Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao
Dormindo com o inimigo
A criatura que eu vejo no espelho
me olha e ri
demente, impotente
infeliz do corpo e da mente
a escassez de beleza
causa gargalhadas histéricas
na figura que tinha o meu rosto
e quem melhor do que eu
para me odiar
já pedi divorcio do meu corpo
mas esta massa disforme
se recusa a me deixar ir
As mudanças não me engoliram e cada vez eu tenho mais certeza disso. Ainda continuo a mesma, sob as mesmas condições, e não é mais por você. Que bom, me encontrei!
Continuo sendo aquela romântica, meio sonhadora, que passa as madrugadas planejando um futuro com os próprios botões. Não saio, quase não bebo, escuto as mesmas musicas e ainda tenho aquela paixão alucinante por Paris, pelos contos fadas, pelos livros de amor, pelos finais felizes ...
Você disse com tanta convicção que eu iria mudar, que eu iria perder a essência, e eu quase acreditei. Quase. E esse “quase acreditar”, quase me fez mudar. Entende? É claro que você não, você nunca entendeu!
Foram muitos anos sem ser compreendida, mas não me atrevo a dizer que foi tempo perdido. Em alguns dias cheguei até a pensar que não conseguiria seguir em frente, que não existia vida sem você, mas eu consegui, estou bem. Aposto que você não acreditava que ia ser assim. Viu como estou mais forte, mais mulher, mais madura!?
Houve um tempo que eu não estava bem, lembra? Que eu chorava, que eu implorava e vivia frustrada. Esse tempo se foi, isso mudou. Em 20 anos, acho que nunca estive melhor.
É triste confessar, mas apesar daquele sentimento forte, de todas as borboletas coloridas no estomago, você me fazia mal. Tenho certeza que esse mal não era por mal. Já ouvi disser que quando se passa muito tempo com uma pessoa o amor some e só fica o comodismo. Não deve ser assim com todo mundo, mas acho que com a gente foi. Talvez a pouca idade, a nossa falta de vida e maturidade tenha feito o destino ser assim. Não tenho raiva!
Com 15 anos todas as minhas amigas estavam descobrindo o mundo sozinhas. Eu descobri com você, sou grata! Mesmo com toda a sua arrogância, sua sina por perfeição e sua vidinha focada, eu aprendi muito. Espero ter ensinado também. Vou torcer para que um dia você aprenda a demonstrar mais o seu amor pelas pessoas, a dar mais valor pro que é simples, brincar com o seu cachorro só para perder tempo, e não para fazer graça pros amigos, ou até pesquisar aquelas curiosidades na internet só para ter alguma coisa nova, interessante e bonita para falar pras suas namoradas. Alguma coisa do tipo: amor, você sabia que o Pinguim é o único mamífero fiel ?
Pensar que você terá outras namoradas ainda dói, dá aquela azia no estomago. Sabe? Mas vai passar com o tempo, está passando.
Não tenho mais vontade de te reencontrar, mas todos os dias eu ainda me pego desejando que alguém fale de mim para você. Que fale como estou mudada, como estou mais viva, mais bonita e bronzeada. Não é uma questão de mostrar que te superei, de me mostrar melhor, só queria que soubesse que estou bem, que você sentisse orgulho de mim, do que eu me tornei!
Apesar de todas as histórias mal contadas, de todas as brigas, de todos os choros e da falta de paixão, eu ainda tenho um carinho enorme. Uma consideração, como você disse (risos), que nunca vai acabar! Te amei, e não foi pouco.
Vou embora pro passado...
E lá verei você...
Matarei essa vontade...
que eu tenho de te ver...
tanta saudade...
que nasceu nesta amizade, e isso é bem verdade...
que eu fico a querer... Peço a Deus que me conceda o desejo de te ver
E se possível, no passado voltarei atrás...
pararei o próprio tempo, pra não te deixar jamais...
E então, quando em fim te reencontrar, te darei um grande abraço...
pararei o tempo a laço...
voltarei o próprio passo...
