Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo

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⁠QUESTÃO

Sussurra: - para sempre! a vontade enamorada
E o tempo que dirá, no entanto, em qual sorte
Nós estaremos, no até a separação pela morte
Avivando o desejo e a sensação muito desejada

Mais e mais o olhar nesta agridoce caminhada
Num amor estar, ao querer ficar, de alto porte
Sul ou norte, cada estória, uma narrativa forte
De paixão dando emoção. Poética encantada!

Nada é mais primavera em flor, estar amando
Quando, até, sem importância, pois chilrando
Fica a vibrante alegria, sem querer sair jamais

Juras de amor, de eternidade, os votos soltam
Tem também os que dizem e não mais voltam
Por que promessas nas palavras de mortais? ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 de maio, 2021, 05’15” – Araguari, MG
Coppéerando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O CERRADO É GRANDE

O cerrado é grande, de uma tal imensidão
O teu tempo, e uma lentidão e melancolia
Que a tua calma no silêncio acordar-me-ia
Da preguiça não, mas da sua orquestração

Atração mudável, todo selado. Ó sertão!
É tal vibração que em vós se tem melodia
Tingindo a vida, de um dia pós outro dia
Incertos todos, mas repletos de atração...

Eu vi por aqui, ipês e outras mais flores
Pequi, jatobás, a ventura e desventura
Os tucanos vi desenhar os fiéis amores

Sequidão, e verdura, tudo é mistura
Pintando o chão com variadas cores
Em um tudo mais, o renovo, fartura!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/11/2020, 09’02” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Deus está te dando uma benção que vc a muito tempo tem pedido, ele ouviu o teu pranto e lamento, ele sabe da tua necessidade. E ele te diz, seja fiel a mim, e tudo te darei, permaneça na minha graça e te farei próspero sobre essa terra, e viverá em alegria. Mas não retroceda do caminho que já percorreu, afaste se do ímpio, que é como a moinha que o vento vem e espalha.
Vc pediu e eu te dei, seja fiel e eu te darei muito mais...
-
A paz de Deus seja convosco.

Inserida por lukas_rodrigues_1

⁠O RELÓGIO...

Na solidão do aposento, moribundo
Na penumbra que, no vai e no vem
Range o tempo segundo a segundo
Neste silêncio, só penso em alguém

Instante que tilinta tão profundo
Fundo, que reverencia ninguém
Tem ou não tem, querer fecundo
Do meu amor, no qual quero bem!

E de ti, “Tic Tac” pulsa o coração
Tudo parece urdir contra mim
Na lira do velho relógio carrilhão

Indago: - infeliz é minha emoção?
O ponteiro circulando diz sim
E o pêndulo balançando diz não...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/03/2021, 14’18” – Araguari, MG
paráfrase Salomão Jorge

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SOMAS NO VIVER...

A gente sonha um pouco cada dia
O tempo vai subsistindo acelerado
As ilusões, uma por uma, na poesia
Da sorte, este devaneio imaculado

A vida é como uma prosa, romaria
De sentimentos, todo encapsulado
Nos prazeres, na tragédia e alegria
E, não se assomar se for enganado

Tudo é do fado, da árdua jornada
Num sobe e desce. A caminhada
E que sempre sufoca o anoitecer

São os suspiros ao léu, mais nada
Trovando cada canto da jornada
E nos forjando as somas no viver...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15/03/2021, 18’18” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠balança ...

peso da vida, peso de consciência
o sonho fugidiço, o tempo a tarar
ser julgado, mensurado, condolência
sombras que pesão o medo a atiçar
no que há de amor, mais urgência
a certeza de ser, que gosto teria
sem ser, um descuido, a fantasia
se viesse me pesar, eu, uma poesia...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/04/2021, 18’09” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Brás

No centrão da terra da garoa
De janelas para a rua
Velhos na praça, atoa
Casarões no tempo tatua
Desta ou aquela pessoa
A história... e a vida continua
Os moleques descalço o pé
De juventude nua
O boteco de seu Josepe
De outrora, tão fugaz!
O ambulante vende leque
A italianada em cartaz
Nas cantinas, nos bares
Aqui é o Brás!
Terra de todos os lugares...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02/04/2020, 12’58” – Brás, São Paulo

Inserida por LucianoSpagnol

O tempo dirá o quanto eu te amo!

