Cartas e Sentimentos

Cerca de 6788 cartas e Sentimentos

⁠Alguns sentimentos importantes não precisam de prova ou registro. Basta senti-los no momento presente. Serás uma pessoa autêntica por confiar nos teus próprios sentimentos.

Saberás desta forma a hora certa de entregar os teus sentimentos sem medo, sem um pensamento constante de fragilidade emocional.

Pensamento em excesso não são sentimentos, são paranoia.

Afinal, como você se sente quando está pensando neles?

O sentimento que empregas em tudo que você fizer é a diferença exata entre o teu sucesso e fracasso.

Procure pelo livro Liberte-se pensando.

Inserida por Diogovianaloureiro

⁠Sentimentos não surgem derepente , nem se constrói facilmente, por isso eu sinto que o amor seja o nosso aliado!
Caminhar lado a lado é maravilhoso, mesmo diante das dificuldades, e por essa razão é que estamos aqui!

DIA DA MULHER, mas eu que sou presenteado a cada dia, por ter a oportunidade de compartilhar essa minha vida com você!

Obrigado por tudo!

Eu te amo!

Para: Elisangela Ramos Lima ❤️

Inserida por LeBernardo

Atualmente vivemos em uma realidade no qual as pessoas já não sabem mais controlar seus sentimentos, uma hora sente tudo como se o mundo fosse desabar a qualquer momento e na outra parece que simplesmente nunca existiu sentimento algum ali só um enorme vazio.
O silêncio nesses momentos pode ser o nosso pior inimigo e ao mesmo tempo um bom companheiro. Preferimos nos calar só para não ter que explicar o que anda acontecendo já que muita vezes nem sabemos o motivo real.
A única explicação que conseguimos é que parece que algo no nosso psicológico está sobrecarregado como se houvesse uma especie de esgotamento que bagunça nossas emoções e nos deixa mais emotivos.

Inserida por alicia_arceno

DOS GRANDES SENTIMENTOS

Demétrio Sena, Magé - RJ.

O que tentamos tornar menos especial depois de muitos anos não tem como voltar à estaca mais ou menos. Só à velha estaca zero. Nunca mais acharemos os rudimentos do passo a passo que chegou ao status de uma vida. Também não existe o muito; muito menos o pouco especial. Especial é o que é; sua intensidade já é a máxima.
Não há como sonhar com a existência do tempo e do espaço em que tudo começou, porque o começo esmaeceu. Nada está no lugar do que um dia se tornou muito além, pois os anos venceram as impressões iniciais de leveza e superficialidade. A boa superficialidade que permite o não compromisso afetivo dos que simplesmente se gostam.
Quem deseja domar a natureza de um grande amor, uma grande amizade ou qualquer outro sentimento que alcançou pro(porções) mágicas e agora teme a magia, não encontra um projeto para o nada. Doravante, não haverá um caminho a desvendar e seguir.
Nenhum córrego se apresenta para essa intenção de amenizar o sentimento extremado e desafiador. Só mesmo a órbita ou a catarata insondável que desata o todo em um ato e o precipita no espaço vago. Na lacuna do que foi para sempre transformado e não há nada que o destransforme.
Creia, de uma vez por todas, que a queda nesse tal nada não pode ser lenta e gradual como foi a subida para o que é. Não há freio nem pausas para quem pretende pular a janela traseira de um grande sentimento.

Inserida por demetriosena

Escrever.

Escrever o que?
Como passar os sentimentos com fidelidade?
Sem a escrita nao se desafogariam as palavras presas na garganta , os nós que apertam o peito .
Ah !!a escrita , se nao fosses tu , confidente sempre disponivel, tantas historias incriveis se perderiam no tempo.
Ainda bem que tu existe , para o bem de quem precisa desabafar , remediar e enriquecer a vida de muitos coraçoes angustiados.

20/01

Inserida por toquedeluz

⁠Sobre formas de ser e expressar sentimentos.

