Cartam de Despedida de uma grande Amor
As luzes se apagaram...
Motivos pra chorar? Talvez tenhamos...
Já passamos por tantas coisas,
Algumas parecidas...
O Universo é testemunha que eu tentei
Então por favor não me cobre mais...
Meus olhos vermelhos marejados já não suportam,
Este é nosso último "adeus"...
Talvez nos encontraremos de novo no futuro,
Quando estivermos mais maduros...
Eu tento ler sua mente, sem nenhuma intenção de ser cruel,
Não encontro explicações, mas você está no seu papel...
Eu queria poder explicar, mas isso levaria tempo e muita paciência,
Quem sabe ali na frente o destino nos aproxime novamente,
Mas hoje só posso dizer adeus...
Adeus amor, adeus, ficarás sempre presente nos sonhos meus!
Egresso
Gosto de pensar que as pessoas falecidas tiraram férias da vida.
Se cansaram das preocupações que não desejaram.
Fugiram dos atributos que não planejaram.
Foram em busca de um lugar perfeito pra viver.
Até onde sei, a maioria já cumpriu seu dever.
Pra quem vai é normal sair sem se despedir.
Pra quem fica não é fácil impedir.
Partiram sem deixar recados.
Imaginaram suas vidas sem serem sufocados.
Cobiçaram toda forma de paz.
E quiseram não sofrer jamais.
A vida aqui na terra é ingrata, dura e vazia.
Mas, não saber o que nos espera é nostalgia.
Desistir!
Não é fácil desistir de algo que se deseja muito.
Não é fácil juntar todos os pedaços que ficaram espalhados pelo chão no momento da despedida.
Não é fácil dizer adeus e partir sem olhar pela última vez para trás.
Não é fácil seguir em outra direção, principalmente quando você sabe qual direção deseja seguir.
Não é fácil desistir de um amor.
Não é fácil desistir dos sonhos.
Não é fácil desistir dos planos que idealizou.
Simplesmente não é fácil desistir de nada.
Em algumas situações, desistir é tudo o que resta a fazer.
Já não existia mais nada, o amor acabou, o gostar esfriou e o vazio foi tudo o que ficou.
Mas o que fazer com a saudade que insiste em sua porta bater.
O que fazer com o som do riso ecoando no ouvido ou com a gargalhada gostosa que ficou gravada na memória.
Como esquecer o abraço apertado que deixou o seu perfume grudado no echarpe de cetim.
Como acordar nas madrugadas frias de inverno e não ter ninguém ao seu lado.
Como esquecer os passeios nas tardes de domingo ou dos jantares à luz de vela.
Como festejar o aniversário sem ter ninguém para transformar o dia em um momento único e especial.
Como conviver com a saudade que sinto de você!
Simplesmente não é fácil desistir de nada.
Então não desista, tente mais uma vez...
Me despeço em silêncio
Para não incomodar
Seu momento, seu tempo
Sua escolha de voar
Foi dos sonhos o mais lindo,
Mas eu tive que acordar
Queria seguir dormindo
Mas já é hora de levantar
É que não caibo no seu mundo
lugar pra mim não há
E quanto mais eu te espero
Mais dor vou encontrar
Está nas mãos do universo
Um possível reencontrar
Pra que não haja mais esforço
Pra que não haja mais frustrar
Nunca esqueça o quanto te amei
É a mensagem que quero deixar
Seja feliz nas suas escolhas
Seja feliz onde pousar!
ÚLTIMO BEIJO
Vazio ficou aquele dia
Ao respirar o teu cheiro;
Esgotou-se a melodia
Naquele final de janeiro.
Eu queria ficar
Tu preferiste partir...
Nada mais irá mudar
Depois que o sol emergir.
Como uma sombra calada
Redefini os seus traços;
Em uma pintura moderna
Tingindo os seus abraços.
Passou o tempo... Passou;
Levando a nossa história,
Talvez algo restou...
Trancado em memórias.
Depois do último beijo;
A vida caminhou... Seguiu;
Aquele oceano de desejo
Calou-se, submergiu.
Guimarães Júnior.
Ela disse que nunca mais quer me ver,
eu posso ser a pior coisa que aconteceu na sua vida,
meu esforço de ser bom,
foi um fracasso,
eu tenho que voltar pra casa com minhas lembranças dela,
tentando colocar na minha cabeça que nada poderia ser feito,
mesmo sabendo que podia ter a apertado nos meus braços,
e dizer um terço do que eu sinto,
ela era toda minha luz,
eu havia me esquecido como é ruim está na escuridão,
e se ela estiver por ai chorando de coração partido,
eu devo dizer que sou a pior pessoa do mundo pra a melhor pessoa pra mim,
eu tenho que voltar pra casa com minhas lembranças dela,
tentando colocar na minha cabeça que nada poderia ser feito,
mesmo sabendo que eu podia ter a tratado como ela merece.