E somente pra te ter...
vou embora pro passado, que saudades de você!
De: Alan Anderson
Eu estou tão triste
Meu coração tá gritando
Mas minha mente ajuda
Criando meu mundo utópico
Eu tô chorando
Queria eu mesma entender
O que está acontecendo?
Tá tudo tão escuro na minha vida
Acho que é a falta de Deus em mim
Não sei o que fazer
Só que...
Eu estou tão triste
►Por Pouco
Direto eu faço isso
Dizer que não ligo
Que de tal pessoa não preciso
Que me contento em ficar sozinho
Que me contento em residir no meu mundo sombrio
Que possui sinceridade o meu sorriso
Mas, quem eu quero enganar?
Sim, busco as demais pessoas alegrar
Porém no fundo, estou a chorar
Na solidão estou anos a morar
Em minhas rimas não há só alegria
Não ha só harmonia
Elas também guardam uma dor reprimida
Mas quem diria que esse dia chegaria?
Aquele menino que pela casa corria
Que sorria, felicidade o perseguia
Onde está aquele meu garoto
Pois agora, faço sinal de socorro.
Este ano eu fiquei entocado
Olhando apenas para as paredes do meu quarto
Como se eu fosse um bicho do mato
Distante das correrias das pessoas, que movem a cidade
Sinto como se fosse um senhor de meia idade
No auge da loucura, temendo a rua
Tentando evitar pensar com a mente insegura
Talvez esteja buscando uma saída dessa tortura
De sentir o nada
Buscando uma fuga.
Neste ano uma nuvem negativa sobre mim pairou
Ela, por muito tempo me desanimou
Me desmotivou, me desmontou
Ao ponto de não saber onde estou
E que, aquela luz que sempre nos momentos difíceis me iluminou
Não se apresentou, e minha resistência se desmoronou
Mas sempre beirando ao fim, me sentindo infeliz
Eu consigo escapar das garras do vaco, por um triz
Algo dentro de mim não me permiti desistir
Não sei como esse "algo" consegue me impedir
Talvez me dê sempre um alerta, pedindo para eu refletir
Talvez seja o palhaço trancafiado, dizer que desejar ser libertado
Aquele mesmo palhaço que quer ser amado
Sim, aquele sujeito preocupado com a felicidade de alguém
O mesmo clichê, "Querendo o bem"
Quem sabe eu liberte ele de vez?
Afinal, aos outros mal nenhum ele fez.
Quem sabe até quando as correntes irão aguentar
E quanto mais ele continuará a revidar
Continuará a resistir, lutar, persistir
O palhaço necessita fazer alguém sorrir
Ele, ou melhor, eu quero ser assim!
Âmago
É que eu gosto das coisas do jeitinho que são. Sem enfeites demais, sem perguntas demais, sem regras demais, sem culpa e sem arrependimentos demais. Eu gosto das coisas no meio termo. Nem perfeitinhas demais, nem confusas, nem felizes demais. No ponto.
Acho que as coisas têm mais graça quando são ao natural mesmo, sem nenhuma obrigação, recíprocas. Não dá para ficar mendigando carinho, ou aceitando qualquer “você é importante”. Tudo tem estado tão banalizado, que até o “eu te amo”, em algumas circunstâncias, perdeu o significado real. Por que tem sido tão difícil achar uma relação duradoura, ou um parceiro que não tenha medo de encarar a “coisa séria”? Tem sido tão difícil, talvez pelo fato de que, cada vez mais, as pessoas se denominam autossuficientes. Já está se tornando bem comum ouvir um “eu estou melhor sozinho”. Até que ponto estar bem é estar sozinho? Até que ponto o amor próprio é melhor do que o amor compartilhado, recíproco? Desde quando amar virou algo singular?