"Amor, eu entendo o que você sente… e queria muito que tudo fosse mais espontâneo mesmo. Mas sabe, cada pessoa vê o mundo de um jeito — na PNL a gente chama isso de ‘mapa de mundo’. O meu é mais quieto, mais contido… o seu é mais intenso, mais aberto. E tá tudo bem. A gente só expressa de formas diferentes. Isso não muda o que eu sinto, só mostra que somos dois jeitos lindos de amar."

Inserida por Monik

Chegou um momento que as emoções, os sentimentos e as mágoas são esclarecidas. O mundo que gira torno de nos, ELES MUDAM. Assim como VOCÊ MUDA!
A vida é cheio de surpresas, cheio de caminho para ser seguidos. Assim como você começou e termina por onde veio.
Apesar, cada um de nós tem aquela “mania” de ser ORGULHOSO demais. É esse orgulho faz você lembrar o quanto você passou por muita coisa e se agarrou com toda FÉ.
Nós temos que pensar positividade, harmoniar e sorrir. Pois é VOCÊ quem faz o seu mundo, é VOCÊ quem vai colorir, e lembra-se VOCÊ é CAPAZ!

Inserida por AlexsandraZulpo

⁠Confusão de sentir..

Na confusão dos meus sentimentos mergulhado,
Em meu peito, um turbilhão desenfreado,
Lágrimas se misturam com sorrisos em meu olhar,
Em meu coração, um caos difícil de suportar.
Alegria e tristeza dançam num só espaço,
Amor e dor, abraçados num eterno abraço,
As palavras se embaraçam, não encontram voz,
E a confusão dentro de mim só traz um ar de nós.
Um dia, é o riso que transborda de meu ser,
No outro, é a melancolia que me faz sofrer,
Não sei distinguir o que é certo ou errado,
E nesta confusão, sigo um caminho embaralhado.
Às vezes, sinto o amor florescer no meu peito,
Mas logo a dúvida chega e traz consigo o despeito,
E assim, oscilo entre amar e me afastar,
Sem saber qual dos caminhos devo trilhar.
Queria entender essa complexa mistura,
Onde a paixão se confunde com a amargura,
Mas sigo navegando nesse mar de emoções,
Na esperança de encontrar a paz nas minhas questões.
Enquanto isso, me deixo levar pela incerteza,
Aceitando que a vida nem sempre é clareza,
E que a confusão que habita dentro de mim,
É um convite a buscar meu próprio destino, enfim.
Assim, sigo meu caminho, mesmo que desalinhado,
Com a confusão de sentimentos a meu lado,
Aprendendo a acolher cada parte de quem sou,
E a transformar essa confusão em algo grandioso.

Inserida por andresilva9877

⁠Sentimentos eternos

No âmago do meu ser, um amor intenso,
Que me envolve em ondas de paixão ardente,
Sou um rio a correr no leito da emoção,
Sob o olhar de Fernando Pessoa, minha mente.

Neste oceano de sentimentos que me invade,
Revejo-me no espelho dos versos lusitanos,
Como um fado que se canta ao coração,
Embriagando a alma com sonhos insanos.

Ah, o amor, essa chama que me incendeia,
Que transcende os limites da realidade,
Sinto-me um heterônimo em seu enlevo,
Vivendo múltiplas vidas em sua intensidade.

E em cada verso escrito com alma ferida,
Desperto a saudade que me embriaga,
Como qualquer em seu desalento,
Procuro-te em cada esquina, oh doce amada.

És minha Mensagem, meu sonho transcendental,
Aquele que busco nas palavras de Pessoa,
A musa que desperta em mim versos eternos,
Nas linhas e entrelinhas da poesia que ressoa.

Tu és a flor nos meus versos de amor,
Sedutora e frágil como uma flor em desabrochar,
Envolvo-te em metáforas que cantam ao luar,
Exaltando a grandiosidade desse sentir a pulsar.

