Cecilia Meireles Criancas
Só os fracos oram, em constante oração. Já os "fortes", se acham auto suficientes, não reconhecem suas fraquezas, ignoram a divina provisão.
Momentos
Temos por toda a vida
Enquanto vivemos
Tempos vividos
Bons ou ruins
E a vida tão momentânea
Segue espontânea
Nos lapsos temporais
Que cada ser vivente cumpre
Nos anais da existência terrena.
Chega o tempo em que apresentamos o enfado natural do viver. Uns de forma precoce, outros tardiamente. Sorte a nossa não termos longevidade além das centenas de anos nesta terra cheia de males e enganos.
A falsidade está por toda a parte. Há falsa idade, falsa alegria e a pior dentre estas e muitas outras, a falsa amizade. Porque dificil coisa é achar, amigos de verdade.
Nascemos neste mundo é a partir do momento que compreendemos as coisas percebemos que morre um pouquinho da gente a cada despedida de um querido ente. E os que vencem as barreiras do tempo sente o pesar da partida de tantas pessoas queridas, que nos deixam boas lembranças mas carregam um pedaço de nós. Porque ficamos diminuidos, sentindo um determinado vazio existencial daqueles os quais aprendemos a amar e considerar de uma forma incondicional.
Os animais vivem tão somente com o bastante para sua subsistência, já os humanos, se mostram insaciáveis, querem até o que jamais hão de consumir no seu ínfimo lapso temporal de sua existência.
Casamento vitorioso é igual a um rio perene, que segue o seu percurso contornando obstáculos até chegar ao seu destino final.
O dia com sol é lindo, mas prazerosa é a chuva que sacia nossa sede.
O calor é maravilhoso, mas os dias fios nos permitem a abraçar com maior frequência e nos faz sentir o calor humano.
A vida é boa, mas temos momentos que nos faz desejar não mais existir.
Enfim, vamos em frente. Também pudera, quem é que pode no tempo retroceder?
Vamos viver, porque cedo ou tarde a este mundo não mais iremos pertencer.
Tenho me esforçado para superar a mim mesmo, pensado muito nesta vida, em sua efemeridade, no quão volátil é a nossa situação humana. Enfim, cada vez mais consciente de que tudo é vaidade. O tempo passa cadenciado, sem se deter, seguindo ele todos os seres viventes, e não temos poder sobre nada, a não ser nos entregar ao acaso de cada instante. Vaidade em vaidade, lá se vai a nossa idade. Os nossos planos, em tristezas e alegrias, todos desejando uma intensa felicidade. Entretanto, dura é a nossa realidade.
Generalizar, dramatizar e desdenhar são as causas dos grandes pesos no espírito e sobrecargas na alma.
A dúvida é a arte de procurar provas, e a mania de discordar a de ser implicante e recalcado. No silêncio e na ponderação se respeita o ponto de vista.
As pessoas fazem o ambiente assim como se cultiva um jardim. Trazem as flores, escolhem o aroma, as cores e os espinhos.
Há pessoas que se fazem presentes mesmo estando ausentes. Desnecessária é a presença de quem se faz ausente.
Amar é um ato que só pessoas inteligentes são capazes de vivenciar, diferente da paixão que qualquer um que precisa aplacar desejos sente.
As vezes só se enxerga o valor das jóias que se têm nas mãos, quando alguém põe valor. Outras vezes, quando as ver nos pescoços de outros, ou quando já as perdeu.
Quando reconheço as minhas fraquezas, falhas e erros fortaleço as virtudes daqueles os quais me suporta, perdoa-me e me ajuda diariamente.
Gratidão pela paciência!
Sentimentos e emoções são como os icebergs ou a areia movediça, encobre-se ou se afunda. Difícil controla-los!
A minha opinião, formada sobre tudo, não me leva a nada, na vida neste mundo.
Preciso ser mais gente, ser menos intolerante, viver inteligente, seguir sempre adiante.
Deixar a indiferença da religiosidade vã, não negar a minha fé, confiante no amanhã.
Amar é mandamento presente na religião, quem me dera ver o povo cheio de amor no coração.
A mensagem do grande mestre, alcançou milhares sim, inundou o globo terrestre, cumprindo o seu fim.
Quem não ama é inconsequente, mesmo tendo religião, sendo desobediente com o autor e consumador da salvação.
A vida e como o mar,
Altos e baixos feito a maré.
Numa contante sem tosquenejar,
O que há de ser enfim será?
