Cartas de Amizade Clarice Lispector
A superioridade intelectual, no Brasil, é uma anomalia, um pecado e um crime. Todos os que nasceram amaldiçoados por esse dom foram vítimas de difamação e boicote. As únicas diferenças, no meu caso, são a profusão de ataques simultâneos e articulados (ininterruptos há duas décadas) e a total ausência, neles, de críticas intelectuais, tudo não passando de intrigas miúdas, rotulações pejorativas e atribuição de crimes imaginários.
Como não acreditar? Diante de um universo sem par, perante tudo o quanto há. Tantas coisas diferentes, tantos efeitos divergentes, inúmeros acontecimentos que emociona a gente? Porque desprezar a fé? Se um infinito diante de nós a se opor, se entre tantas emoções descobrimos o que é o amor? Mais fácil é duvidar, questionar ante a tudo o que há. Mais cômodo é se apresentar, como conhecedor de várias ciências sem nada realmente dominar. Se temos um dito popular, que em terra de cego quem tem um único olho é rei, na vida terrena, quem tem um poucochinho de saber, se apressa e logo ensoberbesse. Despreza os iguais e se enaltece. Dominado pela vil presunção, achando que sabe muito, mas em breve retornaras para o mesmo chão. Sim, de volta para as origens carnais, alimentar o ciclo de vida de milhares de animais. Somos pó, e brevemente imerso estaremos, no emaranhado de poeira cósmica, esfacelados e misturados em imensuráveis aglomerados atômicos, mas por enquanto, seguimos ainda vivos e atônitos.
A igreja é um lugar de encontro e meditação, nela se reúnem pessoas com ideias e ideais diferentes, visões políticas às vezes contraditórias, patrões e funcionários, professores e alunos, posições, classes sociais altas e baixas, enfim... Porém, em momentos de oração, todos, lado a lado, rezam juntos fixando a sua mente em um só objetivo, o Cristo! É normal pensar e ser diferente no dia a dia, o que não podemos deixar, é que a nossa diferença tire Deus de nosso foco principal, pois ele é maior do que qualquer ideologia humana!
Você pode ser um bom filósofo sem nunca ter estudado lógica ou qualquer 'técnica de argumentação', mas não pode sequer ser um filósofo de segunda categoria se não souber MEDITAR, isto é, rastrear as suas idéias até a sua raiz mais profunda -- às vezes totalmente oculta -- na experiência real. Um esforço análogo ao que é o exame de consciência na religião. TODO o platonismo é uma sondagem desse tipo, e o platonismo é o modelo imortal de toda filosofia. Não conheço nenhuma escola de filosofia, no mundo, que ensine a praticar isso. O estudante aprende a argumentar, mas não adquire a menor idéia do que é meditar. Considero um escândalo que um filósofo profissional como Sir Michael Dummett defina a filosofia como uma atividade 'para quem gosta de argumentos abstratos'. TODA argumentação é filosofia de segunda-mão. Só um cretino, lendo Sto. Tomás ou Duns Scott, imagina que eles passassem o tempo todo buscando argumentos. Eles eram homens de formação monástica, para os quais a prece era TUDO. Seu esforço era todo interior. Alcançada a necessária concentração espiritual, os argumentos vinham sozinhos, sem esforço.