Ele se foi!
E nem me despedi...
Foi uma escolha...
Cada um faz a sua...
Ficam as lembranças...
Do sorriso...
Das loucuras...
E excentricidades que passei a conhecer...
A vida é implacável!
Tão rápida se passa...
Quando vemos já estamos...
Todos nos despedindo de alguém...
Sei que o céu está mais lindo agora...
Tem um anjo gato e maroto que a idade não conseguiu mudar...
Sorte de quem vai ser protegido por você...
Mas tenha certeza que quando nos encontrarmos...
Eu vou pisar no seu pé...
E quero escutar a resposta que sempre esperou de mim...
Vai em paz...
Aconchegou seu corpo ao meu como se soubesse que seria a última vez.
Fez me elogios como nunca havia feito
Fez declarações como nunca havia feito
Estava ali por inteiro sem pressa como nunca havia estado.
Falou de amor com brilho e tristeza no olhar.
Olhava minuciosamente, cada detalhe do meu corpo do meu rosto, afagou meus cabelos.
Abraçou me com uma intensidade, suspirou e ficou em silêncio.
Não falou nada mas sabia que aquela era uma despedida e foi.
Sente-se, vamos tomar um café?
Por aqui, senhor, por aqui...
Luz dilacerante no olhar
Som encantador dos trilhos quentes
Olhar de despedida...
Embarques e desembarques
Aglomerados, dispersos, sonhadores
Orvalho dos olhos nos dedos
Marcam uma história sem segredo
Malas cheias, tudo pronto
Deixando para trás um cordel de ilusões
Arrependimento? Medo? Que nada!
Na próxima estação, novas ilusões virão
Banco macio, janela aberta...
Pai? Mãe? Vocês aqui?
Ora! O próximo trem só na outra vida.
O maior erro de alguém é implorar por alguma coisa, seja o que for. Faça o seu melhor sem exigir nada em troca, os bons reconhecem atitudes,
se valer a pena vai vigorar e te trazer paz. Não perca seu valor por ideias vazias e precipitadas. Pessoas têm a mania de magoar pelo simples fato de não ser magoado antes, questão de orgulho ou até dificuldade de largar um velho hábito. Não corrija ou tente modelar as pessoas a seu gosto, seja bom e se seu bom não for o suficiente, deixe ir.
"Sei lá..."
Sei lá... era como se o mundo tivesse parado naquele instante.
"Você, a mala, a chuva, o táxi. Um conjunto perurbador de uma realidade concreta.
Quantas vezes dissemos a nós mesmos que isto nunca aconteceria! Fomos tolos ao acreditar? Ou somos tolos por nada fazer, diante da cena quase novelística?
Sei lá...
Só sei que já sinto a dor da sua partida.
As cores do céu se fecham e, parece, nunca serão as mesmas. Um cheiro de cinza se aproxima.
Você vai, e leva meus coloridos sóis; meus doces sorrisos; minha vontade de pintar o quarto com tons de vida.
Você vai... e, sei lá, tudo fica: vazio, solitário e sem graça.
Sei lá... eu deveria ter feito algo. O táxi já deu partida.
Fica para... sei lá... uma próxima vida". Lavínia Lins
trem
minhas malas estão prontas
sei que não voltarei mais
nunca mais.
arrumei tudo,
shampoo, escova e tamanco
aquele vestido de borboletas
e a bolsa azul.
etiquetei a bagagem
meu nome, meu sangue
toda minha história e dois cadeados
três cartas de lembrança
e o velho anel.
pesam muito minhas malas
a vida inteira ali dentro
mais a saia reta e o scarpin marrom
dois amuletos,
a fotografia dos meus pais
e as anotações para o futuro.
não voltarei mais
nunca mais
e levo na bagagem a certeza
da vida que passou
a camisa de gola rolê
os cartões para colocar no correio
e todas as esperanças.
embarcarei no trem das oito
as duas malas prontas
a vida inacabada
e a certeza que não voltarei
não me falta nada
carrego o creme para as mãos,
a calça de botões dourados
e o crucifixo no pescoço.
na partida, nada ficará de mim
não haverá traço, marca ou memória.
passagem nas mãos
os documentos guardados
a coleção de lenços,
o casaco de frio, a imagem do santo
e a certeza que não voltarei mais.
voarei livre e leve
como se não tivesse comigo
as partituras da nossa música
a camisa verde de chiffon
e a maquiagem provisória.
levo tudo comigo
as malas cheias de vestidos
papeis antigos
e um biscoito para o caminho
e a certeza que não voltarei
que não voltarei nunca mais.
