Carta para uma Pessoa Especial

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O Tempo de Um Poema -

Diante da obra de um grande poeta,
em especial,
seus grandes poemas,
deveríamos ler,
somente,
um poema a cada sete,
quinze...
a cada trinta minutos.
(Dar tempo suficiente para digeri-lo por completo).

É preciso chorar (se for pra chorar).
Sorrir (se tiver que sorrir):
pensar, sentir.

É preciso deixar as facas cortarem,
rasgarem a carne fria
(sangrar).
Ou contemplar o corpo se acalmando
como no calor de um abraço,
quando a alma se sente
acolhida.

Um poema
não deve cortar o efeito
de um outro poema.
Um poema
é o presente respirar que,
aos poucos,
no tempo,
vai se apagando para um novo.

Mas no instante em que é lido,
é o teu íntimo inteiro:
consciente ou inconscientemente.

É o teu corpo
e alma
e pensamento
(centro supremo de tudo que te habita,
onde tu habitas em tudo).

É a tua cama,
o teu quarto,
a tua casa:
o Universo inteiro.

Feliz aniversário!
Fazer aniversário é um momento especial de renovação para sua alma e seu espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós a capacidade de recomeçar a cada ano.
Desejo a você um ano cheio de amor e de alegrias.

Especial é...

Nada é mais especial do que o exercício pleno do amor, do que a vivência diária desse sentimento natural em todas as suas múltiplas formas e cada manifestação mesmo que tímida desse sentimento maior, traduz a verdadeira essencia da vida: amar!

Então viva todos os seus amores de uma forma especial, porque especial é...
Saber que você está sempre por perto
Especial é...
Perceber seu olhar cúmplice do meu
Especial é...
Caminhar ao seu lado tendo as mãos entrelaçadas.
Especial é...
Me contagiar com a sua gargalhada...
Especial é...
O melhor de cada um de nós...
Especial è...
Concluir que só vale a pena com você.
Especial é...
Ter a vontade adivinhada
Especial é...
A primeira mordida da fruta amadurecida.
Especial é...
Sentir o seu perfume depois do amor.
Especial é...
O calor do seu corpo colado no meu.
Especial é...
Contemplar sua imagem e sentir o desejo.
Especial é...
Calar sua voz ao sabor de um beijo.
Especial é...
Voltar depois da briga com o amor renovado.
Especial é...
Receber um forte abraço inesperado.
Especial é...
Me sentir livre para estar preso a você
Especial é...
Prover de afeto a nossa rotina.
Especial é...
Ser presenteado com a sua alegria.
Especial é...
Fazer bonito o amor de cada dia.
Especial é...
Entender as diferenças
Especial é...
Plantar a amizade em terra fértil
Especial é...
Descobrir que a felicidade e um dom natural
Especial é...
Saber que para você eu sou muito, muito especial.

Amigo Especial

Você é um amigo especial...
me ajuda a crescer quando exalta minhas qualidades, fazendo com que eu me orgulhe delas, quando extrai o melhorde mim, omitindo os defeitos que até eu gostaria de esconder. Quando me estende a mão, mostrando o caminha que devo sequir.

Por isso sei que posso contar sempre com você...


Bons amigos sempre ficam de modo especial em nossos pensamentos. Fazem parte de nosso dia a dia, mesmo não estando presentes, pois as experiências que foram uma vez compartilhadas estarão sempre vivas em nossa lembrança

⁠Às vezes, um amigo!
Às vezes encontramos uma pessoa especial para chamar de meu amigo.
Às vezes não.

Alguém que, sem querer, você conta tudo sobre você, seu dia, um sonho.
Às vezes, sem você querer.

Essa pessoa vai te fazer acreditar que o mundo é bem melhor do que parece.
Às vezes, ela vai te fazer viajar para outros mundos.

Uma amizade tão intensa que a distância parecerá apenas uma preguiça preguiçosa de visitá-la.

Às vezes um abraço parece não ser perto o suficiente.
Quando encontrar, ame-a.

Você é especial?

