Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo

Cerca de 226305 frases e pensamentos: Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo

O tempo prostrado

a inação
está parada
no céu são

nuvens em silêncio, calada
lutuosa trova uma canção
numa voz desafinada

é o tempo prostrado, catão
os olhos do pensamento
fixos na imensidão
sem qualquer argumento
sem ocupação

seria a perfeição
este estado
da alma em infusão
do corpo amuado
submerso em meditação

ou será o pecado
da solidão...

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

Cadência

No pêndulo
Do relógio
Fique e vai
Vai e fique
A hora o tempo atrai
Pra brincar de pique...

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

Nos faz falta frações de momentos vividos, olhares no tempo perdidos, de nossas vidas. Vividas em amizades que nos dão saudades... Tão rápidos nesta curta eternidade... Tudo é pó, e poeira a vaidade.

Inserida por LucianoSpagnol

Horário de verão

Roubada hora
E o tempo não para
Adentra o dia, à noite a fora
Nesta roda vida, que mascara
A madrugada mais cedo
O entardecer que não chora
Embora,
O Relógio já não marque as horas!

Inserida por LucianoSpagnol

A Vida Passa... A Alma Não

Na velocidade do vento a vida passa
A lentidão da infância o tempo abraça
Os ganhos e perdas ora caçador ora caça
A biografia e as lendas nossa carcaça

Fervilhando nas macambúzias alegrias
Entre as expectativas e melancolias
Nas promessas feitas pelos momentos
Tudo passa com os seus contratempos

Renascem as flores da confiança
Morrem primaveras de esperança
No vai e vem da eterna mudança
Firme é o Espírito, sua semelhança.

Na estória a doce loucura teórica
Confabulada em silenciosa retórica
De paixão, desilusão, recordação
Pois a vida passa... A alma não...

Inserida por LucianoSpagnol

CICLOS

Tempo. Segue avante, agridoce gomo
Delírios ardentes, o destino e liminar
O coração pulsa, o amor em assomo
Do desejo primeiro, olhar... Sonhar!

Fado. Sede, - querer o beijo, como
se quer o perfume a nos encantar
O afeto abre-se em riso, doce pomo
E declama a voz do prazer... Amar!

Sina. Messe e baixa, fausto e tributo
Nascimentos e também alma de luto
Nada é eterno, metamorfose. Pensar!

Sorte. Oh! Madrasta!... assíduo drama
Das trilhas aflitas pelo chão derrama
As dores, risos e lástimas... Meditar!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
17 de agosto, 2019
Araguari, MG
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

GRATIDÃO

É preciso agradecer o tempo
Que no fragor foi-se o sossego
E do silêncio achou-se alento
No barulho fez-se o desapego
Que se fez poesia
Que se fez essência
Flores nas dores, harmonia
Em Deus, na fé evidência
É preciso a gratidão
Da vida, do ser, Divina providência
Pois tudo é amor, é união...
E na diversidade o vário em cadência.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

E o ano assim termina,
outra vez, afoito, que a vida promove.
É o tempo em sua sina.
Que seja então, e do bem se prove...
O novo floresce, o velho declina.
Vai-se 2018, vem-se 2019!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
28 de dezembro, 2018

Inserida por LucianoSpagnol

segundos, dias, anos... estórias, histórias...
O tempo redigindo a vida, a vida memórias;
labuta, conquistas e danos
e assim, oratórias e planos
É ser agradecido, sonhador, forte nos desenganos;
frágil, humano... Ser verso, poesia.
Ter Deus na tristeza e na alegria.
buscar harmonia...
humor!
Um novo itinerário, mais um aniversário!
Embrulhado com amor...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
27 de fevereiro.

