Cartas de Amizade Clarice Lispector
O tesouro...
Grandes sacrifícios foram feitos em nome do amor,
no palco as cortinas continuavam fechadas enquanto os meus aplausos imploravam por atenção,
em muitos quadros, fotografias e páginas em branco o vazio foi revelado,
de tanto arrastar uma cruz construí um mapa mental,
um navio, um navegador, várias descobertas, depois de muitos horizontes
encontrei um tesouro, "a cura".
Deixei de ser árvore para te dar meus galhos,
deixei o meu amor para te amar,
deixei de sonhar para te dar meus sonhos,
deixei minha estrela para te dar o infinito,
deixei os meus medos para ser sua coragem,
deixei o meu mundo para viver no seu,
deixei minha vida para viver a sua.
Quebrei o meu orgulho por você
eu tu, simplesmente... Me deixou!
Inspirado no poema de : Joana Nunes
Erguendo os sonhos
Um dia eu conheci um diamante e vi ele se desfazendo aos poucos até virar pó,
parece que nada dura para sempre, nem aquilo com o aspecto indestrutível,
deixei meus sonhos enterrados embaixo de um baobá,
estou seguindo na minha jornada passando por tempestades, superando precipícios e atravessando mares revoltos na remada sem olhar para trás pois não tenho tempo para chorar nem temer os meus próprios medos,
joguei pedras no vento, pássaros subiram cantarolando freneticamente, gritos de aprendizado e crença foram dados e ecoaram no espaço,
os sonhos antes adormecidos aos pés de um grandioso baobá, chegaram ao seu topo e agora ganharam asas da imaginação para voar.
Paz interior
Toquei com as pontas dos dedos no espelho d´água e foi lindo ver as pequenas ondas se formando e naturalmente se espalhando pela imensidão do mundo por todas as direções,
foi lindo através do espelho d´água viajar, conhecer povos diferentes, ver tantos sorrisos, tantos corações apaixonados, tantas pessoas cultivando em suas mudas de fé os seus desejos e suas conquistas,
mais uma vez toco na água e vejo o brilho do sol, vejo o céu azul, me concentro mais um pouco e consigo enxergar a tão sonhada paz interior.
NA VARANDA
Dois, na varanda.
Duas cadeiras baloiçando
Como a brisa esvoaçando
Por entre macieiras sem fruto.
Ouvia-se a bola chutada por um puto
No sussurro da tarde triste
Que mesmo magoada resiste
Ao sonho do bem-amar
O que não existe
Na solidão dum olhar.
Dois, na varanda,
Duas cadeiras baloiçando...
Era só eu, num sonho que manda
E a nostalgia do vento brando.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 21-09-2022)
CONSTRUÇÃO
Ele construía tudo.
Desde o alicerce mudo
Até ao telhado
Que lhe cobria o pecado
De pintar as paredes
Com cordas e redes
Para sustentar o verbo
Das falas que adjetivava
Um presente sem futuro
Quando mergulhava
Nos advérbios do obscuro
Sem pretéritos perfeitos
Ou mais que imperfeitos.
Ele, o poeta, contruía tudo,
Mas a si próprio, não!
Arquiteto de ar sisudo,
Com a pá da paz na mão.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 21-09-2022)
De joelhos...
O teu coração fala fluentemente a linguagem do amor,
já o meu não tolera mais ficar preso nesta vestimenta do peito, ele sente vontade de saltar pra fora e gritar para o mundo inteiro ouvir o quanto te ama,
não a limites no teu jeito de inundar o meu mundo com a tua transparência, com tua sinceridade, com a tua paixão,
te olho do jeito que jamais outro homem irar te olhar na tua vida, valorizo de joelhos o que cresci em ti por mim, assim como o que nasci todos os dias em mim por ti.
RISO DA MANHÃ
Sempre que rio pela manhã,
À tarde choro lacrimoso,
À noite vem o pranto doloroso
Com lágrimas que queimam,
Sulfúricas,
As minhas ilusões telúricas,
Sempre que rio pela manhã.