Ah, mas também carrego o vazio,
A contemplar a natureza e sua simplicidade,
Amo-te com a pureza de um olhar singelo,
Num encontro de almas que transcende a brevidade.

Em ti, o sereno e conformado,
Aceitando a fugacidade de cada momento vivido,
Mas, no íntimo, anseio pela eternidade do amor,
Como o poeta em mim, meu eu desmedido.

Escrevo um poema sobre o amor sem fim,
Fernando Pessoa, guia-me nesta jornada,
Com tua sabedoria e alma que não tem fim.

Que meus versos ecoem na voz dos poetas,
Numa sinfonia de palavras que ecoam no ar,
E que o amor, essa força grandiosa e eterna,
Seja a musa inspiradora em cada respirar.

Inserida por andresilva9877

O que é amar?

Amar é saber esperar,
é saber controlar as emoções
e saber ouvir sentimentos.

Amar é saber que a vida não é só alegria.
É poder sentir saudades e, ainda assim, saber que há alguém do outro lado te esperando.
É aceitar o que o outro diz e se abrir,
da dúvida ao medo, das inseguranças ao amor.

Amor é sentir e não dizer,
é fazer que seja bem cuidado
e não somente com boas palavras.

Amar é ter o tempo ao favor,
a distância não passa de alguns minutos nas lembranças.

Amor é lutar.
Amar é sentir.
Amar é ter voo.
Amar é poder ser.

Inserida por DaviRogerio

⁠Não sou muito de expressar sentimentos, mas há sete anos cometi o maior erro da minha vida. Você tinha sido preso, e eu fui atrás, conversei com o policial, implorei para que o soltasse. Fizemos um acordo verbal: eu cuidaria de você.
Você foi solto, e eu praticamente obriguei que fosse direto dormir. Mas o vício falou mais alto.
Desceu para comprar um cigarro. Quando o trouxeram de volta, já estava todo espancado. Tinham sido seus próprios amigos — os mesmos que compartilhavam da sua miséria.
Levamos você ao hospital, mas por estar tatuado, sujo, fora dos padrões sociais, foi totalmente negligenciado. Nem exame fizeram.
Você estava com traumatismo craniano. Mas, por causa da droga no seu corpo, parecia lúcido. Voltou para casa, deitou para descansar… e entrou em coma. E ninguém percebeu.
O dia amanheceu, e você seguia “dormindo”. Mas estava convulsionando. Chamamos a ambulância. Quando chegaram e viram seu estado, pediram logo a UTI móvel. Mas quando ela chegou, era tarde demais.
Naquele dia, um remorso profundo se instalou dentro de mim. Me perguntei, e ainda me pergunto, se ao tirar você da prisão, não assinei — sem saber — sua sentença final.
Lembro das vezes que você aprontou com a minha mãe. Te busquei até na boca de fumo. Te agredi dentro da Cracolândia. A dona da boca me conhecia há anos, e me ligou:
— Vem buscar ele, ou eu mesma vou dar uma surra.
Mas meu ódio falou mais alto. Fui pessoalmente te agredir. Muitas vezes mandei o pessoal te dar um corretivo, na esperança de que você tomasse juízo. Mas Deus não quis assim. E muito menos você.
Hoje, tudo isso virou lembrança. E remorso.
E o remorso é o pior sentimento que um homem pode carregar.
Em 2018, deixei de ser ateu. Depois de vinte e três anos sem acreditar em nada, fui parar numa igreja. Padre Cairo me viu e disse:
— Vejo que você está atribulado… e com ódio no coração.
Pediu para rezar por mim. Colocou a mão sobre minha cabeça, e orou. Pediu a Deus e a Santa Luzia que arrancassem aquele ódio, aquela vingança silenciosa que me corroía.
Naquele dia, nasceu uma chama minúscula de fé dentro de mim — quase invisível, mas real. E até hoje ela luta para não ser apagada.
Peço muito a Deus, à Nossa Senhora e à Santa Luzia que eu nunca perca essa fé. Que meus caminhos não se cruzem mais com o homem mau.
E que Deus, sempre, possa estar ao meu lado.