Talvez nasci na hora errada, dia errado, país errado, escolhi a profissão errada. Talvez!? - Mas, já que o relógio não para na melhor das horas, eu que nasci às 13 horas de um novembro outonal, sei que estou de passagem nesta vida, assim como passam as horas e os dias, como acontece com as folhas que caem e se renovam em outono, por conta da passagem de uma estação a outra. Sou cidadão do mundo, e ter nascido neste país é só um detalhe. A escolha de minha profissão não foi uma roleta. Antes, trata-se de uma minuciosa construção baseado em testemunhos, responsabilidade e experiencia relacional. Fui como todos ou a maior parte das pessoas matriculado em uma escola que fez parte de minha vida, da qual aprendi valores que sem eles seria impossível conviver em sociedade. A relação na escola não foi sempre amável, fui obrigado ir a escola, logo, contra minha vontade deixei mãe(pai saia cedo para o trabalho) e irmãos, cama quentinha, desenho animado na tv, brincadeiras de criança, etc... para ir a escola. Lá(na escola) foi-me imposto regras estranhas as que tinha em casa, fui condicionado por uma sirene que anunciava ficar em fila parado, e a cantar um hino que a letra até o hoje não sinto alegria de entoa-lo, seja pela falta de coloquialidade semântica em sua letra, seja por contradições históricas gritante em suas estrofes. Mas na verdade eu queria era correr, pular, gritar como um sujeito livre. Foi me imposto sentar junto com quem não queria, a escrever o que não desejava,e a pensar, e isso me era doloroso. Então melhor é rebelar contra toda essas injustiças e no quebra de braços com os grandões, percebi que era o mais fraco. Assim covardemente fui ameaçado... "se não me comportar direito(como eles, grandões-estranhos queriam) minha mãe vai saber de tudo!" Então muito contrariadamente fazia o que mandavam, como um animal domestico, como um brinquedo, não uma bola de futebol que ao chuta-la na direção do gol ela resolve obedecer leis da gravitação universal em Kepler contra às leis de movimento de um carrinho de empurrar que obedece leis da inercia em Newton, muito mais condicionais, como um objeto e não um sujeito da natureza. Assim é que foi depositado nos primeiro anos de minha vida escolar os conteúdos programáticos. Com efeito, fui alfabetizado sem letramento ou criticidade, estes chegaram ate mim de modo prazeroso através da leitura uma década e meia depois. Reconheci prontamente os códigos da escrita que fazia parte da escolarização imposta no contexto em que vivianos, naqueles anos duros do regime militar. Foi assim que fui aceito no bojo da escola, em meu principio de vida escolar. Obviamente manuscrever sintaticamente orações, destas os textos e criar um repertorio a partir daí, é como aprender a andar de bicicleta, nunca mais esquecemos. Outra coisa, foi produzir sentido para construção do meu discurso ideológico, essencial a escuta e a formação do carácter, sem a semente da rebeldia em minha primavera escolar contra as injustiças aqui descritas no contato com a escola, seria impossível ser o que vou sendo nesta construção do sujeito. Aprouve a Moros em grego: Μόρος na mitologia grega "o destino" eu ter frequentado a escola, e os educadores terem conseguidos atingir objetivos educacionais em mim, aprouve a Moros muito mais, eu ter tido contato com os livros muito cedo, ainda que sem o letramento maduro, mais o suficiente para ter tido um comportamento irreverente em sala de aula, ter conseguido com isso o passaporte para o mundo, e a "experiencia de mundo" que anos mais tarde já na faculdade no curso de pedagogia eu saberia que "precede o da palavra". Por ser outrora ator protagonista na relação dicotômica "ensino-aprendizagem", e a posteriore, já adulto percorrer solitariamente(autodidaticamente)o caminho inverso da mediação do conhecimento, como um professor(autodidata) em desconstrução até sua origem no aluno em construção. Concluo que não foi uma roleta a escolha de minha profissão, mais também poderia ter sim escolhido outra profissão, como a de um torneiro mecânico como foi meu pai, tomando um torno ao invés de um giz nas mãos, modulando um ferro ao invés de um aluno, tornando uma ferramenta tao afiada para o uso quanto um aluno para a vida em sociedade e ao mercado de trabalho. Eu sei que o homem perdeu sua condição de liberdade com a venda de sua força de trabalho no sistema capitalista, à lógica capitalista, ou seja, a perda do domínio sobre as técnicas agrícolas e a compreensão dos processos naturais, distanciando-o assim da natureza a da sua autonomia. No sentido capitalista, nem meu pai ou seu patrão o viam como um artesão,senão como operário, no ensino bancário não ha uma relação entre dois sujeitos, pois que, o Professor é sujeito e o aluno objeto. Tanto o movimento inverso do homem operário em direção ao homem artesão, como do Professor que deixa de transferir para mediar o conhecimento junto ao aluno, correm o perigo de se tornarem livres e produtos da natureza. Logo, para mim, vou ao encontro do perigo, sendo no redemoinho perigoso que desconstrói, mistura, reduz a pó as estruturas, não fico obrigado as escolhas contanto que na bagunça as correntes se quebrem, qualquer profissão me servirá.
