Carta dos Filhos ao os Pais
Qual o critério da confiança?
Da segurança?
Do lançar-se em águas desconhecidas?
Do acreditar sem hesitar? Sem pestanejar?
Sem nem por um segundo duvidar?
Qual o momento em que ficamos cegos, surdos e mudos
diante de alguém novo?
Diante de alguém que não conseguimos ler.
O que há em mim que sempre me perco em ti?
E por que tenho ainda receios em me envolver?
Tudo em mim grita que está tudo bem, que posso confiar
e que ninguém além de mim vai mudar isso.
Mas como posso crer se a todo momento me vejo esmorecer,
me render e novamente descrer.
Talvez seja porque há tanta verdade e amor guardados em mim
que, ao meu ver é quase impossível não repartir e dar a ti.
Obrigado por olhar pra mim.
Não tem jeito!
Tem dias que a gente acorda cedo
Com o coração apertado
Com os bolsos esburacados
Com a vida escapando pelos lados
Tem dias que a gente acorda alegre
Tem dias que os sorrisos se abrem como leques
Tem dias que ser feliz é leve
E tem dias que a saudade invade
Aperta, machuca e bate
E dias que a tristeza faz parte
E o vazio parece que nunca parte
Independentemente do dia ou do que se sente
Independente de ti, de mim ou da gente
Todos os dias precisamos ser valentes
Essa depressão não dura para sempre
Roma ao contrário é amoR
Como não percebi isso antes?
Porque sofri de forma tão constante?
Você foi, mas ainda assim você ficou.
No sorriso em meu rosto, nas mensagens que chegavam no bolso,
nas fotos da viagem, no ar da cidade.
Chorei é verdade.
Achei que me perderia na trivialidade.
Mas percebi um dia antes da sua volta que Roma muito me ensinou
sobre reciprocidade.
Me ensinou a ser paciente, a olhar pro que poderia ganhar mais a frente.
A perceber o que esqueci de perder antes de existir a gente.
Roma ao contrário é amoR e que tola eu sou.
Quando olhamos pra gente é que percebemos o quão somos ou não contentes.
Quando olhamos pra gente é que entendemos o que se sente.
A cada mensagem um novo aprendizado.
A cada foto uma nova particularidade.
A cada momento novas formas de encarar essa viagem.
Até que enfim a alegria chegou e parecia com você, tinha sua imagem.
Me abraçou de verdade, me deixou a vontade e eu percebi que Roma era mais que uma cidade era uma oportunidade para enxergar o meu eu de verdade.
Chorei novamente, mas dessa vez foi só saudade da gente.
Ainda hoje você me perguntou o que eu podia querer de presente
Eu tola, respondi que nada!
Que resposta errada!
Quero de ti tudo que não tem preço
Tudo que o dinheiro não pode comprar
Quero seus carinhos, seu toque, seus beijos
Quero seus abraços mais que tudo na vida
Quero seu sorriso ao me ver
Quero poder abrir os olhos e ver você
Quer te procurar a noite e te encontrar
Quero seu peito pra descansar
O que quero de ti é afeto
Sempre ouvi que boas pessoas só recebem em troca o afeto
Talvez por isso sempre quis ser uma boa pessoa
Porque sempre soube que não se pode comprar afeto
Não se compra carícias, beijos e abraços
Não dá para agregar valor aos sentimentos
Quero que continue a me abraçar a alma
Quero que continue a me ler os olhos
Quero que nunca deixe de mexer nos meus cabelos
Quero que nunca me deixe sem teus beijos
Kamiki: Professora! O Professor Neigauz deveria ser o instrutor dessa aula. Por que houve uma transferência na parte mais importante da matéria?
Kirigakure: Bem...foi por uma gravidez! Gravidez!
Kamiki: O Professor Neigauz é um homem!
Kirigakure: Ah, talvez ele tenha que tomar conta de criança ou algo assim. Que saco. Pergunte esse tipo de coisa para o diretor!
É verdade, meu amigo, que cada dia compreendo melhor quão insensato é vivermos a julgar os outros. De minha parte, tenho tanto que fazer para modificar-me a mim mesmo, tanto esforço a despender para acalmar as tempestades do meu coração!... Ah! eu deixarei de bom grado que os outros façam o que bem entendam, contanto que eles me deixem fazer o mesmo.