Seria, no mínimo importante, se as pessoas levassem um pouco de amor na mala, de vez em quando, para o caso de precisar. Levar amor na medida certa, não machuca, não dói, não pesa. Liberta! Levar amor no sorriso, no olhar, no cuidado, nas gentilezas, é engrandecedor. Cura! Levar amor no abraço, no ouvir, no apoiar, só faz um bem danado. Porque o amor se manifesta em toda parte, de muitas formas. O amor é o remédio para muitos conflitos existenciais, para muitas famílias desestruturadas. O amor é o caminho para a liberdade de fato, sentida. Porque o amor verdadeiro não é aprisionador, mas libertador. Não é egoísta, é compreensivo. Não subtrai, soma. Porque amar ainda é a fórmula mais importante para ser feliz nessa curta passagem pela vida.
Letra Bacana
Por: Alexandre d’ Oliveira
Meu poema é livre, minha bossa
é prosa e com isso eu faço que você
sem drama entenda aonde
eu quero chegar.
Que seja de qualquer maneira
assim consiga dentre acordes
maviosos no meu violão
te acompanhar.
Meu ritmo nobre numa letra bacana
enquanto encanto no samba.
Por isto faço prumo
para ouvir você dizer que me ama
e assim entenda o que quero
mostrar morena da cor de jambo.
#alexandrrpoeta.com
Mãezinha
Quando eu ainda era menino
minha mãe cantava cantigas
de ninar. Mas certo tempo mamãe
esqueceu de dizer pra mim...
Que menino quando cresce
vira homem e sente saudades.
Por isto eu canto já que enquanto
a gente canta espanta a saudade
para bem longe.
Mãezinha do céu eu não sei rezar,
eu só sei dizer que quero te amar.
Azul é o teu manto, branco é teu véu
Mãezinha eu quero ti ver lá no céu.
Já faz algum tempo. Mas se Deus
quiser tal dia a gente se reencontra.
Eu sei que estou no meu quarto copo de cerveja e que o nosso amor não é pra essa vida, mas deixa eu acreditar, só um pouquinho, que estamos reservados para algo além do que somos.
Te vejo sendo tão infinito e isso não é normal. Quase sempre me pergunto por que você brilha tanto, me perdendo em meio a teorias ensaiadas. Eu tenho um jeito brega de metaforizar as tuas características mais comuns.
Quinto copo. E a memória senta ao meu lado na mesa, me parecendo uma segunda pessoa.
Você me sorriu pela última vez, como se posasse para uma fotografia. Eu aperto firmemente os olhos, arquivando-a em meus pensamentos. Ela ocupará o seu lugar.
Repartimos a conta. Repartimos a vida e até mesmo o céu estrelado. Deveria existir uma constelação que abrigasse todas as estrelas que já nos observaram sorrir, despreocupados, achando que aquela madrugada de sábado duraria para sempre.
Em você eu vejo a passagem de fuga da realidade que não gosto. Arrisco-me ao dizer que consegue desafiar a lógica quando me instiga a ter receio do nosso oitavo fim, tipo aqueles fins que necessariamente nunca se acabam.
Pois, no meu mundo, não há verdades absolutas. Você sempre será a minha controvérsia.
Mais cerveja. E eu alucino. Te encaro, devoro. Não ligo se a multidão dos teus desafetos me pisotear.
Mergulho nas águas do apego e quase me afogo com todas as palavras que nunca te disse.
Não me assusto. Nunca fui de me vestir com os erros dos outros, com os seus não seria diferente.
Fui sincera na mesma intensidade em que pensava em planos infalíveis, sempre saindo da história como a vilã que enlouquece no último capítulo.
Você recua um passo quando eu exijo nada menos que um final feliz.
Mas ainda estou no bar. Eu e a minha memória. Eu, minha memória e o copo de cerveja.
Então percebo que você percorreu os meus labirintos, encontrou os pontos fracos e, como quem tem todos os mapas, descobriu sentimentos em mim.
Sentimentos são cidades fundadas dentro do peito. Inabitadas, cercadas de concreto e flores. Sentimentos são frágeis; saiba preservar. Cuidado com os escombros. Tente reflorescer.