O que faz alguém ser especial?
Uma pessoa melhor que as outras?
Alguém diferente da grande maioria?
Isso é bom ou ruim?

Muitas vezes o especial é solitário
Não tem ninguém para compartilhar
Seu estado de espirito é temporário
Tanto faz sorrir como chorar

O especial vê o mundo diferente
Eles se apega aos detalhes ausentes
Seja um abraço, um sorriso, um carinho recorrente...
Ou um bom dia, uma lembrança, um momento presente

O especial não se acha especial
Apenas um visão dos outros sobre ele
É uma pessoa simples, normal, sem nada sensacional
Apenas alguém com amor dentro dele

Ser simples torna-me especial?
Ter um coração afetuoso é ser especial?
Ter sensibilidade com o mundo a sua volta é especial?
Você é especial?

"Feliz dia para quem é o igual do dia".
"Saúdo-vos e desejo-lhes sol, e chuva, quando chuva é precisa".
"E olho para as flores e sorrio...".
"Que pensará o meu muro da minha sombra?".
"Que triste não saber florir!".
"Amar é a eterna inocência".
"Sejamos simples e calmo, como os regatos e as árvores".
"A minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer".
"Eu sou do tamanho do que vejo".
"Dá-me uma mão a mim e a outra a tudo que existe, vamos os três pelo caminho que houver".
"Pega-me tu ao colo e leva-me para dentro da tua casa".
"Sou um guardador de rebanhos. O rebanho é os meus pensamentos".
(Citações de poemas de Fernando Pessoa extraídos de "Fernando Pessoa - Obra poética II" - Organizado por L&PM - Porto Alegre, RS - 2010)

Nossa Senhora
Das coisas impossíveis que procuramos em vão,

Vem soleníssima,
Soleníssima e cheia
De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,
E todos os gestos não saem do nosso corpo,
E só alcançamos onde o nosso braço chega,
E só vemos até onde chega o nosso olhar.

Vem, dolorosa,
Mater-Dolorosa das Angústias dos Tímidos,
Turris-Eburnea das Tristezas dos Desprezados.
Mão fresca sobre a testa em febre dos Humildes.
Sabor de água sobre os lábios secos dos Cansados.

Vem, lá do fundo
Do horizonte lívido,
Vem e arranca-me
Do solo de angústia e de inutilidade
Onde vicejo.
Apanha-me do meu solo, malmequer esquecido,
Folha a folha lê em mim não sei que sina
E desfolha-me para teu agrado,
Para teu agrado silencioso e fresco.

Vem sobre os mares,
Sobre os mares maiores,
Sobre os mares sem horizontes precisos,
Vem e passa a mão pelo dorso da fera,
E acalma-o misteriosamente,
Ó domadora hipnótica das coisas que se agitam muito!

Vem, cuidadosa,
Vem, maternal,
Pé ante pé enfermeira antiquíssima, que te sentaste
À cabeceira dos deuses das fés já perdidas,
E que viste nascer Jeová e Júpiter,
E sorriste porque tudo te é falso e inútil.

Vem, Noite silenciosa e extática,
Vem envolver na noite manto branco
O meu coração...
Serenamente como uma brisa na tarde leve,
Tranquilamente com um gesto materno afagando.
Com as estrelas luzindo nas tuas mãos
E a lua máscara misteriosa sobre a tua face.
Todos os sons soam de outra maneira
Quando tu vens.
Quando tu entras baixam todas as vozes,
Ninguém te vê entrar.
Ninguém sabe quando entraste,
Senão de repente, vendo que tudo se recolhe,
Que tudo perde as arestas e as cores,
E que no alto céu ainda claramente azul
Já crescente nítido, ou círculo branco, ou mera luz nova que vem,

A lua começa a ser real.