Comigo era só muvuca
Com ele é só camarote
O meu cartão só dava recusado
E o do homem é ilimitado
Só anda de carrão do ano
E o meu é de 2004
Como é que eu vou bater de frente
Como esse desgramado
E ele pode te dar tudo
O mundo inteiro aos seus pés
Mas quem disse que você quer
Quem disse que você quer
Prefere tá comigo, andando de golzinho
Comendo um espetinho
Eu tenho o meu valor
Prefere meus carinhos
Eu não preciso comprar seu amor
Algozes
Os nossos algozes mais perversos são aqueles(as) que não querem deixar suas digitais, eles(as) agem nas sombras manipulando os fatos e colocando terceiros para agir com o chicote sem direito de defesa!
Fique atento(a), pois você pode tá sendo usado(a) como uma marionete por algum algoz para bater. Saiba que pessoas algozes não tem amigos(as)! Amanhã você certamente será o próximo alvo, pois os mesmos(as) estão só buscando outra marionete para usar o chicote contra você!
O que você manda para o Universo volta para você!
A depressão é aquele pensamento ruim que nos vem a cabeça após a decepção, se você souber compreender que é só uma fase, ela passa de maneira mais rápida.
Liberte- se seja feliz, acima de qualquer tristeza sorria, não fique só, procure abrigo, não se afaste, aproxime- se, deixe que te ajudem. Compartilhe o que sente, para não sofrer sozinho e se afogar nesse mar de tantas tristezas. Lembre- se que existe sempre um novo amanhecer, mesmo depois de uma noite escura, tudo se clareia pela manhã.
Papai eu quero me casar
Pois minha filha ocê diga com quem
Eu quero me casar com o padeiro
Com o padeiro ocê não casa bem
Porquê papai?
O padeiro mete muito a mão na massa e depois vai
amassar ocê também
Ah quero não
Papai eu quero me casar
Pois minha filha ocê diga com quem
Eu quero me casar com o motorista
Com o motorista ocê não casa bem
Porquê papai?
O motorista aperta muito a buzina e depois vai buzinar
ocê também
Ah quero não
Papai eu quero me casar
Pois minha filha ocê diga com quem
Eu quero me casar com o vaqueiro
Com o vaqueiro ocê não casa bem
Porquê papai?
O vaqueiro tira o leite da vaca e depois vai
desleistar ocê também
Ah quero não
Papai eu quero me casar
Pois minha filha ocê diga com quem
Eu quero me casar com o economista
Com o economista ocê não casa bem
Por quê papai?
O economista mexe muito com poupança e depois vai mexe
na sua também
Na minha não
Papai eu quero me casar
Pois minha filha ocê diga com quem
Eu quero me casar com o Ney Matogrosso
Ney matogrosso aí se casa bem
Heim papai
Ney Matogrosso vira homem lobisomem
Que loucura
Mas quando é homem não faz mal pra ninguém
Panis Et Circenses
Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer
De puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na avenida central
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar
Folhas de sonho no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar
Mas as pessoas na sala de jantar
Essas pessoas na sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
CARTA DE PRINCÍPIOS
A idéia da formação de um partido só dos trabalhadores é tão antiga quanto a própria classe trabalhadora. Numa sociedade como a nossa, baseada na exploração e na desigualdade entre as classes, os explorados e oprimidos têm permanente necessidade de se manterem organizados à parte, para que lhes seja possível oferecer resistência séria à desenfreada sede de opressão e de privilégios das classes dominantes. Mas sempre que as lideranças dos trabalhadores e oprimidos se lançam à tarefa de construir essa organização independente de sua classe, toda sorte de obstáculos se contrapõe aos seus esforços.