VÁ
Vá!
Mas não esqueça o que vivemos,
O que juntos fizemos.
Aquele universo todo que descobrimos,
As nossas estrelas, no nosso ninho.
Vá!
Mas não apague o meu raio de luz,
As lembranças de um amor que seduz,
Os momentos eternos da minha vida,
Os pensamentos que aumentam a ferida.
Vá!
Mas não diga que não valeu,
Tudo o que no amor aconteceu,
A incerteza, a inocência,
A descoberta, a entrega.
Vá!
Pise assim nas flores do meu jardim,
Num coração despido de mim.
O mesmo que permitiu o nosso amor,
O mesmo que sofre agora essa dor.
Vazio
Não tive dedos suficientes pra contar
As dores vividas no calabouço
Da minha alma perdida entre mentiras
De que eu sabia que o meu cantar
Levaria com o vento
Para os amados, alento.
Eu nada aprendi dessa troca
De idéias e ideais
Não guardei um só instante
As memórias do aprendizado
Sobre o amor
Que eu vim buscar
Tive apenas ilusões arredias
E apostei em atitudes tresloucadas
Correndo atrás dos que me renegaram.
Acreditei que estes
Poderiam preencher o vazio despudorado
Da agonizante despedida
De quem parte solitária e oca
E solta.
Desprovida de alegria.
Vazia de vida.
Desnutrida e carente
Completa indigente.
Flores e velas.
Eu quero a luz no fim do túnel,
Que me encaminhe ao destino certo,
Ao invés de um amor que se faz fútil,
Onde me mostra um mundo incerto.
Eu exijo minha cama arrumada,
Enfeitada de rosa Champanhe e cravo vermelho,
Velas que iluminem o ambiente,
Clareando minha noite, não quero o medo.
Quero o sorriso debaixo da máscara,
E o aperto no coração ferido,
Abraços e sentimentos verdadeiros,
Lágrimas no rosto de quem eu nem sabia, mas era um amigo.
Quero levar a lembrança de coisas boas,
E esquecer a dor da perda,
Deixar que o sorriso renasça,
E a esperança novamente floresça.
Quero o sorriso que admiro,
E a decisão que dá esperança,
No coração amado e ferido,
No soluço e na pureza da criança.
Quero que tudo agora se encaixe,
E que a lembrança seja a melhor possível,
Para saber que valeu a pena,
E que o amor foi realmente vivido.
Espero que se lembrem do homem,
Que pensou um dia ser anjo,
E falava dia a dia com Deus,
Pedindo paz e saúde aos que amam.
Dizem que a dor da partida é sentida,
Acho que sim, pois sinto coisas estranhas,
Mas mesmo assim tão vazio e tristonho,
Acredito, valeu a pena.
1 de novembro de 2015
Cai no álbum de retratos. Quem diria, vó!
Foram tantas as vezes que você ficara que a gente principiou a te acreditar sublime, a te pensar eterna, a te desejar inefável. Fico com as minhas palavras cosméticas, sem ter como te fixar no escuro. Mas não seria justo, avó, não seria certo. Porque você sabia de cor o nome de tantas ruas por onde já não pisava, a receita de tantos bolos que já não fazia. E aquela fraqueza de sempre. Não faz mal, avó.
O universo continuará sem ti. Com você, extingue-se um mundo de coisinhas. Terá importância? Aquela casa, sua, será alvo de imobiliárias predadoras. O número 48, tão simples, da rua Colonização. Ao redor da casa, despontam prédios. Arranha céus imensos ganham terreno. É tanta modernidade, vó! A nossa rua vai ficando encolhida e, com ela, a casa, o jardim, a soleira da porta.
A vizinhança parece dormir, as visitas rareiam. As vizinhas do seu tempo já não aparecem com frequência. Um ou outro nome desaparece. Você continua. Faz setenta, oitenta, quase-noventa anos. Sente saudade, mas não deixa transparecer que nossa pouca idade não alcança suas lembranças, suas memórias. Conta histórias de menina que a gente escuta com cuidado. Diz lembrar fatos que lhe aconteceram com três anos – e eu acredito. Tem memória boa. Sabe de cabeça o aniversário de muita gente. Guarda tanta, tanta vida.