Inserida por tarinmichael

⁠Não permita que os sentimentos fiquem escondidos...em silêncio;
Não deixe que a dúvida faça com que você perca... o tempo;
Não admita que o medo te leve o amor, solte tua mão e te diga de novo... NÃO!
Permita os sentimentos no tempo que for, sem medo, não solte da mão da sorte... de ter um amor;
Quebre o silêncio, ignore o tempo, perca o medo, permita-se sentir...

Flávia Abib

Inserida por FlaviaAbib

Nas tuas mãos teu livre arbítrio,
Na tua mente, teus pensamentos,
No teu coração, teus sentimentos,
Da tua boca, palavras pronunciadas por ti,
Dos teus atos, tuas próprias consequências,
Você É aquilo que você FAZ e PENSA, ninguém é capaz de te impor a nada, você é o dono de SI MESMO.

Flávia Abib

Inserida por FlaviaAbib

⁠Pai da providência divina! Nosso-senhor!
Assegure-nos os sentimentos de bondade e amor.
Que sejamos caridosos sem sentirmos orgulho.
Sinceros sem sentir-nos superiores.
Que a vaidade não tire o brilho da generosidade.
Senhor rogo suas bênçãos para toda humanidade, peço que, nossas famílias e amigos estejam sob vossa proteção, hoje e sempre. Amém!

Inserida por YALODOSSY2

⁠A imensidão dos meus sentimentos
É a loucura do meu coração
Loucura boa ou ruim
Eu não sei
Mas sei que gosto de sentir
Esse misto de emoção
Que contagia o ser
E faz fluir alegria e tristeza
Na mesma proporção
Das desilusões dos desejos
Que não são correspondido
Pelos simples fatos
Das lacunas
Postas no meio dos dois
São maiores do que as ações
Da paixão
Enfim queriam se tocar
Mas vão ficar só
Nos olhares

Inserida por RosaV

⁠Dentro de mim
Existem vários sentimentos
Uns que deixam leves
Outros que inquietam
Mas sempre me dizem
Que sem eles não posso viver
Pois o que move o meu ser
É essa dualidade que envolvem
A intensidade de sentir
Como se não fosse
Ou fosse
A resposta da alma
Sagaz
Capaz de senti-los
Borbulhando
As ardentes razões de sentir
Todos os sentimentos que
Que o ser se permite viver

Inserida por RosaV

Aonde iremos quando só lembranças festejarem os sentimentos
e o maior significado de viver se perde nos mínimos detalhes do passado?
poderei sonhar, sempre poderei sonhar perdido na imensidão das estrelas
e do mundo misterioso que elas nos intui. Suas belezas refratárias tornam profícua
a imaginação e mais que esse fascínio, só, e singularmente
a solitude deste vulto poético. Então antes que nossos olhares lânguidos
se percam nos labirintos do passado, vasculho um pretexto, qualquer desejo
que ficou implícito nos desvarios das emoções; a ordem das coisas muda, tudo muda de ordem mas a ordem dos fatores não altera o produto... haverá um momento... mesmo por alguns instantes, uma sensação de perda, um olhar...uma atitude que era uma mensagem mas não foi percebida e ficou perdida; então sob as estrelas, sob os signos e os mistérios, o magnetismo que harmoniza... parece que a noite e a capacidade de ver de novo é um paliativo... tudo torna-se mais brando e assimilamos os golpes mais duros, as acusações, os dedos em ristes, as palavras ásperas... então eu questiono: quando só lembranças festejarem os sentimentos e o maior significado de viver se perde nos mínimos detalhes do passado, aonde iremos? onde quer que formos teremos nossos corações sobre nossas cabeças, os sentimentos a fazer pulsá-los, o mistério e o cintilar das estrelas sobre o firmamento e a nossa única e grande certeza: a inabalável capacidade de recomeçar.