Essa situação vivida milhares de vezes em todos os países do mundo vem acontecendo agora no Brasil. Começando a sacudir o pesado jugo a que sempre estiveram submetidos, os trabalhadores de nosso país deram início, em 12 de maio do ano passado (greve da Scania), à sua luta emancipadora. Desde então, o operariado e os setores proletarizados de nossa população vêm desenvolvendo uma verdadeira avalanche pela melhoria de suas condições de vida e de trabalho. A experiência dessas lutas tem como resultado um visível amadurecimento político da população trabalhadora e o crescimento, em quantidade e qualidade, de suas lideranças. Esse rápido amadurecimento político pode ser visto claramente no aprimoramento das formas de luta de que os trabalhadores têm lançado mão. O início das lutas é marcado por um período de greves brancas nas fábricas. Já os embates mais recentes, dos quais a greve geral metalúrgica do ABCD é o melhor exemplo, mostram a retomada, em toda a linha, das formas clássicas de luta: grandiosidade das assembléias gerais, a ação decisiva dos piquetes e dos fundos de greve. Os trabalhadores entenderam ao longo desse ano de lutas que as suas reivindicações mais sentidas esbarravam em obstáculos cada vez maiores e é por isso, dialética mente, que vão sendo obrigados a construir organizações cada vez mais bem articuladas e eficazes. Diante da força da greve do ABCD, os patrões e o governo precisaram dar-se as mãos para impedir o fim da política do arrocho salarial e o fim das estruturas semi fascistas que tangem os nossos sindicatos. Os patrões usam de todos os meios ao seu alcance para quebrar a unidade dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que se recusam a reconhecer os acordos obtidos no período das greves fabris. O governo desencadeia sua repressão: os sindicatos são invadidos e suas direções destituídas oficialmente, enquanto nas ruas a polícia persegue os piquetes e tenta impedir, pela violência, que os trabalhadores consigam local para se reunir. Por seu lado, o apoio que os metalúrgicos conseguem dos demais trabalhadores, embora seja suficiente para impedir que a repressão se aprofunde e faça produzir um recuo parcial, carece de maior conseqüência, devido, é claro, não à inexistência de um espírito de solidariedade, mas sim devido às limitações do movimento sindical e à inexistência de sua organização política. Tanto isso é verdade que as lideranças da greve são obrigadas a se escorar no apoio, muitas vezes duvidoso, de aliados ocasionais, saídos do campo das classes médias e da própria burguesia. Não puderam os trabalhadores expressar de modo mais conseqüente todo o seu apoio aos grevistas do ABCD, e essa impotência tenderá a continuar enquanto eles mesmos não se organizarem politicamente em seu próprio partido. É por isso que a idéia de um partido dos trabalhadores, ressurgindo no bojo das greves do ano passado e anunciado na reunião intersindical de Porto Alegre, em 19 de janeiro de 1979, tende a ganhar, hoje, uma irresistível popularidade. Porque se trata, hoje, mais do que nunca, de uma necessidade objetiva para os trabalhadores. Cientes disso também é que setores das classes dominantes se apressam a sair a campo com suas propostas de PTB. Mas essas propostas demagógicas já não mais conseguem iludir os trabalhadores, que, nem de longe, se sensibilizaram com elas. Esse fato comprova que os trabalhadores brasileiros estão cansados das velhas fórmulas políticas elaboradas para eles. Agora, chegou a vez do trabalhador formular e construir ele próprio seu país e seu futuro. Nós, dirigentes sindicais, não pretendemos ser donos do PT, mesmo porque acreditamos sinceramente existir, entre os trabalhadores, militantes de base mais capacitados e devotados, a quem caberá a tarefa de construir e liderar nosso partido.
Estamos apenas procurando usar nossa autoridade moral e política para tentar abrir um caminho próprio para o conjunto dos trabalhadores. Temos a consciência de que, nesse papel, neste momento, somos insubstituíveis, e somente em vista disso é que nós reivindicamos o papel de lançadores do PT. O povo brasileiro está pobre, doente e nunca chegou a ter acesso às decisões sobre os rumos do País. E não acreditamos que esse povo venha a conhecer justiça e democracia sem o concurso decisivo e organizado dos trabalhadores, que são as verdadeiras classes produtoras do País. É por isso que não acreditamos que partidos e governos criados e dirigidos pelos patrões e pelas elites políticas, ainda que ostentem fachadas democráticas, possam
Propiciar o acesso às conquistas da civilização e à plena participação política para o nosso povo. Os males profundos que se abatem sobre a sociedade brasileira não poderão ser superados senão por uma participação decisiva dos trabalhadores na vida da nação.
O instrumento capaz de propiciar essa participação é o Partido dos Trabalhadores. Iniciemos, pois, desde já, a cumprir esta tarefa histórica, organizando por toda parte os núcleos elementares desse partido.
1. A sociedade brasileira vive, hoje, uma conjuntura política altamente contraditória e, sob muitos aspectos, decisiva quanto a seu futuro a médio e longo prazos.
