Carta de Otimismo

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⁠Concordo que, na teoria, roupa não define caráter, mas enquanto a realidade ao meu redor faz essa associação, serei a favor da descrição e prevenção.

Concordo que, na teoria, o corpo é da mulher, mas enquanto a realidade ao meu redor despreza esse fato, serei a favor da prevenção e descrição.

Tenho sido chamado de machista pela patrulha ideológica dos politicamente corretos, mas pouco me importa como sou rotulado. O que realmente importa é que, depois do leite derramado, nenhuma ideologia, lei ou autoridade poderá trazer de volta nossos entes queridos.

Teoria é teoria, realidade é realidade.

Continuarei aconselhando minha filha baseado na realidade, na vida como ela é...

Inserida por I004145959

⁠Não gosto muito de ficar batendo, atacando e criticando a atuação da polícia nessa espécie de guerra civil contra o crime organizado à qual estamos submetidos diariamente.

Tenho ciência e concordo que existem alguns equívocos e excessos no "modus operandi" da nossa PM.

Entretanto, não é justo a população, a imprensa e toda a sociedade civil organizada jogarem pedras apenas para um lado em detrimento do outro.

Afinal, o tráfico continua matando cada vez mais jovens, velhos, negros, brancos, mulheres, homens, gays, deficientes, sem qualquer tipo de escrúpulo.

Dentro desse contexto, o maior culpado, na minha opinião, é o estado brasileiro, que sempre foi ausente em várias esferas sociais, incluindo educação, moradia, saúde, lazer e segurança pública.

Inserida por I004145959

⁠⁠Apesar da mídia capitalista, que instrumentaliza e transforma pautas sociais como racismo, machismo, violência contra mulher, homofobia, em mercadorias, mais preocupada em aumento de audiência do que em gerar consciência na população;

Apesar dos oportunistas de plantão que se utilizam da má-fé para se aproveitar das leis criadas para reparar e proteger as minorias;

Apesar dos publicitários que almejam trabalhadores cada vez mais segmentados e divididos em guetos, com o intuito de ampliar seus nichos de mercados.

Apesar de saber que alguns negros conseguiram, com muito esforço, ascender socialmente, mesmo em um contexto adverso, permeado por um estado extremamente ausente e omisso em setores fundamentais para a promoção do bem-estar social, como educação, saúde, trabalho, segurança e lazer.

Apesar de perceber todas essas situações no dia a dia, não considero como justificativas suficientes para invalidar a importância das políticas e ações afirmativas feitas pelo governo com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos, frutos da escravidão e da ação nefasta da elite brasileira que funcionalizou o atraso como forma de aumentar seus lucros.

As ações afirmativas são fundamentais para reverter a representação negativa dos negros, promover igualdade de oportunidades e combater o preconceito e o racismo tão presentes e enraizados na sociedade brasileira.

Não podemos falar de meritocracia no Brasil sem considerar as condições absurdamente desiguais em que as pessoas começam a sua vida nesse país.

É como dar um Fusca a Maria e uma Ferrari a Luzia e achar que a vencedora da corrida sairá por méritos.

A sorte, o esforço e o mérito de alguns negros e negras na história do Brasil, como Machado de Assis, Lima Barreto, Teodoro Sampaio, André Rebouças, Luís Gama, Milton Santos, Ruth de Souza, Antonieta de Barros, Laudelina de Campo Neto, são exceções que na verdade confirmam o racismo e a exclusão dos negros e negras ao longo da história do Brasil.

Nesse Brasil desigual, meia dúzia de pessoas que vencem por esforço próprio são exceções, não podem ser vistas como exemplos que retirem a culpa de um estado ausente e omisso, transferindo exclusivamente para o indivíduo a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso na vida.

Dando oportunidades e condições iniciais iguais para todos, permitimos um crescimento substancial e generalizado da população. Ideal para qualquer país que deseja ser grande um dia.

Crescimento individualizado de forma generalizada é regra. Crescimento individualizado de forma isolada é exceção.

Inserida por I004145959

⁠⁠A mídia capitalista é especialista em retirar e veicular apenas a parte do contexto que atenda aos interesses pessoais e econômicos dos Donos do Mundo.

