Cecilia Meireles Criancas
O espirito clama em seu templo, implora por socorro, sem voz a emitir, grita e roga ao supremo da toga.
A vida é qual um texto a redigir, cheio de vírgulas, pontos e parágrafos, até chegar enfim ao ponto final.
Minha oportuna companhia são as palavras, que desabrocham em frases lúdicas ou lúcidas da fria razão de viver.
O que mais espontâneo podemos esperar de humanos é o ódio. Sentimento este que aflora qual transpiração, sem o mínimo de razão, tão somente induzido pela antipatia gratuita e descabida da formação preconceituosa interpessoal.
Dos milhares de mundos, há um que só você pode habitar, seu imaginário, sua mente humana, quem dos mortais poderá adentrar?
Escrever me faz fugir da maldade, fugir do tédio e realidade, da vida que esvaece quais as nuvens ante o firmamento.
Muitos perderam a lucidez tentando conquistar o mundo, veio a morte e pôs fim a soberba em frações de um mero segundo.
Que é a sabedoria humana ante a complexidade imensurável do universo? Em ignorância por certo, está o homem imerso.
Quando pensar que estás sozinho, fique esperto,pois sempre haverá alguém te observando em seu caminho.
Situações nos surpreendem, pessoas causam mágoas, os ventos mudam o clima, que as tristezas escoem quais águas.
Da vida nada mais quero, dos amigos que mais espero? A riqueza das pessoas é o falar sincero.
A morte ninguém aguarda, não tem hora certa, nem adianta guarda, eis a única certeza dos civis e dos que usam farda.
Saudação , abraço e tapinha nas costas, arsenal de inimigo contumaz, não subestimes, sabe se lá do que é capaz.