Cecilia Meireles Criancas
Há mais de 2000 anos que humanos se ensoberbecem e desdenham do Cristo Salvador, dão por lenda a maior prova de amor.
BUSCA INCERTA
Enquanto não se encontra um verdadeiro amor, prevalece no peito a saudade do nada e quando se perde, fica a saudade de tudo.
EU POR MIM MESMO
Eu queria ficar triste, juro!
Mas, não consigo parar de rir;
Por mergulhar na própria alma e refletir,
Descobrir quem realmente sou:
Me achei um cara legal!
Vem a vontade de saltar e rolar no chão,
de rir e chorar, de um mais pura emoção;
Dizer a Deus: Poder fazer outro de mim?
Pois, acho que valeu a pena, ser eu !
Se me der a chance de nascer de novo,
Eu não quero ser ninguém mais,
além de ser eu mesmo,
E quero ser do jeitinho que sou,
senão não darei certo!
PELO DIREITO
Luto pelo direito de ter direitos;
Mas, não sou tolo de perder por direitos, o direito de viver.
O direito de ir aonde quiser;
o direito de vir de onde estiver;
Direito de sorrir a beça;
Direito de compartilhar e gargalhar das peças que a vida prega.
Não vale a pena ter direitos, que te tire o direito de viver.
Há aqueles que vivem a gritar pelas ruas os direitos...
E às vezes, esquecem de viver direito.
VALORES
Às vezes, perco-me na vida.
Grito quando precisa falar;
Calo-me quando preciso gritar...
Curto a raiva, sem controle,
sem saber o que fazer.
É fácil fazer piada de tudo.
Difícil é acordar
e perceber que a graça acabou!
O que é belo na vida nem sempre se enxerga com os olhos.
Muitas coisas só podem ser discernidas na alma.
Se decidir não desistir, lute para vencer;
senão a decisão de lutar não valeu a pena.
Há um dia que se deve relembrar o tempo todo:
Aquele dia em que se decidiu
nunca desistir de lutar por quem se decidiu amar.
Se decidiu vencer, lembre-se de nunca desistir lutar
e lute até vencer...
Talvez, morra, porém lutou.
Um sorriso no rosto para amenizar um coração que já não sabe o que é sorrir, mas vive sempre a chorar.
Sentir o coração fraquejar, na sua luta, em seu pulsar, a resistir sem fatigar, até um dia enfim parar.
Não me acompanhe, acaso sou novela? As palavras fluem do nada, desconexas da realidade por vezes, ou eivadas das resuntantes do dia a dia.
A vida, se bem refletida é inexplicavel evento na vastidão do infinito. Qual dos homens será capaz de mensurar o firmamento, as galáxias e seus acontecimentos?
Qual dos seres será capaz, de fluir pelo universo em voos siderais?
Os sábios e entendidos sofrem mais, sim, ora pois, alcançaram plena compreensão da realidade, que somos o nada ante a grandeza universal da existencial do infinito, que por horas se manifesta em azul celestial, mas também revela o tom enegrecido do nada, pontilhado por luzes infindas em manifestações de cores e tons diversos, algo impossível de se contar, assim como os grãos da areia do mar.
Penso, logo sofro. Por não poder compreender a minha existencial manifestação em vida, aprisionado em um invólucro frágil e debilitado com o avançar dos anos, e na certeza de que breve, num piscar de olhos, não mais existirei em manifestação corpórea para este mundo físico.
Logo, o que fazer? Senão desprezar a sina pelo conhecimento e procurar viver iludido, ou cair em realista manifestação de entendimento para saber que verdadeiramente, nada somos.
É necessário ter muita presunção para apontar algo e dizer: Deus, isso que aconteceu foi errado, deveria ter sido de outra maneira.
Algumas pessoas têm a distorcida visão de que o sofrimento e a batalha as tornam mais merecedoras de uma vida plena e feliz.