Se existe consciência fora do corpo, sem qualquer atividade cerebral concomitante – e está cada vez mais difícil negar que existe –, e se, por outro lado, há inumeráveis estados de consciência que são inconcebíveis sem corpo e cérebro, então é forçoso concluir que o cérebro não cria a possibilidade da consciência mas limita, enquadra e determina o seu exercício dentro das condições do espaço-tempo terrestre. TER um corpo é uma modalidade de consciência.
Diante dos impulsos em mim e além de mim que me levaram, muitas vezes, a me "encaixar" a algo ou alguma coisa, sempre me vinha uma sensação de sufocamento ou até mesmo pavor e sempre, mesmo que por algum tempo experimentando esses encaixes, sempre "desencaixo" e por isso, sou grata a esse "natural" movimento que sinto tão presente a me arrastar para fora desses padrões ou pelo menos, pensados padrões, e mais, grata por me impulsionar cada dia mais para perto de mim e ir me mostrando quem sou.
Saiamos da mente apenas e sintamos para compreender o que isso significa em nós, a partir de nossas vivências íntimas e saibamos que a sublimidade é para todos e nem sempre compreendida em si, e assim, não será compreendida no outro e assim se terá essa ideia de falso e inquietante. E se inquieta, é porque algo em nós quer dizer algo que não estamos ouvindo e está chamando para ser ouvido além do que entendemos até agora. Sintamos!
Silencia enquanto podes, pois, as palavras sempre serão necessárias e precisarão desse aconchego para serem proferidas. Não cabe ao fio da navalha partir o fio da seda que recobre a alma, mas, à maciez dos dedos fazer nova trama ... esse é o segredo de toda palavra bem guardada ... modificando o mundo, degredando a fuligem que em teus olhos arderam.
Guarda o depósito da fé (Tm 6, 20). Mas que é esse depósito? É o que te foi confiado, e não o que foi achado por ti; é o que recebeste, não o que inventaste. Não é questão de invenção pessoal, mas de doutrina; não de uso privado, mas de Tradição pública (...). Tu não deves ser autor, mas guardião (...), conserva intacto e sem mancha o talento da fé católica. O que te foi confiado é o que deves guardar, depois passá-lo a seu tempo. Tu recebeste ouro, dê ouro, não substitua imprudentemente o ouro pelo chumbo.
Já perdi amores, amigos,saúde, pessoas, posição, dignidade e confiança. Mas perder é um processo natural muitas vezes de nossas atitudes... Já perdi tantas coisas, que no decorrer da vida me encontro em um labirinto existencial formado com cada um dos amores perdidos, dos amigos, das pessoas, da posição social perdida, da dignidade e confiança perdida. O que me resta?! Sobreviver!
O Padre tem a missão de nos guiar até Cristo, compartilhar conosco os ensinamentos divinos, conclamar a esperança, dar alento, aliviar as dores e acalmar os ânimos, o sacerdote representa um mediador entre Deus e os seres humanos, aquele que oferece os sacrifícios e intercede pelo povo, ele é a referência na comunidade, aquele que orienta,nos ensina, nos mostra o caminho da salvação... Isto envolve a consagração direta de um homem a Cristo, através do sacramento da ordem. Pela história, isto começou na Última Ceia, quando Jesus Cristo instituiu a Eucaristia na presença dos doze Apóstolos, ordenando-lhes assim: "fazei isto em memória de mim". Esta é a importância da figura de um Padre para nós Cristãos católicos, por isto a tristeza e a decepção em ver alguns deles se envolvendo em política, em brigas e discussões, dando a sua opinião pessoal de forma errônea, defendendo o indefensável, levando milhares de pessoas ao nada, a um pensamento contraditório a fé e a caridade, Padres assim não conhecem aquele que representam, o próprio CRISTO!