Mais um copo. E ainda tenho muitos tijolos para recolher.
Você me atingiu em cheio, trazendo nos olhos fundos a artimanha de me fazer pensar em qual ponto do caminho falhei por nós. Você! Com essa sua indiferença que carrega na lábia a espontaneidade de quem nunca tem nada a perder. Que enfia os pés pelas mãos com a sutileza de quem sente prazer em correr riscos.
Qualquer palavra etérea sai da sua boca em tom de você-diz-isso-para-todas. Solto um sorriso amarelo; sei que é verdade. Bem, honestamente, você já provou todos os gostos. E eu aqui. Tão cerveja. Tão memória. Tão louca. Acreditando que é conspiração quando você entra na minha vida de qualquer jeito, mesmo que não queira fazer parte dela.
Talvez, bem lá no fundo, você precise de alguém que tope entrar em coma emocional pelas tuas loucuras. Talvez você precise do meu lado fraco, dos suspiros e da minha insensatez. Precisa do meu caos e da destruição em massa que ocorre dentro das minhas cidades. Precisa sentir o abalo e as trepidações enquanto sussurra no meu ouvido frases nada inéditas.
É. Mais um gole com gosto de ausência. Mais um céu sem estrelas.
Mais um amor que não é pra essa vida.
Às vezes eu queria amar alguém tanto quanto amo a letra de Stop Crying Your Heart Out do Oasis. Assim como amaria flutuar em nuvens de quadros impressionistas.
Às vezes me flagro cantarolando com um violão invisível entre os braços. Eu desconheço os acordes. Mas ele os conhecia.
Ah, ele! Todos os clichês do amor cabiam nas suas sete notas. Ele repetia os refrões enquanto fitava o dia nascendo através da janela. Seus dedos brincavam em meio ao caos. Nunca começava antes do primeiro cigarro. Criou as suas próprias regras.
Seu violão era a sua máquina de escrever. Compositores são poetas que a vida esqueceu de presentear com a arte do silêncio. Os seus sentimentos têm tons e harmonias; pausas e bis.
Eu me acostumo! Mesmo sabendo que não duraríamos mais do que um álbum inteiro do Pink Floyd. Serei mais uma história, mais um balançar de cordas. Terei cinco estrofes e dois refrões. Meu nome vai ser ocultado. A canção irá servir como uma recordação boa para alguns; insuportável para outros.
Enquanto isso - do outro lado da cidade -, estarei me reestruturando aos pouquinhos.
Eu só preciso do barulho que vem do meu peito para estampar o papel. Eu só preciso lembrar-me do cheiro de cigarro mentolado para naufragar no mar branco das folhas. Porque poetas são compositores sem ritmo. Meus dedos são ágeis, assim como o músico nas cordas. Minha alma grita, pois precisa. Meu coração ritmado cria todo o tipo mirabolante de melodias.
Eu o conheci no meio das minhas incertezas. Nossos bloqueios criativos se atraíram. Esse era o nosso nível de igualdade. Um não era superior ao outro, havíamos cicatrizes iguais.
Não é o que dizem? Por onde passamos deixamos um pouquinho da gente. Pessoas que assinam as nossas peles; carimbam as nossas vidas. Eu sei que na vida dele muitas outras se tornarão canções pelo que não deu certo. E voltaremos ao recomeço, uma vez que o ser humano tem a necessidade de pertencer. Seja a uma música, a um poema ou lembrança.
E ele é todo sentimento. Eu sou toda pedra. Ele sempre viveu todos os momentos; fumou todos os cigarros; cantou todos os refrões. Mas aprendeu a duvidar das palavras e dos poetas. Nós queríamos ficar juntos, ao mesmo tempo em que todos os versos diziam ao contrário.
Mas eu nunca o amei!