Alma e Realidade, Duas Paisagens Sobrepostas

1 - Em todo o momento de atividade mental acontece em nós um duplo fenômeno de percepção: ao mesmo tempo que temos consciência de um estado de alma, temos diante de nós, impressionando-nos os sentidos que estão virados para o exterior, uma paisagem qualquer, entendendo por paisagem, para conveniência de frases, tudo o que forma o mundo exterior num determinado momento da nossa percepção.
2 - Todo o estado de alma é uma passagem. Isto é, todo o estado de alma é não só representável por uma paisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. Há em nós um espaço interior onde a matéria da nossa vida física se agita. Assim uma tristeza é um lago morto dentro de nós, uma alegria um dia de sol no nosso espírito. E - mesmo que se não queira admitir que todo o estado de alma é uma paisagem - pode ao menos admitir-se que todo o estado de alma se pode representar por uma paisagem. Se eu disser "Há sol nos meus pensamentos", ninguém compreenderá que os meus pensamentos são tristes.
3 - Assim, tendo nós, ao mesmo tempo, consciência do exterior e do nosso espírito, e sendo o nosso espírito uma paisagem, temos ao mesmo tempo consciência de duas paisagens. Ora, essas paisagens fundem-se, interpenetram-se, de modo que o nosso estado de alma, seja ele qual for, sofre um pouco da paisagem que estamos vendo - num dia de sol uma alma triste não pode estar tão triste como num dia de chuva - e, também, a paisagem exterior sofre do nosso estado de alma - é de todos os tempos dizer-se, sobretudo em verso, coisas como que «na ausência da amada o sol não brilha», e outras coisas assim. De maneira que a arte que queira representar bem a realidade terá de a dar através duma representação simultânea da paisagem interior e da paisagem exterior. Resulta que terá de tentar dar uma intersecção de duas paisagens. Têm de ser duas paisagens, mas pode ser - não se querendo admitir que um estado de alma é uma paisagem - que se queira simplesmente interseccionar um estado de alma (puro e simples sentimento) com a paisagem exterior. [...]

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

(...)Toda gente que conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida.
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!
Não, são todos o Ideal, se os ouço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?..."

in Poema Em Linha Reta

A Criança que Fui Chora na Estrada

A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.

Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,

Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.

Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes. A sua vida humana é cheia de tudo quanto constituiria uma série de angústias para uma sensibilidade verdadeira. Mas, como a sua verdadeira vida é vegetativa, o que sofrem passa por eles sem lhes tocar na alma, e vivem uma vida que se pode comparar somente à de um homem com dor de dentes que houvesse recebido uma fortuna — a fortuna autêntica de estar vivendo sem dar por isso, o maior dom que os deuses concedem, porque é o dom de lhes ser semelhante, superior como eles (ainda que de outro modo) à alegria e à dor.
Por isto, contudo, os amo a todos. Meus queridos vegetais!

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Vol.I. (Recolha e transcrição dos textos de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1982
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Fiquei doido, fiquei tonto...
Meus beijos foram sem conto,
Apertei-a contra mim,
Aconcheguei-a em meus braços,
Embriaguei-me de abraços...
Fiquei tonto e foi assim...

Sua boca sabe a flores,
Bonequinha, meus amores,
Minha boneca que tem
Bracinhos para enlaçar-me,
E tantos beijos p'ra dar-me
Quantos eu lhe dou também.

Ah que tontura e que fogo!
Se estou perto dela, é logo
Uma pressa em meu olhar,
Uma música em minha alma,
Perdida de toda a calma,
E eu sem a querer achar.

Dá-me beijos, dá-me tantos
Que, enleado nos teus encantos,
Preso nos abraços teus,
Eu não sinta a própria vida,
Nem minha alma, ave perdida
No azul-amor dos teus céus.

Não descanso, não projecto
Nada certo, sempre inquieto
Quando te não beijo, amor,
Por te beijar, e se beijo
Por não me encher o desejo
Nem o meu beijo melhor.
(Fernando Pessoa)

Hoje Tomei a Decisão de Ser

Eu Hoje, ao tomar de vez a decisão de ser Eu, de viver à altura do meu mister, e, por isso, de desprezar a ideia do reclame, e plebeia sociabilizacão de mim, do Interseccionismo, reentrei de vez, de volta da minha viagem de impressões pelos outros, na posse plena do meu Génio e na divina consciência da minha Missão. Hoje só me quero tal qual meu carácter nato quer que eu seja; e meu Génio, com ele nascido, me impõe que eu não deixe de ser.