Vista do ângulo dos interesses das amplas massas exploradas, desde sempre marginalizadas material e politicamente em nosso país e principais vítimas do regime autoritário que vigora desde 1964, a conjuntura revela tendências extremamente promissoras de um futuro de liberdades e de conquistas de melhores condições de vida. Dentre as tendências auspiciosas, destaca-se a emergência de um movimento de trabalhadores que busca afirmar sua autonomia organizatória e política face ao Estado e às elites políticas dominantes.
Esse é, sem dúvida alguma, o elemento inovador e mais importante da nova etapa histórica que se inaugura no Brasil, hoje. Contudo, a par dos dados auspiciosos da conjuntura política, coexistem também perigosos riscos, que podem levar as lutas populares a novas e fragorosas derrotas.
Aqui, cabe destacar que o processo chamado de abertura política está sendo promovido pelo mesmos grupos que sustentaram e defenderam o regime hoje em crise. Com a evidente exaustão de amplos setores sociais com o regime vigente no País e com a crise econômica que abalou a estabilidade dos grupos dominantes que controlam o aparelho de Estado, os detentores do poder procuram agora, e até este momento com relativo êxito, reformar o regime de cima para baixo. Vale dizer, pretendem reformar alguns aspectos do regime, mantendo o controle do Estado, a fim de evitar alterações no modelo de desenvolvimento econômico, que só a eles interessa e que se baseia, sobretudo, na superexploração das massas trabalhadoras, através do modelo econômico de onde sobressai o arrocho salarial. Já está demais evidente que o novo governo militar pretende manter a continuidade dessa mesma política econômica ditada pelo capital financeiro internacional, agravada agora pelos planos de austeridade e recessão que já se esboçam. Isso significa que o sofrimento, a miséria material e a opressão política sobre a população trabalhadora tenderão a se manter e aprofundar.
O que significa estado de direito com salvaguardas? O que pretendem com anistia restrita? O que visam com a propalada reforma da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e da Lei de Greve, urdidas secretamente? Qual o sentido da diminuição das penas previstas na Lei de Segurança Nacional e a preservação do espírito que informa essa mesma Lei?
Esses e tantos outros fatos indicam que o regime busca reformar-se tentando atrair para seu campo de apoio setores sociais e segmentos políticos oposicionistas, com vistas a impedir que as massas exploradas explicitem suas reivindicações econômicas e sociais e, o que é mais importante, a sua concepção de democracia. Em poucas palavras, pretendem promover uma conciliação entre os de cima, incluindo a cúpula do MDB, para impedir a expressão política dos de baixo, as massas trabalhadoras do campo e da cidade.
2. Essas afirmações não ignoram o fato de que o MDB foi utilizado pelas massas para manifestar eleitoralmente seu repúdio ao arbítrio. Tampouco pretendem ignorar a existência, entre seus quadros, de políticos honestamente comprometidos com as lutas populares.
Isso, no entanto, não pode impedir e não nos impede de apontar as limitações que o MDB – partido de exclusiva atuação parlamentar – impõe às lutas populares por melhores condições de vida e por um regime democrático de verdadeira participação popular.
O MDB, pela sua origem, pela sua ineficácia histórica, pelo caráter de sua direção, por seu programa pró-capitalista, mas sobretudo pela sua composição social essencialmente contraditória, onde se congregam industriais e operários, fazendeiros e peões, comerciantes e comerciários, enfim, classes sociais cujos interesses são incompatíveis e onde, logicamente, prevalecem em toda a linha os interesses dos patrões, jamais poderá ser reformado. A proposta que levantam algumas lideranças populares de “tomar de assalto” o MDB é muito mais que insensata: é fruto de uma velha e trágica ilusão quanto ao caráter democrático de setores de nossas classes dominantes.
Aglomerado de composição altamente heterogênea e sob controle e direção de elites liberais conservadoras, o MDB tem-se revelado, num passado recente, um conduto impróprio para expressão dos reais interesses das massas exploradas brasileiras. Está na memória dos trabalhadores a conduta vacilante de parcelas significativas de seus quadros quando da votação da emenda Accioly, da lei antigreve e de outras medidas de interesse dos trabalhadores. Apegado a uma crítica formalista e juridicista do regime autoritário, o MDB tem-se revelado impermeável aos temas sociais e políticos que tocam, de fato, nos interesses das massas trabalhadoras.