E neste signo de afã,
Eu prometi a mim mesmo:
Não rir mais pela manhã!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por escrever, em 23-09-2022)
ALMA PERDIDA
Caiu-me a alma.
Não sei se dentro de um rio,
Ou na turbulência do mar.
Talvez na montanha
Tamanha de frio,
No calor do estio,
Quente de enregelar.
Será que ela fugiu de mim
E se esconde na cidade imensa
À espera da recompensa,
Numa espécie de arlequim
De rir pelas ruas
Sujas e nuas.
O que é que minha alma pensa?
Fartei-me dela, tão tensa
E cada vez mais pretensa
Gozando comigo sem par,
Que não perco mais um minuto
Em absoluto,
Para a encontrar!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 23-09-2022)
Aceitarás o amor como eu o encaro?
Adaptação do poema de Mario de Andrade, por José Adriano de Medeiros
...Alvo e bem leve, lindo, suavemente como sua pele
Tudo o que há de melhor e de mais raro
"Vivo" em teu corpo nu de ardente
Meu olhar preso ao teu perdidamente.
Não me exijas mais nada, além do desejo
A realidade é simples, e isto apenas.
Também mais nada te exijo, só teu beijo
vida engraçada
a gente leva tanta porrada
e ainda sorri feito criança
quando a lembrança
traz os ventos da felicidade
não tem idade
todos têm um pouco de loucura
uns tanto que não levam a vida muito a sério
outros demais, chatos pra caramba
mas o que vale é a ousadia de viver
querer
tanto que morrer
é a primeira coisa que não queremos
envelhecemos
para partirmos quando não der mais
para sorrir
ai sim...
Vamos acordar e ver o sol raiar.
Mas o que eu gosto de ver é o brilho do seu olhar.
Seu belo rosto me deixa impressionado.
Ao mesmo tempo, seu jeito de ser me deixa apaixonado.
Mulher forte, doce e adorável - ao mesmo tempo.
Não gostaria de perder você em nenhum momento.
A ti dedico essa humilde poesia.
E te desejo um ótimo dia.
A riqueza habita dentro de nós, porque o que é essência, é durável, porque carregamos conosco o que não se compra, nem se vende, mas o que se constrói, o que é tão nosso. Não são os excessos que nos conferem felicidade, a prosperidade e a fortuna. Estas estão aqui e agora e não precisam de tanto para senti-las. Elas se encontram nas coisas mais simples, nos presentes do Divino, do Ser Maior, para que nossos dias se tornem mais leves. Não precisamos de acessórios, de amarras, quando nós somos a essência. E nada é tão nosso como esse marejar em tonalidades de âmbares diversas de um por do sol, do som angelical das marés, do brilho multifacetado das pedras distraindo-se em cintilâncias com as ondas do mar em uma frivolidade comprometida para compor pura poesia. Nada é tão nosso como possuir a si mesmo. Nada é tão rico como o que existe no entorno. Basta apenas ter olhos de ver e coração para sentir. Acredite, somos infinitamente prósperos!
Soraya Rodrigues de Aragão
Memórias de um ancião
Ao longo da minha jornada
Li boas literatura
Sorri chorei enfureci
Dei várias gargalhada
Dancei na chuva
Escorreguei na lama
Pedal sem hora pra voltar
Rachão com os amigos
Boas prosas na pescaria
Viagem Brasil afora...
Uma lágrima na face
Oque eu sinto
Você não sente
Oque eu vejo
Você não vê
Oque eu ouço
Você não ouve
Com o tempo
Vi o quanto somos diferentes
De mundos opostos
Não tinha experiência de vida
Sempre me perguntei
Sobre o sentido da vida
Aprendi com amor e dor
Olhos sempre atentos
Missão mais que realizada
Uma árvore plantada
Ipê amarelo na calçada
A roseira desabrochou
Uma rosa vermelha
Vida em movimento
Os portões estão aberto
Sky ou Hell?