Mesmo ficando com a mania de curtir os álbuns dos anos 70, de criar regras, de anotar as coisas em um bilhete na geladeira para não esquecer o que fazer. Mesmo esperando silenciosamente o fim do primeiro cigarro, em seguida o pigarro seco e, por fim, os graves e agudos do violão. Eu não o amei nem quando fiz o meu melhor poema dedicado aos amores que perdemos no meio do caminho. Ou os caminhos que perdemos em meio aos amores ilusórios.
Ele nunca soube me dizer o que era impressionismo, eu nunca quis aprender a tocar violão. Ele não gostou dos meus poemas; eles eram indecisos - porque lua em libra é o meu segundo nome. Eles eram tristes, pois eu sabia que nunca seria o seu Wonderwall, do mesmo modo em que ele nunca seria aquele que poderia me salvar.
Nossos mundos colidem, nossos karmas se cumprimentam como velhos amigos de uma vida cansada. Por isso preferi amar Stop Crying Your Heart Out do Oasis. É mais fácil. Aceitável.
Assim como a música, tivemos o nosso tempo cronometrado. Assim como um poema, seremos eternizados em pequenas estrofes do passado que resignamos.
“Aguente!” – diz a música – “Não se assuste! Você nunca mudará o que aconteceu e passou...”
E isso me conforta até a próxima manhã, sem ninguém cantarolando refrões na janela...
Eu falo em seguir em frente, mas eu mesma nunca fui muito de ouvir os meus conselhos. Cometo erros, esqueço aniversários e sou grossa até quando não quero. Mas, apesar dos meus defeitos, sempre tive muitas expectativas no amor. Sério! Como seria. Que formato teria...
O que eu não sabia, e o que ninguém me disse, é que o amor não é aquela bala perdida que te acerta sem mais nem menos. Bom, pelo menos comigo funcionou diferente. Foi como ter um alarme no peito e escutá-lo esbravejar. Sentir que era a hora de ser um plural.
O amor te deixa bobo e paranoico. As nuvens passam a ter formas, os pássaros cantam mais alto. Você não é você quando se apaixona. O mundo é colorido em duzentos tons de vermelho e você gosta de escutar promessas, mesmo que não tenha pedido para ouvi-las. Amor é pensar fora do corpo. Saber ler mentes, decorar trejeitos e, quem sabe até, aprender a fazê-los também.
Amar é abaixar a guarda e mandar o exército de autossuficiência recuar.
Amar é compromisso. Amar é uma palavra decisiva. E palavras são destinos, caminhos em linhas que a alma escreve. Escreve na parede do peito do outro. Até porque, você não pode iniciar um incêndio sem uma faísca.
Você ama pela convivência, ama pela afinidade. Ama e entende que ser perfeito não interessa. Perfeição não discute, ela tem medo de ser machucada. Pois com a perfeição não existem os receios. Não tem meio termo. A perfeição te deixa desleixar e some com todas as coragens que você nunca pensou em ter.
Então, por algumas vezes, posso até pensar que o amor é uma bala perdida sim. Pois você sobrevive. E recomeça. E valoriza o que tem. Faz planos, compra duas passagens, dois travesseiros. Aprimora-se por dois, se reinventa duplamente. Dentro do nosso universo existe um equilíbrio maluco. O que um faz, o outro faz.
No amor eu consigo improvisar. Aprendo que ser melhor é cronológico, enquanto os sentimentos são atemporais. Aprendo que tenho medo de cometer erros, tenho medo de passar os meus aniversários sem ninguém por perto, medo de ter um vinho na geladeira por mais de três semanas por não ter com quem beber.
Percebi que a vida não é um conto de fadas. É concreta, com pessoas e sensações reais. E essa realidade me envolve, atiça e pasma. Pois, neste plano, o amor será sempre o nosso ponto de encontro. Ponto de ônibus coberto que nos abriga em dia de chuva.
Eu subestimei o amor e a capacidade que ele teve de me mudar. Mas o amor também me subestimou e eu provei - para mim mesma até -, que ter alguém para esquentar os pés (e o coração) não era de todo ruim.