Inserida por LucianoSpagnol

MEUS IMATUROS ANOS

Os meus imaturos anos dia deste
Acarquilhou no tempo, foi embora
Deixando a saudade, vil senhora
Cá no peito, no horizonte celeste

Diversa, macróbia, que cá mora
Alquebrada, da vida quer teste
Se o já é valedouiro a toda hora
Da sabedoria se diz inconteste

E da idade, a acama, cafajeste
Todo que ora não fui sou agora
Troça e ri tal qual a uma peste

E nos desvarios me levo afora
Sem que o sonho me moleste
Pois, a alma é nova, sem outrora...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Talvez a gente se esbarre
Numa destas confusões do sentimento
Onde o tempo no tempo nos agarre
E nos carregue nos olhares do pensamento

Luciano spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

POR ACASO

E se por acaso, eu não te encontrar
Envelhecido, sentado eu na esquina
Do tempo, com um disperso tal olhar
Poetando mesmices pra dar propina
A ilusão, por não contigo assim estar
No coração, na emoção e na paixão...
E se por acaso neste exato momento
Perceber que rápido passou e, então
Palpitar saudade sem ter um fomento
De esperança, que acredite na razão
Do ainda é possível ter tal sentimento
E que não seja só uma mera presunção
E sim, o que importa, ter no argumento
Da vida, valia com total determinação.
Se por acaso...
Não advir, tentei e, despido será o contento.

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CANTIGA

Ah, se fico ou se passo, se vou no compasso
da vida, devorante no tempo, amiga e inimiga
porém, se o que intriga é todo este embaraço
de gente a gente que na maldade prossiga...

Dá um cansaço, fadiga, de ver e ouvir,
angustia, e faz da existência rapariga...
Então, me resta neste murmúrio, sorrir!
Ser, resistir e ter o amor em doce cantiga.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Moço, se no tempo, velho eu não fosse

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ALMA (soneto)

Tenho idade de um tempo qualquer
Vivo menino, jovem ou sou senhor
Neste olhar, tenho o olhar do amor
Embalado, às vezes, no o que vier

Se não vem, tudo bem, sou o que for
Adiante, radiante, serei o que quiser
Depende de mim e de onde estiver
Então, posso ser razão ou sonhador

A idade em mim nunca será mister
É estado de sentimento, um exterior
Garoto ou velho, vai do que dispuser

Às vezes amador, noutras um jogador
Porém, o corpo, não é o que eu disser
Já a alma, estará ao meu total dispor...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Tenho idade de um tempo qualquer
Vivo menino, jovem ou sou senhor
Neste olhar, tenho o olhar do amor
Embalado, às vezes, no o que vier

Luciano Spagnol
cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

TUDO É FOI (soneto)

Num piscar de olhos, tudo é foi
Outros aléns são rapidamente
O tempo feroz é que nos corrói
E gera o amanhecer diferente

Então que o erro nos perdoe
Que a sorte seja contundente
Os olhares, olhares nos doe
Momento, muitos e ardente

Presenças, maior que a falta
Onde amor seja lhana pauta
E nos incendei da tal paixão

Nada nem sempre é à ribalta
Apressado por nós sem falta
A vida, em sua combustão...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 27 de maio
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

DESENCONTROS (soneto)

Saudades nas vontades que se esfumam
No tempo visto com os olhos lacrimejados
Vou-me, assim, nos sonhos debruçados
Dos devaneios findos, antes que sumam

Dores e fantasmas na alma sepultados
São sombras que na frustração abulam
Com vozes que na emoção deambulam
Numa espera tensa de prazeres alados

Nas solidões frias... As carências bulam
Arreliam e se desfazem em enevoados
De refrigério que as futilidades simulam

Então, tento resgatar dos inesperados
Fados, versos que sobram e, engulam
Os desencontros no coração atarracados

Luciano Spagnol
27 de novembro, 2016
03'10", Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CÉLERE (soneto)

E lá se vai o tempo, portentoso
Onde não vai a lentidão do fado
E de longe, eu distante, saudoso
Envio suspiros daqui do cerrado

Para os teus anos, eu já anoso
A pressa não é, certo ou errado
É tão a sorte no estado zeloso
Rio a baixo no leito apropriado

E, então, pelo espaço untuoso
Desliza cada sonho ali alado
Dando a vida agrado piedoso

Assim, os amores, encantado
Flores dadas, gesto impetuoso
Matizam o gozo ao ser amado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Feliz Ano Novo

e assim no tempo, o passe e repasse
indo e vindo, o velho e o novo, plano
numa magia, de esperança em enlace
desejo a você, amigo, feliz final de ano...

- Que venha de primeira classe!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

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