Inserida por tadeumemoria

⁠O SILENCIO
O silencio se impõe
Quando as palavras pensam que foram sucintas
E os sentimentos que fonemas não traduzem,
O silencio conserva...
Os poemas das dores dormem durante os olhares
Que buscam uma explicação para a emoção
Que as palavras não conseguem explicar,
O silencio conserva essa emoção silenciosamente;
Esse poema de vagalumes, grilos e brisas só a alma percebe;
Os montes se erguem majestosos para colherem ocasos
E o silencio está ali divino e materializado...
É este poema que inspira a todos os poetas: o silêncio.

Inserida por tadeumemoria

⁠COMPLEXO AMOR

O amor é o mais complicado e impulsivo de todos os sentimentos.
É mal educado, não espera o momento certo, pois para ele, o momento certo é sempre agora.
Não manda recado, não avisa que está chegando, por isso, pega a casa sempre desarrumada, pois só chega de surpresa.
Ninguém consegue impedir a sua chegada, e mesmo quando não deixam ele entrar em casa, não adianta, ele continua lá.
E pode esperar por anos. Sabe viver disfarçado de paciência ou resiliência, dentro de alguém que não teve ainda possibilidade ou coragem de o assumir.
Olha, o amor é complexo, ele aparece sempre onde menos esperamos, nas pessoas que não imaginávamos.
Ele adora quebrar as nossas regras e nos faz parecer o que realmente somos, contraditórios.
O amor é louco, bonito e exótico.
O amor não respeita nenhuma das barreiras impostas pelo homem.
Nem credo, nem cultura ou mesmo religião.
O amor é tão poderoso, que até a ação mais destrutiva do homem, a guerra, ele a desconsidera e a vence.

