Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo
Data daí a opinião particular que tenho do canapé. Ele faz aliar a intimidade e o decoro, e mostra a casa toda sem sair da sala. Dois homens sentados nele podem debater o destino de um império, e duas mulheres a graça de um vestido; mas, um homem e uma mulher só por aberração das leis naturais dirão outra coisa que não seja de si mesmos.
Tudo é expressão.
Neste momento, não importa o que eu te diga
Voa de mim como uma incontenção de alma ou como um afago.
Minhas tristezas, minhas alegrias
Meus desejos são teus, toma, leva-os contigo!
És branca, muito branca
E eu sou quase eterno para o teu carinho.
Não quero dizer nem que te adoro
Nem que tanto me esqueço de ti
Quero dizer-te em outras palavras todos os votos de amor jamais sonhados
Alóvena, ebaente
Puríssima, feita para morrer...
CÂNTICO
Não, tu não és um sonho, és a existência
Tens carne, tens fadiga e tens pudor
No calmo peito teu. Tu és a estrela
Sem nome, és a morada, és a cantiga
Do amor, és luz, és lírio, namorada!
Tu és todo o esplendor, o último claustro
Da elegia sem fim, anjo! mendiga
Do triste verso meu. Ah, fosses nunca
Minha, fosses a idéia, o sentimento
Em mim, fosses a aurora, o céu da aurora
Ausente, amiga, eu não te perderia!
Amada! onde te deixas, onde vagas
Entre as vagas flores? e por que dormes
Entre os vagos rumores do mar? Tu
Primeira, última, trágica, esquecida
De mim! És linda, és alta! és sorridente
És como o verde do trigal maduro
Teus olhos têm a cor do firmamento
Céu castanho da tarde - são teus olhos!
Teu passo arrasta a doce poesia
Do amor! prende o poema em forma e cor
No espaço; para o astro do poente
És o levante, és o Sol! eu sou o gira
O gira, o girassol. És a soberba
Também, a jovem rosa purpurina
És rápida também, como a andorinha!
Doçura! lisa e murmurante... a água
Que corre no chão morno da montanha
És tu; tens muitas emoções; o pássaro
Do trópico inventou teu meigo nome
Duas vezes, de súbito encantado!
Dona do meu amor! sede constante
Do meu corpo de homem! melodia
Da minha poesia extraordinária!
Por que me arrastas? Por que me fascinas?
Por que me ensinas a morrer? teu sonho
Me leva o verso à sombra e à claridade.
Sou teu irmão, és minha irmã; padeço
De ti, sou teu cantor humilde e terno
Teu silêncio, teu trêmulo sossego
Triste, onde se arrastam nostalgias
Melancólicas, ah, tão melancólicas...
Amiga, entra de súbito, pergunta
Por mim, se eu continuo a amar-te; ri
Esse riso que é tosse de ternura
Carrega-me em teu seio, louca! sinto
A infância em teu amor! cresçamos juntos
Como se fora agora, e sempre; demos
Nomes graves às coisas impossíveis
Recriemos a mágica do sonho
Lânguida! ah, que o destino nada pode
Contra esse teu langor; és o penúltimo
Lirismo! encosta a tua face fresca
Sobre o meu peito nu, ouves? é cedo
Quanto mais tarde for, mais cedo! a calma
É o último suspiro da poesia
O mar é nosso, a rosa tem seu nome
E recende mais pura ao seu chamado.
Julieta! Carlota! Beatriz!
Oh, deixa-me brincar, que te amo tanto
Que se não brinco, choro, e desse pranto
Desse pranto sem dor, que é o único amigo
Das horas más em que não estás comigo.