Platonicidades do dia a dia
Eu amo, ela desama
Eu a amo, ela também
Se ama
Nós dois sofremos
Eu por amor, ela pela vida
Eu quero seus amassos
Ela quer seus maços
De cigarro
Meu futuro depende dela
O dela também e de mais ninguém
Eu a poetizo, ela odeia poema
Eu por nós
E ela por ela mesma
Quando tiver calmaria, então será o nosso momento
E quando tiver calmaria, eu vou repousar
Quando for ventania, eu vou esperar
Quando tiver magia, eu vou duvidar
Mas se for de verdade, eu vou abraçar
Cuidarei com carinho, pra não machucar.
E quando eu encontrar, vou comemorar
Vou saber que a vida quis me presentear
Escreverei poesia, que possa rimar
Cantarei mil canções só pra te tocar
Porque se tiver calmaria, o nosso momento será.
Equívoco
Eu não te conheço
Mas vou te julgar
Já é um costume
Posso até me enganar
Mas se for um equívoco
Prometo reparar.
Te vejo de longe
E fico a imaginar
Ele é tão bonito
Mas não sabe cativar
Poderia ser diferente
Poderia agradar.
É tão antipático
Poderia melhorar
Uma boa conversa
Não ia custar
Talvez boa tarde
Só pra se entrosar.
Ele chega e não fala
Não diz um olá
É sempre tão sério
Nenhum sorriso dá
E se ele for tímido?
Não é possível! Será?
Estou cheia de dúvidas
Queria perguntar
Mas não tenho coragem
De me aproximar
E se for um equívoco?
E se eu me enganar?
Preciso saber
Acho que vou lá
Olá, boa tarde!
Como você está?
Te via de longe
Vim me apresentar.
Desculpe se por acaso
Eu te julguei mal
Isso sempre acontece
Então é normal
Mas te vendo de perto
Até que é legal!
Foi tudo um equívoco
Vi que me enganei
Você não era nada
Do que eu pensei
Agora te vendo
Eu posso dizer
Olá, bem-vindo
Foi um grande prazer!
Aquela menina mulher
Era mulher dos meus sonhos
Com ela eu sempre sonhei
Era tão meiga e doce
Como se um anjo fosse
Um bem danado a mim fez.
Tinha um sorriso encantador
O seu jeito me deslumbrava
Com certeza me admirava
Mais o que eu mais gostava
Era de ter o seu amor.
Com ela fiz muitos planos
Ela era minha inspiração
Com ela eu era feliz
E tudo o que eu sempre fiz
Foi guardá-la no coração.
Ela era uma princesa
Era a dona da beleza
Sua voz me desnorteava
Seu carinho me alegrava
Era ela, eu tinha certeza!
Ela me arrancava sorriso bobo
Por ela eu era apaixonado
Não pensava em a perder
Pois ela eu queria ter
Para sempre ao meu lado
Era tudo muito completo
Quando a gente se amava
Tinha conversa e carinho
Eu nunca estava sozinho
Ela sempre me acompanhava.
Levaram ela para longe de mim
E eu senti muita saudade
Fiquei com o coração apertado
Por não ter por ela lutado
Eu a amava de verdade.
Um dia ela voltou
E eu fiquei sem reação
A saudade apertou
Pois ela era meu grande amor
A dona do meu coração.
Decidi ir atrás dela
E nunca mais a deixar ir
Não viveria por tê-la perdido
E estaria arrependido
Se ela não estivesse aqui.
É dela o meu coração
Com ela sou mais que feliz
Ela é a mulher da minha vida
É poesia colorida
O amor que eu sempre quis.
Coleciono
Eu coleciono aquele sorriso largo
Eu coleciono sentimentos
Eu coleciono um bom abraço
Aquele olhar inquietado
Eu coleciono pensamentos.