Amplos setores das elites políticas e intelectuais das camadas médias da população têm afirmado que “não soou a hora” de se dividir a oposição articulada no interior do MDB, afirmando que a democracia não foi ainda conquistada. Rechaçamos com veemência tal argumento. Primeiro, porque em momento algum podemos aceitar a subordinação dos interesses políticos e sociais das massas trabalhadoras a uma direção liberal conservadora, de extração privilegiada economicamente. Segundo, porque não podemos aceitar que a frente das oposições se mantenha às custas do silêncio político da massa trabalhadora, único e verdadeiro sujeito e agente de uma democracia efetiva. Tampouco consideramos que a existência de partidos políticos populares venha a contribuir para romper uma efetiva frente da luta dos verdadeiros democratas. O PT considerem imprescindível que todos os setores sociais e correntes políticas interessados na luta pela democratização do País e na luta contra o domínio do capital monopolista uni fiquem sua ação, estabelecendo frentes inter partidárias que objetivem conquistas comuns imediatas e envolvam não somente uma ação meramente parlamentar, mas uma verdadeira atividade política que abranja todos os aspectos da vida nacional.
3. O Partido dos Trabalhadores denuncia o modelo econômico vigente, que, tendo transformado o caráter das empresas estatais, construídas pelas lutas populares, utiliza essas empresas e os recursos do Estado, em geral, como molas mestras da acumulação capitalista. O Partido dos Trabalhadores defende a volta das empresas estatais à sua função de atendimento das necessidades populares e o desligamento das empresas estatais do capital monopolista.
O Partido dos Trabalhadores entende que a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores, que sabem que a democracia é participação organizada e consciente e que, como classe explorada, jamais deverá esperar da atuação das elites privilegiadas a solução de seus problemas.
O PT entende também que, se o regime autoritário for substituído por uma democracia formal e parlamentar, fruto de um acordo entre elites dominantes que exclua a participação organizada do povo (como se deu entre 1945 e 1964), tal regime nascerá débil e descomprometido com a resolução dos problemas que afligem o nosso povo e de pronto será derrubado e substituído por novas formas autoritárias de dominação – tão comuns na história brasileira. Por isso, o PT proclama que a única força capaz de ser fiadora de uma democracia efetivamente estável é a das massas exploradas do campo e das cidades. O PT entende, por outro lado, que sua existência responde à necessidade que os trabalhadores sentem de um partido que se construa intimamente ligado com o processo de organização popular, nos locais de trabalho e de moradia. Nesse sentido, o PT proclama que sua participação em eleições e suas atividade parlamentares se subordinarão a seu objetivo maior, que é o de estimular e aprofundar a organização das massas exploradas.
O PT não surge para dividir o movimento sindical, muito ao contrário, surge exatamente para oferecer aos trabalhadores uma expressão política unitária e independente na sociedade. E é
nessa medida que o PT tornar-se-á, inevitavelmente, um instrumento decisivo para os trabalhadores na luta efetiva pela liberdade sindical.
O PT proclama também que sua luta pela efetiva autonomia e independência sindical, reivindicação básica dos trabalhadores, é parte integrante da luta pela independência política destes mesmos trabalhadores. Afirma, outrossim, que buscará apoderar-se do poder político e implantar o governo dos trabalhadores, baseado nos órgãos de representação criados pelas próprias massas trabalhadoras com vistas a uma primordial democracia direta. Ao anunciar que seu objetivo é organizar politicamente os trabalhadores urbanos e os trabalhadores rurais, o PT se declara aberto à participação de todas as camadas assalariadas do País. Repudiando toda forma de manipulação política das massas exploradas, incluindo sobretudo as manipulações próprias do regime pré-64, o PT recusa-se a aceitar em seu interior representantes das classes exploradas. Vale dizer, o Partido dos Trabalhadores é um partido sem patrões! As tentativas de reviver o velho PTB de Vargas, ainda que, hoje, sejam anunciadas “sem erros do passado” ou “de baixo para cima”, não passam de propostas de arregimentação dos trabalhadores para defesa de interesses de setores do empresariado nacional. Se o empresariado nacional quer construir seu próprio partido político, apelando para sua própria clientela, nada temos a opor, porém, denunciamos suas tentativas de iludir os trabalhadores brasileiros com seus rótulos e apelos demagógicos, e de querer transformá-los em massa de manobra para seus objetivos.
