Cecilia Meireles Criancas
Quais velas é a nossa vida, o soprar do vento pode nos extinguir. A todo instante é momento de partida, uns se vão e outros aguardam sua ida.
Humanos se sentem poderosos por ocupar cargo ou função elevada, se esquecem para onde brevemente seguirão, um lugar onde não há ciência nem labor. Onde estão os proeminentes da Historia? Foram-se os seus dias de glória.
As vezes incomodamos tanto, seja por palavras ou mesmo por existir, mas a vida é um mistério, e até os que incomodam, um dia farão falta.
As redes sociais tem algo de bom, ou mesmo ruim, em que tudo quanto postamos fica registrado, e em chegando o dia de nos ausentarmos deste plano, os que um dia nutriram bom sentimento por nós poderá enfim saciar a saudade.
Deixa eu escrever, me distrair com letras garrafais, dar voz ao pensamento, expressar meu sentimento.
Ignores se não curtir, mas deixe meu caminho eu seguir.
Mentem o tempo inteiro, mas a verdade é luz que não se pode ocultar, cedo ou tarde cumpre seu proposito que é brilhar.
Quero apenas um canto pra ninguém me perturbar.
Não quero cantar, busco abrigo onde possa descansar.
A cada instante nos despedimos de nosso ser, nesse ciclo existencial, morte e vida intrinsecamente ligadas, vence a morte carnal, restando saber algum dia, a eterna vida espiritual.
O orgulho e a altivez serão sepultados de uma só vez. Não tem grande ou pequeno que possa subsistir, o fim da vida a extinguir.
De que adianta poder, se na hora da morte não a pode deter?
De que adianta riquezas, se na sepultura não há comércio?
De que adianta orgulho, se no final, retornamos para o mesmo lugar de onde viemos?
Somos água e pó e para estes regressaremos.
Água e pó constitui meu ser, assim também toda espécie animal ou vegetação. Vidas que dó pó vieram, para ele retornarão.
A cada suspiro, menos alguns segundos de lida. Sim, porque estamos de partida, e a qualquer momento, há de se extinguir a vida.
Estamos confinados e nem percebemos, e a cada instante vários são os eliminados. E nessa lida, quem poderia salvar a própria vida?