Como você, eu não encontrei ninguém. Sentada na cama, seus olhos marejam, sua expressão vagueia – quase chora.
“Eu só tenho pena de deixar minhas coisinhas” – não faz mal, vó.
Suas coisinhas vão com você. Boa noite.
Dorme com os anjos.
Gi.
NA DOR LIDA
Somente na dor lida
Na dor que não se clama
Mas, a que dói o que passou
O já passado me profana
O por quê de tal despedida
Que não vê a hora que a chama
Mas, que vai e não se volta
O que um dia em vida exclama
Mais um dos arrebatados sou
Que chora sem querer
Chora porque chora
Aquilo não há mais de ver
E em lamentações se faz em prece
Aquilo que deseja a ter
A soberana e feliz paz
Que só no Reino de Deus há de conter...
A saudade martiriza essa dor doida
Que dói e feri sem querer
Deste amor que não mais será recíproco
O meu amor que só em mim há de ter
E nesta solidão infinda que me persegui agora
E que não há caminhos certos
Guardo essas felicidades doidas
Deste pequeno vel
Que me cobriste por perto
E é na dor desta felicidade
Que chega a lembrar os meus pesares
Que rezarei por ti mais uma vez
Até meu momento certo
De tua tranquilidade.
Willas Fernandes. 03.12.15
Feito em homenagem a ORLANDINA COSTA FERREIRA.
►Despreparado
Eu penso em várias coisas
E quando ando nas ruas penso nas pessoas
Será que elas conseguem suportar
Ou melhor, será que elas conseguem enxergar?
Ou pelo menos parar pra pensar?
Devemos todos estudar
Analisar
Como suportamos nós mesmos
Carregamos nossos próprios pesos
Entendo agora a visão dela
A mãe da garota mais bela
Me viu como monstro
Drácula, Frankenstein ou Fera
Claro, não sou nenhum astro
Me imagino feroz, quem me dera.
9 horas eu estava lá
Tinha marcado de nos encontrar
Estava eu lá de boné aba
Minhas pernas estavam a cambalear
Tinha medo de conversar
Não estava preparado
Mas estava motivado
Determinado
Ela me assustou no primeiro contato
Assumo que fiquei assustado
Claro, sou um bastardo
Minhas pernas queriam me deixar
Não deixei de reparar
Acabei por vacilar
Me desculpe por ser um idiota
Me desculpe por não pensar em uma resposta
Você merece todo o meu carinho
Não quero deixar teu coração sozinho
Gosto muito de rimar
É estranho, vamos falar
Parece até que está a narrar
De uma maneira exemplar
Os fatos que vou contar
Pois bem, irei começar
Eu escrevo poemas, mas não sou um poeta
Quem me dera ter a sabedoria desses atletas
Atletas das palavras, versos e letras
Não sou muito chegado a leitura
Acredite, digito por não ter uma escritura
A caneta é minha inimiga
A tecla minha amiga
Prefiro digitar por não ter o que falar
Quando encontrar, alguém para recitar
O que estou a colocar
Nessa letras a formar
Frases e versos que me fazem parar
Refletir, pensar:
“Por que não consigo me expressar?”
Eu tento sempre que possível me comunicar
Ah, deixa pra lá.
Sei que já não posso mais nada, mas eu nunca deixei de tentar...
O meu maior desejo era ve-las sorrindo... Crescendo... Felizes ...
Deus o Soberano Quis a partida ... Sinto muito!
Me sinto um invisível escrevendo...
Mas é assim que ficarei lá do outro plano torcendo por vocês...
Sigam bem os conselhos da MAMÃE ela será o braço forte....
Nunca tenham inveja dos que ainda tem PAI...
Ninguém é, e, nem será eterno...
A lei da vida quem dita é o PAI DA VIDA!!!
(28/07/2015) 9:15 da manhã de um dia frio e ensolarado...
Teus olhos claros me encantavam
Tu pele me dava saudade
Tua voz me lembrava da liberdade
Que um dia nós tivemos.
Sinto saudade de nossas conversas
Das horas dispersas
Que nós tivemos juntos
Das vezes que juntamos nossos mundos
E você me fez gostar de estar com você.
Não sei o que te fiz
Talvez infeliz
Já que me deixou
Sem ao menos se despedir.
Só posso dizer
Que um dia amei você,
Mais do amo hoje. ( se é que ainda amo)
Talvez eu tenha ido embora,
Talvez a culpa tenha sido sua.
Ou foi minha.
Cara, menino, homem, garoto, rapaz.
Você cresceu
E eu
Já não sinto mais sua falta.