O PT não pretende criar um organismo político qualquer. 0 Partido dos Trabalhadores define-se, programaticamente, como um partido que tem como objetivo acabar com a relação de exploração do homem pelo homem. O PT define-se também como partido das massas populares, unindo-se ao lado dos operários, vanguarda de toda a população explorada, todos os outros trabalhadores – bancários, professores, funcionários públicos, comerciários, bóia- frias, profissionais liberais, estudantes, etc. – que lutam por melhores condições de vida, por efetivas liberdades democráticas e por participação política. O PT afirma seu compromisso com a democracia plena, exercida diretamente pelas massas, pois não há socialismo sem democracia e nem democracia sem socialismo. Um partido que almeja uma sociedade socialista e democrática tem que ser, ele próprio, democrático nas relações que se estabelecem em seu interior. Assim, o PT se constituirá respeitando o direito das minorias de expressarem seus pontos de vista. Respeitará o direito à fração e às tendências, ressalvando apenas que as inscrições serão individuais.
Como organização política que visa elevar o grau de mobilização, organização e consciência de massas; que busca o fortalecimento e a independência política e ideológica dos setores populares, em especial dos trabalhadores, o PT irá promover amplo debate de suas teses e
propostas de forma a que se integrem nas discussões:
• lideranças populares, mesmo que não pertençam ao Partido;
• todos os militantes, trazendo, inclusive, para o interior do debate partidário proposições de quaisquer setores organizados da sociedade, e que se considerem relevantes com base nos objetivos do PT. O PT declara-se comprometido e empenhado com a tarefa de colocar os interesses populares na cena política e de superar a atomização e dispersão das correntes classistas e dos movimentos sociais. Para esse fim, o Partido dos Trabalhadores pretende implantar seus núcleos de militantes em todos os locais de trabalho, em sindicatos, bairros, municípios e regiões.
O PT manifesta alto e bom som sua intensa solidariedade com todas as massas oprimidas do mundo.
A COMISSÃO NACIONAL PROVISÓRIA
1º de maio de 1979
PARTIDO DOS TRABALHADORES
Leitura: Fernando kabral 13
UMA CARTA PARA MEUS ANOS DE FACULDADE
Antes de qualquer coisa, quero pedir desculpas. Quase todos os dias, acordo cedo sem vontade de assistir às aulas. Não é por mal, mas tente me entender. Aula às 7 da manhã é desumano. Eu sei, eu sei. Já estou me formando e nem precisaria começar a reclamar com você. Na verdade, é por isso que estou te escrevendo. Apesar de todos os momentos de raiva que passei, valorizo tudo o que aprendi. Nosso relacionamento de amor e ódio me fez crescer e me deixou preparada para muita coisa que terei de enfrentar daqui pra frente.
Para ser bem sincera, nem acredito que já está acabando. Há alguns anos, eu via todo o percurso que eu ainda teria que seguir e me impressionava “nossa, falta muito”. Hoje, vejo tanta coisa que passou em pouco tempo e até rio das minhas fotos como caloura. Como a gente muda! É igual o término de um namoro longo. Não dá para acreditar que acabou, mas a vida precisa seguir.
Você foi um período muito importante para mim, apesar de não ter te falado isso ainda. Foi durante a minha vida acadêmica que encontrei os meus melhores amigos e criei minhas primeiras inimizades. Foi por sua causa que eu pude fazer meu intercâmbio dos sonhos e conhecer a Europa. Foi através de você que percebi as minhas paixões. Você me ensinou que não posso confiar cegamente nas pessoas, que uma ideia meio maluca pode render a melhor nota da sala e que fazer trabalho sozinha amadurece, mas em grupo amadurece mais ainda.
A primeira vez que fiquei uma noite inteira sem dormir foi por causa de uma prova, lembra? Nunca tinha feito isso na vida e vi que não é lá uma boa ideia, mas valeu a pena. Ah! Consegui perder meu medo de falar em público, muito obrigada! Hoje me sinto muito mais confiante ao dizer o que penso.