Não está preocupada com os dilemas da população pobre, mas sim, com o aumento do Ibope.

Não estão preocupados em debater o Dia da Consciência Negra ou a violência contra a mulher, mas sim, em vender recortes de conveniência que garantam aumento de audiência.

Inserida por I004145959

⁠A sensação que tenho é que estão varrendo a sujeira para debaixo do tapete.

Retiram os barraqueiros da praia, as baianas de acarajé e, recentemente, os ambulantes.

Construíram arenas modernas em contraste com a miséria ao seu redor.

Para resolver os problemas de engarrafamento, vão decretar feriados nos dias de jogos.

Só falta colocarem uma enorme cortina para esconder nossas favelas.

Nossa realidade é tosca, e querem mostrar para o mundo um Brasil que não existe.

Inserida por I004145959

⁠Sempre faço uso da famosa frase de Paulo Freire:

"Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor."

Deveria ser um mantra em todas as esferas da sociedade, mas parece que não desejamos libertar as pessoas.

Pelo contrário, colocamos cada vez mais lenha na fogueira dos ressentimentos.

Talvez seja por interesses econômicos, políticos e pessoais bem estabelecidos, preferimos a divisão em detrimento da união.

E assim, a guerra de todos contra todos de Thomas Hobbes continua firme e forte em nossas vidas.

Inserida por I004145959

⁠Acredito que os excessos do politicamente correto, da patrulha ideológica e dos militantes oportunistas têm prejudicado muito a luta contra o racismo, machismo, homofobia...

Ainda mais em um país extremamente carente de educação e senso crítico.

Onde a maioria das pessoas tem uma enorme dificuldade em separar o "joio do trigo", em ouvir as partes envolvidas, em evitar pré-julgamentos, em fazer um filtro nas informações para assim ter uma melhor interpretação dos fatos.

Inserida por I004145959

⁠Orientar a fala dentro daquilo que é considerado politicamente correto, sem, no entanto, pré-julgar e condenar pessoas.

Às vezes, estão repetindo de forma automática expressões de cunho racista com as quais conviveram anos e anos de suas vidas, sem que haja, de fato, uma intenção por trás, aquilo que denominamos racismo inconsciente.

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Acredito que a luta intraclasse seja pior que a luta de classes.

Não há sentido em ter pobres contra pobres, nordestinos contra nordestinos, empregados contra empregados, aposentados contra aposentados, escravos contra escravos e oprimidos contra oprimidos.

Acredito que a luta intraclasse seja pior que a luta de classes. Não há sentido em ter pobres contra pobres, nordestinos contra nordestinos, empregados contra empregados, aposentados contra aposentados, escravos contra escravos e oprimidos contra oprimidos."

Inserida por I004145959

⁠É praticamente impossível passarmos uma vida inteira sem sermos traídos.

Conseguir o troféu de menor quantidade de traições sofridas já seria uma excelente conquista.

Como jamais saberemos quem vai conquistar essa meta, o melhor a fazer é viver sem entrar nessa paranoia de querer saber o tempo todo se alguém está nos traindo.

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⁠Nada contra as manifestações e aplausos em apoio aos profissionais de saúde que atuam no combate ao coronavírus.

Só não gosto de criar expectativas, pois muitas vezes as mesmas pessoas que aplaudem hoje são as mesmas que criticarão amanhã, caso ocorram problemas de atendimento nos hospitais.

Inserida por I004145959

⁠As leis que protegem as minorias são essenciais devido aos processos de estigmatização, discriminação, desigualdade e exclusão social que esses grupos vêm sofrendo na sociedade brasileira ao longo dos anos.

No entanto, essas leis, como todas as outras, foram feitas para regular, não para julgar.

Não cabe a nós condenar pessoas com base em prejulgamentos ou normas gerais. Afinal, toda regra tem exceção, e cada caso é único.

Compete ao Poder Judiciário interpretar os fatos e conflitos, identificar e julgar quem são as "vítimas" ou "algozes" nas relações pessoais e interpessoais presentes em nossa sociedade, aplicando a lei.

Inserida por I004145959

⁠No passado, a elite brasileira utilizou a teoria de raças diferentes para afirmar a supremacia branca e, consequentemente, justificar a escravidão africana.