O mar do esquecimento
A melhor forma de começar um texto é dando lances no mar das ideias; para alguns possa parecer algo entediante, para outros um esporte, mas para mim é uma questão de vida ou morte; Sei que parece um exagero, mas é assim que vivo, dependendo da sorte, pescando no mar da vida e correndo risco de fisgar a morte. De uma maneira mais inteligível, diria que os momentos em que passei tentando rabiscar algo ceifaram parte da minha vida, e a outra parte que restou está perecendo por causa da parte que se foi. Com efeito, uma parte depende da outra, e nesta lógica, preciso plantar o resto que me resta; sei que não irá trazer de volta o tempo perdido, mas a floração de uma parte pode imortalizar a outra. Entretanto, no meio disso tudo, corro o risco de perder tudo, e ser mais um nesta vida em que os mais fortes imortalizam e os mais fracos transmutam em esquecimento.
Amar é mergulhar em uma piscina opaca; só o tempo vai te dizer se alcançou o chão ou alcançou o amor.
Tempo é dinheiro? Não nunca foi e nem nunca será, pois nem todo o dinheiro do mundo comprará o tempo que estamos literalmente perdendo / desperdiçando defendendo o indefensável, acreditando no inacreditável, tolerando o intolerável e afins.
Tempo não é e nem nunca foi dinheiro, pois nem todo o dinheiro do mundo pode comprar, adquirir mais tempo. Tempo é vida, pois ninguém sabe quanto tempo ainda nos resta. Invista bem o seu tempo, pois o tempo não para e nem tão pouco voltará.
Tempo não é dinheiro.
Tempo é tempo e dinheiro é dinheiro, pois nem todo dinheiro do mundo pode comprar mais tempo.
Sendo assim TEMPO é VIDA.
" O menino e o seu mundo."
Quem é ele ?
Um menino,
mas não um simples menino
Ele é aquele que sonha
entre a realidade e a utopia.
É nas viagens no tempo,
no reencontro com a saudade,
e na fantasia do viver,
que o seu mundo se cria.
Ele quer voar,
a falta de asas lhe tira
a possibilidade do voo,
mas não sua qualidade de anjo.
Ainda que não possa voar,
um universo infinito,
ao subir no telhado,
é por ele contemplado.
Lá tudo é possível,
ele fala com as estrelas,
as escuta, toca a lua
e por ela é tocado."
Viviane Andrade
Somente viva, como se a qualquer instante pudesse partir. Sorria sempre, deixando um bom estoque para os dias tristes. E seja fiel a suas vontades e sonhos, nem sempre é possível ter uma nova chance. Viva simplesmente. Pois sim, o tempo para, para todos.
Não vou perder mais tempo e energia com coisas que não valem a pena. Resolvi deixar de lado as discussões sem sentido, onde as pessoas não estão dispostas a ouvir ou entender o meu ponto de vista. Também decidi não insistir em mudar algo que claramente está além do meu controle.
Agora, prefiro investir meu tempo em coisas que ainda possuem significado ou que podem ser melhoradas. Aprendi com os meus erros e quedas que algumas coisas simplesmente não mudam, não importa o quanto eu lute...
- Edna Andrade
Quando nos deparamos com problemas aparentemente insolúveis, é fácil perder a esperança e acreditar que nossas situações nunca irão melhorar. No entanto, acreditar em Deus nos leva a reconhecer que Ele é o dono do tempo, e que em Seu tempo tudo se encaixará perfeitamente...
- Edna Andrade
O Tempo...
Amigo ou inimigo?!
Depende.
Depende da situação
Depende do dia
Depende do humor
Depende do que se faz ou do que se fez...
Depende até da idade.
O tempo é capaz de dizer muitas coisas...
Dizer sobre o quanto é importante o perdão ou o arrependimento; o quanto um erro te levará ao acerto.
Não se pode ignorar o tempo em relação ao futuro, apenas porque o presente lhe proporciona certas vantagens.
Não se ri da idade de alguém mais velho cujo o tempo levou a juventude, pois é o tempo quem dirá se chegarás ou não nesta idade.
Aproveitar o tempo da melhor forma possível ainda é a melhor dica para conhecer-se a si mesmo e crer que ninguém domina o tempo.
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