Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo
Agora
já frio o coração
(mas a alma, entretanto, ainda ferida)
resta-me a amarga e silenciosa convicção,
de só tão tarde ter percebido
que nem sequer existi em tua vida.
O tempo que corre
A situação que ocorre
Alguém que morre
Tudo passa
A vida é cheia de graça
Lembre-se que em cada momento
Não tem jeito, já passou mais um tempo.
O tempo que corre
A situação que ocorre
Alguém que morre.
Tudo passa
E por incrível que pareça A vida é cheia de graça.
Por isso não perca tempo Faça o bem a todo o momento. Pois a cada brisa de vento
Não tem jeito, não adianta fazer questionamento. Ficamos mais experientes Somos cada vez mais docentes Porque ele sempre nos ensina Sim Ele mesmo Nosso grande mestre e professor O Tempo.
Todas as manhã!
Todas as manhã, lembra sempre de uma coizita que te faz sorrir.
Assim como eu: "sempre que acordo, me lembro que te amo, e isso me faz sorrir o dia todo" TE AMO, lembra sempre isto irás sorrir o dia todo.
(Mensageiro do Tempo)
Plante semente por semente e certamente com o tempo terá um lindo jardim. Mas é preciso ter fé, plantar, regar e esperar cuidando sempre.
Esse longo caminho percorrido
Lado a lado, nos bons e maus momentos,
Faz de nós dois um ser unificado
Pelos mais fundos, ternos sentimentos.
Meus olhos são pequenos para ver
países mutilados como troncos
proibidos de viver, mas em que a vida
lateja subterrânea e vingadora.
O amanhecer é uma festa para convidados que estão dormindo.
Para se alcançar um ideal é necessário ter ambição. E ter ambição é perder de vista o ideal.
Certas amizades comprometem a ideia de amizade.
Amor... pois de amor andamos todos precisados! Em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para frente...
"Não é obrigatório ter motivo para estar alegre; o melhor é dispensá-lo e ser alegre sem motivo algum". In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.
Domingo
O tédio e a diversão múltipla dos domingo amam entrelaçar-se.
( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)
“Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança”.
(Trecho dos versos publicados originalmente no livro "Sentimento do Mundo", Irmãos Pongetti - Rio de Janeiro, 1940. Foram extraídos do livro "Nova Reunião", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1985, pág. 78.)
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