Atitude por atitude, melhor a mais nobre, a mais alta e a mais calma. Pose por pose, a pose de ser o que sou.

Nada de desafios à plebe, nada de girândolas para o riso ou a raiva dos inferiores. A superioridade não se mascara de palhaço; é de renúncia e de silêncio que se veste.

O último rasto de influência dos outros no meu carácter cessou com isto. Reconheci — ao sentir que podia e ia dominar o desejo intenso e infantil de « lançar o Interseccionismo» — a tranquila posse de mim.

Um raio hoje deslumbrou-me de lucidez. Nasci.

"Sonhar mesmo que seja impossível
Lutar mesmo que o inimigo seja invencível
Suportar a dor, mesmo que seja insuportável
Correr, mesmo onde o bravo não ouse ir
Transformar no bem o que é mal,
mesmo que o caminho seja de mil milhas
Amar o puro e o inocente,
mesmo que seja insistente
Persistir, mesmo quando
o corpo não mais resista
E, afinal, tocar aquela estrela,
mesmo que seja impossível."
-Fernando Pessoa-

A espantosa realidade das coisas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada coisa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.

Tenho escrito bastantes poemas.
Hei-de escrever muitos mais, naturalmente.
Cada poema meu diz isto,
E todos os meus poemas são diferentes,
Porque cada coisa que há é uma maneira de dizer isto.

Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada,
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.

Outras vezes ouço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.

Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem esforço,
Nem ideia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos,
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.

Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer coisa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. “Poemas Inconjuntos" in Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática. 1946 (10ª ed. 1993). p.83
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A loucura, longe de ser uma anomalia, é a condição normal humana. Não ter consciência dela, e ela não ser grande, é ser homem normal. Não ter consciência dela e ela ser grande, é ser louco. Ter consciência dela e ela ser pequena é ser desiludido. Ter consciência dela e ela ser grande é ser gênio.
(Aforismos e afins)

DÁ-ME A VERDADE:dou-te a vida.
A vida esquece como a água PASSA,
E é coisa morta a coisa que é esquecida.
Dá-me a verdade!
Como o que nunca foi, a vida esvoaça.

Ter o que é certo nas incertas mãos!
Saber bem o que nunca pode ser!
Tudo isto nos faz ermos e irmãos
No nada que nós somos.
Dá-me poder sentir, saber querer!

Instante inútil entre ser e estar,
Momento vácuo entre sonhar ou não,
Tudo isto pode ser e não ficar.
Dá-me a verdade!
Mas deixa-me a mentira ao coração!

(Fernando Pessoa)

Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho. Pesa-me um como a possibilidade de tudo, o outro como a realidade de nada. Não tenho esperanças nem saudades. Conhecendo o que tem sido a minha vida até hoje — tantas vezes e em tanto o contrário do que eu a desejara —, que posso presumir da minha vida de amanhã senão que será o que não presumo, o que não quero, o que me acontece de fora, até através da minha vontade? Nem tenho nada no meu passado que relembre com o desejo inútil de o repetir. Nunca fui senão um vestígio e um simulacro de mim. O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.

Breve sombra escura de uma árvore citadina, leve som de água caindo no tanque triste, verde da relva regular — jardim público ao quase crepúsculo —, sois, neste momento, o universo inteiro para mim, porque sois o conteúdo pleno da minha sensação consciente. Não quero mais da vida do que senti-la a perder-se nestas tardes imprevistas, ao som de crianças alheias que brincam nestes jardins engradados pela melancolia das ruas que os cercam, e copados, para além dos ramos altos das árvores, pelo céu velho onde as estrelas recomeçam.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. 186p.

"Há um cansaço da inteligência abstrata, e é o mais horroroso dos cansaços. Não pesa como o cansaço do corpo, nem inquieta como o cansaço do conhecimento e da emoção. É um peso da consciência do mundo, um não poder respirar da alma”.

( Bernardo Soares [Semi-heterônimo de Fernando Pessoa]).