26/09/2022.
DOU-VOS
A minha tonta cabeça.
Fazei dela bola de futebóis
Nas vossas disputas de álcoois.
Dou-vos os olhos quase mortos
Tristes e absortos.
Dou-vos o peito magoado
Sem jeito de construção
De um novo estrado
Para tapete de chão.
Dou-vos barriga e vísceras
Algumas com úlceras.
Dou-vos os braços e pernas
Já de ossos com cavernas.
Só não vos dou o meu coração
Esse órgão de eleição -
Já o dei a alguém
Que Deus tem -
Desde que nasci até então,
Àquela que me deu a vida
Sofrida,
À minha querida
Mãe!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 26-09-2022)
PLANTEI
Plantei rosas em pedras.
Nasceram só cardos de espinhos
Rudes, abruptos, mesquinhos,
Sem vontade de afagar.
Voltei a plantar.
Rosas em terra dos campos
Negra, de húmus santos,
Como mulher nova a engravidar.
E os cardos sempre a medrar.
Enxertei cardos com rosas
Plantei e surpresa minha:
Nem cardos, nem rosas,
Apenas teimosos espinhos
Tantos como bichinhos.
Nunca mais planto uma rosa.
Ou por sina ou meu azar
Só nascem espinhosos cardos,
Como pesados fardos
Às costas do meu penar.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 26-09-2022)
O REFLEXO NA CRUZ
O quarto tão só e iluminado
Pelo pirilampo de uma velinha
Frágil, ténue como a minha
Luz, que tremula este meu fado.
Paredes negras, uma cruz só,
Um teto como um céu a cair
Desabando em mim a sentir
A mágoa de morrer sem dó.
Rompem-se trevas, o negrume,
Explode em vulcões loucos a luz,
Refletindo os raios na cruz,
Parecendo que o irmão Jesus
Me olhava sem azedume,
Num odor de divinal perfume.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-09-2022)
SINFONIA DE OUTONO
Que sons, que magia
Andam no ar todo o dia.
Cantam os frutos ao cair no chão
Toca ainda o vento suão
Nas luras das árvores da fornicação.
A terra farta de ser emprenhada
Pede ao lavrador a paz da enxada.
O lavrador, amealha o pão
Que a mãe terra lhe pôs na mão.
É pão, é fruto, é vinho de suor
E tanta gente a rezar pelo melhor.
Eu também rezaria a cantar
E, ai, se a natureza me desse voz
Eu cantaria para todos vós
Num canto pranto de arrebatar -
Corações do meu abono,
Nesta sinfonia de Outono.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 28-09-2022)
Os ininigos da pátria estão desesperados, o complô está armado, nunca defenderam o certo, sempre agem pelo errado.
Convoco aqui todo o bom soldado, para livrar o pavilhão sagrado, e derrotar o inimigo encastelado.
Oh vede as castas no senado, quanto agem pelo errado, sem defender o bom soldado.
Quem pode acabar com essa farra, que no sangue trás a essência e garra. Para expurgar dos poderes da República toda essa gambiarra.
Avante pela nossa flâmula de verde manto, na cor do ouro puro e reluzente, no azul de nosso céu de encanto, no branco puro e inocente.
Por nossas famílias, por nossa pátria, pela nossa liberdade, armai-vos de todo o instrumento, em rajadas de letras e frases, a denunciar toda ameaça de excremento, dos que não querem fazer nada, a não ser deixar a nossa pátria sempre lesada.
Liza, linda meiga e infinita
Um sorriso e um abraço dela sempre espero
e é por isso que está no meu coração, não nego.
certo dia, Liza veio me perguntar
o que eu havia tatuado no braço
então respondi: Éapenas um traço
Mas eu menti, na verdade era a rosa, aquela rosa.
Ela entendeu, e com os olhos cheios de lágrima remeteu
O imprescindível é oculto aos olhos teus :)
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