Inserida por SergioJunior79

⁠Esboço de epistemologia _ 1


Os sentimentos são entes, pois não se faz ser em em si, ou dado pela natureza; ele é produto da interpretação que damos às nossas sensações, sendo assim, são produto da percepção de algo externo a nós que nos "abala", um choque de informações derivadas do orgânico e suas funções, pertence, portanto, ao reino mental, uma contiguidade entre sensação e causa é o que gera ideias, ideia da sensação, que é sentimento; a tal contiguidade entre sensação e causa é produto quase que efeito colateral de um encéfalo demasiadamente grande (em proporção com o corpo) e denso (em n de neurônios), produto, também, da evolução, daí a semelhança entre a relação cérebro × mente e hardware × software. O que chamamos de percepção já está implícito na semântica o mental, o cérebro como função interpretar (mundo externo) o que está em contato com nosso corpo (diretamente ou indiretamente); faz-se a imagem do objeto que nos abala com o eu envolto nele, ou seja, no reino mental. Assim sendo, quando falamos que sentimos algo, falamos que intuímos um objeto dado pela percepção através da sensação ou intuímos um objeto como coisa-em-si que nos abala através da imagem dele nos entregue pela percepção, que deriva-se da sensação (do ser senciente). A impressão do objeto não é ordenado à compreensão de nosso aparato cognitivo, o ordenamento é definido por determinadas regiões do encéfalo. O ser percipiente de dar através da faculdade da receptibilidade, que provêm da 'consciência no impresso'. O invólucro entre eu e objeto é doxamente sabido ao pensarmos no objeto, quanto mais intenso for o pensar nos parece que mais distante fica de nossa compreensão; podemos inferir indiretamente pela interpretação dos ditos populares, como discursos, "O importante é viver a vida", "Não pensa de mais se não você fica doido", que o pensar nos é inútil e isto nos dar uma plausibilidade para supormos que a explicação é que 'quanto mais vou mais vai', ou seja, a busca do conhecimento inversamente proporcional ao conhecido do objeto, porém, isto se dar como fenômeno e não fato em si, vejamos, o eu não pode ser o discurso, o subproduto da linguagem, pois o eu não é acabado em sua compreensão, como bem descreveu através do conceito de identificação o psicanalista francês J.Lacan, sendo assim, o eu é antecessor ao discurso ou se estrutura nele, ou é a ele verossímil em natureza (no sentido aristotélico de essência no objeto). Primeiramente devemos pensar se a linguagem, que é a antecessora, é uma substância, se está contida em algo além do que nela está contido. Ao iniciarmos esta análise, em não muito tempo, veremos que estamos pensando sobre a natureza do próprio pensar, digo, como ato e isto é um meta-pensar que irrevogavelmente nos leva a filosofia de Descartes, ao cogito, onde a contiguidade é entre ideia e objeto, que se dar pelo método analógico, eis a crítica de Reid; para Descartes a percepção do objeto se dar através da imagem que se faz consciente no pensamento (ideia do objeto), porém, para Reid as sensações nos dão o objeto em si, não precisamos pensar na sensação de dureza da mesa ao pôr a mão sobre ela, a informação transmitida vai direto a consciência através do sentido primário; é por intermédio das funções dos sentidos na epistemologia reidiana que formamos para nós as concepções de extensão, solidez, espaço, ou seja, das qualidades primárias e secundárias também. Em síntese, os sentidos nos dá a sensação com o objeto já dado em nossa mente através da percepção dele pelo aparato cognitivo naturalmente capaz disto, então, concebemos o objeto. A problemática está justamente nas próprias correntes filosóficas defendidas, onde para ele (Descartes) o objeto é a ideia na mente, onde o próprio objeto percebido é a percepção daquele objeto e que inevitavelmente recai no ceticismo, eis a crítica de Reid a teoria das ideias; o Reid adota o realismo direto, haja visto, a adoção do senso comum, onde as crenças têm um papel fundamental na percepção e concepção, daí o fato de o chamarem de falibilista. Poderíamos traduzir estes extremos da seguinte forma, não é o encéfalo, mas a mente que interpreta os objetos (Descartes), o objeto já nos é dado (Reid), porém, não só não há evidência positiva (na neurociência) a favor ou contra a ideia de Descartes, como não há evidências fortes e o suficiente para a afirmação extraordinária que sua filosofia nos leva, é questão de proporção, peso e contrapeso, e no caso de Reid há sistemas de sobra contra a simplicidade da sua epistemologia. Ambos recaem na relação eu-objeto e adotam inconscientemente tais premissas, respectivamente, eu>objeto, objeto>eu; faremos uma breve investigação lógica a respeito disto. Sou se o mundo existe, não sou se o mundo não existe, porém, o mundo continua a ser se não existo, então, a relação não é bicondicional. Tentemos portanto o princípio da contraposição logo no universal, somos se o mundo existe (S), se o mundo não existe, então, não somos (T) ou para todo sou ( ∀S→T ⇔ ∀¬T→¬S); o mundo existe por pensarmos nele (U), porém, ficaria a par da semântica, então, a sentença é problemática em si, mas podemos utilizar o silogismo hipotético S→T, T→U ⊢ S→U, podemos interpretar, respectivamente, que sou (como universal homem) se existo é equivalente a não existo se não sou e sou (como universal homem) implica a existência do mundo, a existência do mundo implica o pensar sobre ele, então, o sou implica o pensar de acordo com a propriedade da transitividade da implicação.