Não vai ser fácil te deixar, mas ainda assim estou feliz. O que você me trouxe é muito mais do que o diploma que receberei. A educação que tive durante esses anos, vai além da grade curricular. O conhecimento e o aprendizado que adquiri vão me acompanhar todos os dias da minha futura vida de formada, foram lições valiosas até para a minha formação como ser humano. Percebo como sou sortuda de poder ter toda essa experiência.
Obrigada por tudo, faculdade. Vou sentir muito a sua falta. Assim que a saudade apertar, volto a escrever. E sei que não vai demorar.
"Quando o Amor Espera, Ele Floresce"
(Para nossos filhos, com todo nosso amor)
Era um culto de jovens, noite serena,
Mamãe ali, coração com antena.
E então, entre hinos e orações,
Ela viu papai
Foi a amiga quem nos apresentou,
E ali, bem baixinho, algo em mim despertou.
Conversamos, rimos, e o tempo passou,
Mas o destino, por hora, nos separou.
Mesmo longe, sem toque ou presença,
Mamãe o amava — em silêncio, com crença.
Via seu rosto pelas redes sociais,
Sentia saudade nos dias normais.
O tempo seguiu, e os anos voaram,
Os caminhos distantes, mas corações não mudaram.
Dez anos depois, como num livro encantado,
O amor adormecido foi reanimado.
Foi em setembro, com um gesto singelo,
Mamãe enviou uma música — do nosso dueto belo.
Uma foto, uma letra, um toque do passado,
E ali o destino sorriu, encantado.
Papai respondeu, com sorriso discreto,
O reencontro foi doce, sutil e completo.
Conversas renasceram, memórias também,
Como se o tempo dissesse: “Agora está bem.”
No dia dez de outubro, no alto da emoção,
Na roda gigante, pediu seu coração.
E mamãe, com lágrimas e mãos trêmulas, disse:
"Sim!" — e ali recomeçou o que nunca se omisse.
Depois veio junho, num dia de luz —
Quatro de junho, aliança, amor que conduz.
O mesmo amor que nasceu lá atrás,
Agora mais forte, seguro e em paz.
Agora, filhos, saibam o porquê
De estarmos aqui, eu e você:
O amor verdadeiro não morre ou some,
Ele apenas se espera, se molda, renome.
Vocês são parte do que sempre sonhamos,
Do amor que buscamos, da fé que guardamos.
E essa história é só o começo a contar —
De tudo que juntos ainda vamos formar.
Devido ao clima tenso, tive postagens bloqueadas no Twitter e YouTube. Se for para proteger a democracia, eu abro mão da minha liberdade. A sua liberdade acaba, quando começa a do outro. Democracia não é falta de regras, é concordar em regras comuns. Existem coisas que não se brinca, uma delas é democracia.
Pauta de costume é somente uma forma bem educada de dizer: sou cheio de preconceitos e autoritário, vou garantir que a lei respeita minha falta de respeito. Não respeito o direito do outro de ser o que quiser, e fazer o que quiser com o próprio corpo. Preciso assegurar minha falta de respeito e intolerância na lei.
Democracias não caem mais pela pólvora, mas sim por suas instituições democráticas, guiadas pelo ódio e governadores extremistas, radicais, prometendo acabar com a corrupção e defender liberdade de expressão. A frequência da música é raiva e ressentimento, o resultado é fatal, em especial para os mais pobres. “A voz do povo é a voz de Deus”, ou seria do demônio?
Algo que aprendi na minha vida: nunca haja de forma emotiva, em especial, sobe raiva e sentimento de indignação. Isso geralmente cria mais problemas do que solução. A realidade é triste, e não nos deve nada. O melhor que podemos fazer é viver com o que temos, e mudar o pouco que conseguimos mudar. Nosso poder é limitado, quase inexistente, sobe a realidade que nos cerca.
O Brasil está passando por um momento singular: a estupidez não é mais devido à falta de educação, de alfabetização. A cegueira agora vem de pessoas bem informadas o suficiente para dar uma entrevista a um jornal, e falar bem: idiotas com diplomas. Seria a traição da inteligência? Isso nos leva a pergunta “por que pessoas inteligentes fazem coisas estúpidas?”
A democracia tem como pilar central a capacidade de escolha do indivíduo. Isso tem sido ameaçado pelos moldes atuais de fazer política: baseado na mentira, no descolamento da realidade. Realidade paralelas representam um dos maiores riscos ao sistema, Elon Musk está indo na direção de piorar as coisas.
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