Coleciono o que me traz paz
Coleciono o que acrescenta
Coleciono uma boa conversa
Dou atenção quando me interessa
Coleciono gente que tenta.
Eu coleciono bons livros
Coleciono filmes também
Vivo de recordação
Guardo tudo no coração
Coleciono gente do bem.
Eu coleciono a simplicidade
Coleciono alguns versos bonitos
Coleciono poesia
Mas não vivo de magia
Porque nada é infinito.
Ele
Ele era um pouco tímido
Misterioso, reservado
Tinha sempre boas palavras
E eu ficava apaixonada
Cada vez que estava ao seu lado.
Ele era interessante
E também sabia beijar
Tinha sempre uma poesia
E sempre que a saudade batia
Ia correndo me encontrar.
Ele era tão bonito
O seu rosto me inspirava
Seu cabelo era macio
Seu toque de dar arrepio
E sua voz me acalmava.
Ele era tão carinhoso
E romântico também
Era bobo sem razão
Divertido de montão
Eu o amei como ninguém.
Ele era o meu preferido
Dos os poucos que conheci
Com ele me sentia à vontade
Tínhamos muita afinidade
Dele eu nunca me esqueci.
Até seu nome era bonito
Mas isso é um segredo meu
Até hoje me lembro bem
Daquela boca, como ninguém
Que saudade do beijo teu!
Em cada detalhe
Eu vejo o seu rosto em cada detalhe
E com essas lembranças eu faço arte
Mas não te procuro com desespero
Às vezes recordo até do teu cheiro
Mas lembrar desses momentos também faz parte.
Eu não te procuro querendo te encontrar
Eu não espero te ver ao meu lado
Eu não me culpo, não me cobro mais
E não costumo me arrepender, não mais
Por algo que julgo ter feito errado.
Eu vivo um dia, o outro, quem sabe
E vou experimentando a realidade
Escrevendo os versos, um por vez
E sem expectativas de que talvez
Eu possa achar um amor de verdade.
E cada detalhe se torna importante
A cada momento, a todo instante
Eu vou sorrindo, vou aprendendo
E sempre que posso vou escrevendo
Momentos da vida, os mais importantes.
Eu não faço ideia
Às vezes eu não faço ideia
Às vezes eu fico cismado
Não existe manual de como viver
Então não tem como não se arrepender
Se caso algo der errado.
Não tem como adivinhar
O negócio é ir vivendo
De nada vale existir
Se você não conseguir
Ir vivendo e aprendendo.
Não se trata de coragem
E sim de ponto de vista
A angústia é inevitável
A dor, as vezes irreparável
Mas por favor, não desista!
Às vezes você vai sorrir
Devagar, pausadamente
Em outras vai querer morrer
E até mesmo se arrepender
Mas assim é a vida da gente.
Um dia você vai acordar
E vai estar apaixonado
Você pode até relutar
E mesmo se você não gostar
Isso te fará sentir-se frustrado.
Daí vem aquele momento
Em que você quer ficar só
Vai ser uma autorreflexão
Para enganar o coração
De que sozinho você está melhor.
Pode até ser que funcione
Mas não dura eternamente
Relacionar-se é gratificante
Mas não esqueça que o mais importante
É amar quem cuida da gente.
Eu sou
Eu sou poesia sem rima
Sou um mar de sentimentos
Sou dia ensolarado
Sou beijo molhado
Eu sou o teu tormento.
Eu sou brisa e calmaria
Sou sol e ventania
Sou a própria tempestade
Eu sou a liberdade
Sou a tua agonia.
Eu sou a tua sombra
Sou lembrança constante
Eu sou memória recente
Eu sou o teu presente
Eu sou tua a cada instante.
Eu sou quem acende a chama
E o desejo do teu amor
Eu sou paixão e ternura
Eu sou amor e doçura
Sou alguém que muito te amou.
Eu sou o nascer do sol
Eu sou a luz do luar
Eu sou dia de verão
Sou a dona do coração
Daquele que me ganhar.
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