O sou é sinônimo de existo, por isso quando exclamo, Sou! Automaticamente estou dizendo, Sou no mundo! Da mesma forma a força da expressão indica um reconhecimento de si em pensar através da linguagem e como existente. O sou é ato de linguagem, por sua vez, do pensar; assim como o pensar é ato sempre, também penso no pensar estando nele, ou seja, pensando. Por isso a ação intelectiva é ininterrupta, sempre está apontando para várias 'direções qualitativas', memória e imaginação. Como demonstrado no meu artigo psicanálise e lógica matemática a linguagem tem uma relação de interdependência com a razão, logo, com o pensar. Sendo o pensar no ato da razão (significante), o significado pensar está submetido ao significado do significante, ou seja, seu sentido, sendo ele desprovido de substância o pensar o seria de sentido e todo o ato filosófico seria inútil. O próprio reconhecimento de estarmos pensando pressupõe um observador, mas é aí onde mora o erro fatal de Descartes, esse salto lógico se dar a partir da analogia (método analógico) entre o ato como causal ou produto de um Eu, a causa (que deveria causar uma variação do movimento natural no eu); perceba que Descartes ao afirmar que só não posso duvidar que 'estou pensando', ele já pressupõe um eu pensante no ato de pensar como causa disto e não se direciona a este eu (cogito) e o questiona (como objeto do pensar), pois sabia ele que entraria em um ciclo infindo de dúvida, por isso o ceticismo de Descartes não o é de fato, ao certo é um método cético. Em Reid a concepção naturalmente dá uma visão da imagem real, é uma imagem metafórica, pois na mente só há pensamentos. Para Reid a imagem não é o objeto do mundo externo na concepção, entretanto, o próprio ato de conceber pressupõe isto, digo, em termos conceber é representar e por mais verossímil que fosse, nunca seria o objeto em si, daí a aproximação com as metáforas úteis de Nietzsche e com o incognoscível da coisa-em-si de Kant. O ser percipiente que se dá através da faculdade da receptibilidade, que por sua vez provém da consciência no sentido, é em outros termos o eu de Reid, o eu que concebe, enquanto que o eu de Descartes é o eu que concebe-se no ato de conceber ou identifica-se com o ato de pensar constante, o pensando ininterrupto que remete ao Ser Pensante (cogito), que deve ser uma substância no sentido dado pelo Agostinho de Hipona, T. de Aquino, ou B.Spinoza. Se fosse a essência deste ser que estivéssemos identificando, dever-se-ia haver nele categorias para além do axioma que inferimos, ou seja, haveria nele categorias além do que nos é necessário, em outros termos, haveria em nós como ser necessário a nós um ser autônomo e desconhecido para além do seu predicado essencial, ou seria todo ele o predicado em si, como o significante universal em todos, Razão e a nós desconhecido por questão de quantidade e limpidez; a sua concepção se dar apenas no ato do pensar, a autoconsciência é o pensar sobre o ato de o estar ou sobre o ato do pensando, este é pois o eu de Descartes, a substância contida em nós do todo, o campo que estamos inseridos.
Rematando, o problema de ambos também recai nas associações equivocadas, dado a causalidade como premissa implícita e não como objeto de estudo e teorização, além de ambos assumirem que o cérebro e a mente são coisas completamente distintas, onde a relação mais próxima entre elas é de bicondicionalidade. A contiguidade entre sensação e causa se dá através do ser percipiente, por conseguinte, da substância pensante (determinante na significação do ser senciente como função) e o princípio que regula está relação é a mesma que faz a lei de causa-efeito existir; semelhante ao princípio de uniformidade da natureza, e aos primeiros princípios constitutivos do ser humano, que por sua vez é semelhante ao a priori de Kant e a res extensa de Descartes. Tal princípio primevo nos diz que a existência de corpos extensos está submetida a sua forma primária, ou seja, áreas infinitesimais em progressão em série, isto é, a primeira unidade de área que trás inclusive a existência da reta e com ela qualquer área, este é pois o postulado soberano, absoluto da geometria euclidiana, o ponto, que por sua vez está associado ao número 1, também irredutível e soberano na aritmética. Os números naturais são fechados sob a função unária do sucessor, o um, depois o sucessor do 1, depois o sucessor do sucessor do um e assim sucessivamente, acontece de forma análoga com a linearidade dos acontecimentos, o erro do paradoxo de Zenão está em supor divisões infinitas, e mesmo assim é possível somar o infinito, mas em termos geométricos, como posto, forma, o um é o único que não é sucessor de algum outro, assim como o ponto.

Inserida por Oaj_Oluap

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