No topo da montanha é seguro e a vista é linda mais a escalada até lá é difícil e dolorosa e pode levar uma vida, e a segurança dela está no seguinte, chegar até o topo da montanha é para poucos e se você chegar lá na maioria das vezes chegará sozinho muitos irão te abandonar pelo caminho, uns por cansaço outros por simples desistência alguns até por morrerem tentando, mais se você decidir abdiquar das coisas que dificultam sua chegada, pode demorar, mais você chegará lá, na vida você deve sempre saber onde está e aonde quer chegar, escale sua montanha e finque a bandeira da vitória no topo 🗻
Um filósofo na mídia é um pregador 'in partibus infidelium' — um jesuíta entre antropófagos. Não entendem uma palavra do que ele diz e ele ainda se arrisca a ser comido vivo. Em outras épocas, filósofos-jornalistas como Ortega y Gasset, Gabriel Marcel e Raymond Aron podiam contar com um público habilitado, que compreendia seus argumentos. Hoje é preciso, ao mesmo tempo, argumentar e ensinar ao público o que é um argumento. Pior ainda: quanto mais despreparado, mais o público de hoje é arrogante e palpiteiro. O que recebo de cartas pretensiosas, sem pé nem cabeça, é uma grandeza.
O método brasileiro de leitura consiste em impressionar-se positiva ou negativamente com algumas palavras e enxergar nelas o sentido do texto; ou em adivinhar esse sentido por meio de conjeturas sobre as ligações do autor com grupos, partidos e interesses que ele na maior parte dos casos desconhece.
Mais o engraçado que entre decepções, cicatrizes quase que incuráveis e muita dor e aquele sentimento de "acabou não tem mais jeito e não existe ninguém pra mim, eu cansei de verdade" Ai você pensa onde cada experiencia ruim, cada fins e afins tinha um propósito, onde tudo valeria a pena e faria total sentido Assim que você encontrar o amor da sua vida.
O individualismo, em si, não tem sentido, porque a individualidade humana não é causa sui: ela depende de um quadro cultural e político que, justamente, só as tradições podem criar. Vocês podem averiguar, historicamente, que a consciência de individualidade humana, como a conhecemos hoje, esteve ausente em toda a humanidade anterior ao cristianismo. Um primeiro vislumbre surge na Grécia, mas só entre intelectuais (é o assunto do livro maravilhoso de Bruno Snell: A Descoberta do Espírito). Solta a si mesma, a individualidade se decompõe em fragmentos cada vez menores e se dissolve atomisticamente nas forças ambientes. O máximo de liberdade aparente conduz aí à total escravização.
O mais grosseiro vício de pensamento – e o efeito mais visível do analfabetismo funcional – é a 'ignoratio elenchi': a incapacidade de perceber qual o ponto em discussão. Seu sinal mais patente é a dissolução do específico no genérico. Por exemplo, se estamos discutindo a questão da Eucaristia nas doutrinas de Lutero e Calvino, o analfabeto funcional transforma isso logo num confronto geral de protestantismo e catolicismo, e dispara contra a igreja adversária todas as acusações mais disparatadas que lhe vêm à cabeça, sem notar que cada uma delas não apenas é incapaz de resolver a questão inicial, mas levanta, por si mesma, uma discussão em separado, em geral tão difícil e complicada quanto a primeira. [...] É evidente que nenhuma discussão racional sobrevive a essa operação, a qual dissolve todas as questões num confronto geral de torcidas – uma disputa 'política' no sentido de Carl Schmitt, impossível de ser arbitrada senão pelo recenseamento do número de gritos.
Quando o ser humano não consegue derramar uma lágrima de emoção, ele nos mostra a sua amargura, a sua dureza de coração, não há sentimentos, não há compaixão... A falta de Deus nos deixa sozinhos no meio da multidão... Estamos em pé, respiramos, mas não vivemos, apenas existimos, deste modo, somos apenas uma ilusão.
Quantas vezes em nossas vidas deixamos de dizer, “você me faz falta”, “você me faz feliz”, “fique mais um pouco”, “me desculpa”. Quantas oportunidades e amizades perdemos por timidez ou orgulho em excesso? Depois um dia para o outro, o tempo nos leva e aí já era. Por isso pare para dizer o quanto seus amigos são importantes, o quanto os ama e agradeça por tudo que eles fizeram e fazem por você. pois um dos maiores sentimentos existentes é a gratidão; o agradecimento por tudo que nos fizeram e nos fazem. Deixa a timidez e o orgulho de lado e vá agradecer...
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