Agora, buscam empregar a teoria da única raça humana (homo sapiens) para negar a reparação social por meio de políticas afirmativas, como cotas raciais e sociais.

Inserida por I004145959

⁠Acredito que biologicamente só existe uma raça humana: o Homo sapiens.

Entretanto, ao longo da história, social e culturalmente, surgiu o conceito de "raças humanas" com o objetivo de hierarquizar e justificar a dominação entre os grupos humanos, como visto na escravidão dos povos africanos durante a época colonial e nas práticas racistas ainda presentes em nossa sociedade.

Inserida por I004145959

⁠É muito comum ver pessoas reforçando as trajetórias e o esforço de personalidades negras que venceram na vida como parâmetro de defesa da meritocracia.

"Se eles conseguiram, todos podem conseguir."

Afirmar isso é uma verdadeira falácia!

Esses casos são exceções à regra e, na realidade, só evidenciam a grande desigualdade social e racial brasileira, decorrente principalmente dos processos históricos ligados à escravidão.

Inserida por I004145959

⁠Engraçado, estamos no espaço público das redes sociais e achamos que apenas os outros são exibicionistas, narcisistas que vivem fazendo marketing pessoal de suas vidas.

Nós não!

Estamos realizando apenas divulgações, publicações e compartilhamentos.

Todos somos narcisistas em algum grau, uns mais, outros menos.

Assim, somos nós!

Inserida por I004145959

⁠Infelizmente, presenciamos na sociedade pós-moderna "falsos progressistas" utilizando-se do "marketing do bem" para se promover politicamente. Chamo-os de "progressistas para inglês ver", alusão ao antigo ditado popular.

É a lógica do "tokenismo", citado por Martin Luther King, que serve apenas para dar uma imagem progressista; ou seja, uma organização ou projeto incorpora um número mínimo de membros de grupos minoritários somente para gerar uma sensação de diversidade ou igualdade.

"Separar o joio do trigo" nesse mar de lama que se transformou o Brasil é um grande desafio.

Inserida por I004145959

⁠DINHEIRO

Oh! Dinheiro, de uma coisa não temos sorte; não podes deter a morte.

Oh! Dinheiro, não tem jeito; sem você, sofremos preconceito.

Oh! Dinheiro, contigo inimigos tornam-se amigos; amigos tornam-se inimigos.

Oh! Dinheiro, o que importa é que estás sempre na moda.

Oh! Dinheiro, sem você ninguém escuta; com você, a verdade torna-se absoluta.

Oh! Dinheiro, aonde se escondes? Desejo achá-lo aos montes.

Oh! Dinheiro, te quero de janeiro a janeiro.

Oh! Dinheiro, sem distinção, para bem ou para mal, sempre te buscarão.

Oh! Dinheiro, na busca por ti, muitos vão mentir, trair, agredir e destruir.

Oh! Dinheiro, tenho pena de quem faz cena, afirmando que dinheiro não vale a pena.

Oh! Dinheiro, acabe com a fome que muitos consomem.

Oh! Dinheiro, contigo toda alma se acalma.

Oh! Dinheiro, és um verdadeiro Deus; tens o mundo inteiro a teus pés.

Inserida por I004145959

⁠A publicidade quer capitalistas alegres vendendo "felicidade" para a plebe.

A publicidade afirma que todos nós somos empreendedores e que a escravidão moderna não é verdadeira.

A publicidade promove a ideia de que a terceira idade é a melhor idade, e que trabalhar não tem limite de idade.

A publicidade vende a ideia da felicidade no "aqui e agora", sugerindo que temos liberdade para consumir tudo o que desejamos.

Que Deus nos dê sabedoria e serenidade para não cairmos nas garras da publicidade.

Inserida por I004145959

⁠Acho louvável a tentativa da linguagem inclusiva em acolher a todos, todas e todes.

No entanto, não consigo enxergar efeitos práticos, especialmente na periferia, onde o povo luta diariamente por um prato de comida.

Até o presente momento, percebo a linguagem inclusiva impactando, em termos práticos, uma parte exclusiva da classe média brasileira.

Na base da pirâmide social, essas pautas parecem inócuas e sem significado no contexto de extrema pobreza em que vivem.

Inserida por I004145959