levarem
Para um caminho de destruição
Confronte sua consciência com a sua presença tensa
Cuidado com o mato da erva no prato
De quê adianta críticar o Estado
Por ele não implementar mais segurança para o Brasil?
Se você só procura requintar a sua cria no prato
Todos os poemas podem se despedir
Mas nem todos os problemas
Irão sair "rapidim"
Mude de lado, não vá para o lado inútil
No qual a etimologia ilustra que provém do útil
Porém foi corrompido
E não compensa a ninguém
Nem mesmo para um vagabundo desmedido
Todos os poemas podem se despedir
Mas nem todos os problemas
Irão sair "rapidim"
Todos os poemas podem se despedir
Mas nem todos os problemas
Irão sair "rapidim"
Queda livre
Os poemas
e os planetas
as almofadas
e os acrobatas
os períodos gramaticais
o sujeito oculto desta oração
os sonhos
feitos de matéria rarefeita
todos os pretextos
principalmente
aqueles que nos cegam
promessas, ameaças, beijos
essa chuva
de fogos de artifícios
sem órbita nem centro
despencando
como os foguetes
mas também as estrelas cadentes
ou o movimento vertical do seu coração
Você leu meus poemas
E nada falou
Viu que eram sobre você
E apenas se calou
Sei que posso ser dramática
Mas o conteúdo era real
Meu amor por você
Era mais que especial...
eu escrevo sentimentos
com tinta nanquim
eu escrevo belos poemas
aos anjos querubins
eu escrevo em verso e prosa
o que rima com alecrim
eu escrevo as memórias
em papel com cheiro de jasmim
eu escrevo a minha história
com começo, meio e fim
eu escrevo minha música
ao som do clarim
eu escrevo os meus desejos
tim tim por tim tim
eu escrevo o que manda o coracao
e o que está dentro de mim
eu escrevo sobre a existência
e vou construindo meu jardim
eu escrevo sobre Deus
Ele sabe porque eu vim!!!
Vou cantar belos poemas em sua homenagem
O lugar não importa...
Desde que seja ao teu lado...
Sussurros carinhosos ao seu ouvido...
Apreciando seu lindo sorriso...
Acarinhando sua pele excitada de desejos...
Que inspiram inconfessáveis sentimentos...
poemas e pássaros
nos levam a liberdade
de pensar
de olhar
de agir
de sentir
de falar
de extravasar
de crescer
de sorrir
de viver
de morrer
quando dizem que éramos bons
porém não éramos livres
mais aprisionados do que se
estivéssemos em prisões
ou gaiolas
presos ao medo
e às opiniões alheias
então bato minhas asas
e voo pra outro lugar
onde me caiba
onde me queiram
onde me permito
onde me sinto
onde me aceito
onde me ajeito
onde acho tudo perfeito!!!
Meus poemas
para mim,
funcionava como
uma espécie de
catarse.
Era uma purificação
diária,
ás vezes semanais,
que limpava minha
alma.
Colocava tudo
no papel,
socando as teclas
como um soco que eu
gostaria de dar
nas pessoas.
Ás vezes,
eu me sentia sem
ter o que escrever,
alguns problemas
eu conseguia lidar.
Eu.
Eu escrevo poemas.
Então, vou me apresentar.
Meu nome é Jean Quintino.
Sou poeta, vou lhe mostrar.
Não sei porquê escrevo,
Nem de onde vem a inspiração.
Eu só sei que sou ligeiro,
De escrever sobre a paixão.
Tenho diversos poemas,
Que tocam e falam de amor.
Eu tenho diversos poemas,
Que retratam aquela dor.
Eu não sei como cheguei aqui,
Eu só sei que aqui estou.
Eu não sei se vou durar,
Mas o poema me tocou.
Eu retrato o amor,
Pois, o que sei é amar.
Nosso mundo está doente e
Única coisa que podemos fazer
É regar, amor.
O por quê escrevo?
Me perdoe, não sei responder.
Posso bem viver sozinho,
Mas nunca sem escrever.
Prazer, poeta!
"Às vezes eles soam tristes, tão ressabiados
que não consigo os reconhecer como poemas.
Então minh'alma grita que são versos seus
e eu descubro mais uma vez, um ser poema."
Meu pensamento tão atrevido
sentiu-se bem vindo,
a voar pelo espaço dos céus,
e vi teus poemas nos varais da passarela,
voando e ansiando pelos ventos do leste,
eles tão lindos e coloridos em meio o azul celeste...
Não resisti, me aproximei e beijei teus versos!
poemas
certos poemas
entram pela imaginação
e são como as emas
no cerrado. ciscam... ciscam
espalhando alguns temas...
e tão cheios de ilusão!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, setembro
Araguari, Triângulo Mineiro
Poema
Poema são a base da expressão
Expressão que sentimos pelo tudo
Poemas nos ajudam a enxergar
Enxerga mais além do que os olhos
Os olhos encontram o mundo
Mas os poemas encontram a alma
A alma é feita de poemas
Poemas lindos e indecifráveis
Indecifráveis no sentido de amor
Amor que nos fazem querer poemas
E esse poema não é um poema
É apenas uma salvação
Salvação para o meu coração.
Escrevo
Toda noite
Poemas sobre você
Penso
Toda noite
Estórias sobre nós
Algoz,
Queria eu olhar o infinito com ti
Olhar as estrelas e ouvir suas nerdices de física
Sentir a eletricidade entre olhares.
Só uma noite, algoz
Só uma noite.
SEM NINGUÉM SABER
Não gosto de fazer poemas que remetam à morte
Porque detesto que os meus amigos lembrem-se
Que um dia também poderão morrer
Prefiro que cantem as melodias alegres
E leiam sobre amores e saboreiem as dádivas da vida
Instigo para que brindem as alegorias
Mergulhem na fantasia de que são todos eternos
Infinitamente abençoados pela eternidade
Em resposta ao zelo existente que para comigo têm
Os meus amigos e a fraterna amizade que nos convêm
Não tem tamanho nem cabem dentro de covas
Por isso jamais extirpa nem deteriora
E na minha hora em que sozinho eu partir
Sairei à francesa em silêncio enquanto festejam
Para que ninguém note a minha dor por ir sem querer
Partirei calado sem ninguém saber
Os poemas que traço
nunca dedico a alguém
escrevo ao mundo e o faço
porque sou do mundo também
Palavras que vão e vem
ficção e alguma realidade
sempre poderão fazer bem
a quem as ler de verdade