Inserida por claudiotorress

CAMINHANTE (soneto)

Há no tempo um momento de grandeza
que é o de espera e de um saber bendito
tudo passa, e a alma não mais fica presa
voa, e o sentimento regressa ao infinito

Um tal mistério do viver e de surpresa
estala a felicidade, do outrora tão aflito
rasga-se o amanhecer em ventura acesa
e da dor sentida, esvaem-se em um grito

Há no amor outra chance aos amantes
cada dia é mais um dia a um novo dia
e a sensação de perda se torna em vão

porque, entre desencontros soluçantes
terá aquele olhar tão cheio de harmonia
que irá trazer o esquecimento ao coração...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/01/2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SAUDADE EM PROSA (soneto)

As saudades lá se foram, respingadas
Lá pelo tempo... outra estória e verso
Mesmo assim na memória ficou imerso
Depois de tantas dores, tantas paradas

E o que assemelhava um conto de fadas
Tornou-se à emoção um trovar perverso
E no destino toda um argueiro disperso
De espinhos, nas lembranças poetadas

Então vi, que não adianta de ela fugir
Não tem nenhum contento, ao poeta
Se existe saudade, com ela deve-se ir

Embeber-se! uma estratégica solução
E, tê-la como coautora em sua meta
Pois, sempre a terá na prosa do coração....

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/02/2020, 11’40” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

FALEI (soneto)

Falei tanto de dor!... de sofrência
Ilusão e solidão. O tempo e bagaça
Ou os amores, que vem e que passa
No trovar em que veio de aparência

Falei tanto de má sorte, vil desgraça
Chorei no suplício, de áspera essência
Fechei o horizonte para a existência
E, vi o tempo, passar pela vidraça...

Não pude olhar nos olhos. Sozinho
Blasfemava! e ainda tenho infernais
Conflitos, em querer apenas carinho

Quando sofro, sofro por demais
No silêncio. Ali me calo e definho
Infeliz poesia... não poeto mais!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

TROVANDO COM ESPINHOS (soneto)

Sofrência sem tempo, dor com agonia
Que suspira e sufoca a emoção no peito
Que cala mais do que a solidão queria
E com tanto aperto ainda não satisfeito

Amor, que a boa sorte assim repudia
Em uma ação de azar e sem proveito
E tanto... sorriso para a cruel arrelia
Fica inacabado, ficando imperfeito...

Poema, sem sintonia, que consome
Musicando das mágoas só lamento!
Cego sempre o poetar que desanimas!

E eu tenha sempre, paixão: - com fome
O coração, gelado no cálido sentimento
Com espinhos trovando as áridas rimas.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DE ANIVERSÁRIO

O tempo passa, fugaz os anos
Numa poesia de trova da vida
Chegada, prossiga ela, partida
Em seus versos bons ou tiranos

Passa-se a rima, envelhecida
Nos agrados e nos desenganos
Dos novos e dos velhos planos
Os sonhos e, da ilusão nascida

Nas venturas, pouco se figura
A quimera... se cabelo branco
No amor, mais vale a candura

Se antes ficção, agora franco
O dizer: - louco é essa loucura
O viver. E duro o seu tamanco!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Faz tanto tempo que a gente não se vê, correr livre fez o nosso amor se perder;
Meu coração quer outra chance, é tarde demais pra errar outra vez;
Acho que eu nunca quis ir à lugar algum, me deixar entrar;
Vamos esquecer essas mentiras e nos amar pra sempre;
Sempre eu e você.
Eu estou caindo, chegando perto agora eu sei, estou caindo, não me abandone, dentro do Sol.

Inserida por rafael_selva

SONETO EM CONFISSÃO

És do meu viver, o romantismo belo
Cobiçado desejo, a todo tempo, jura
Que desperta uma doce tal ternura
Onde a emoção e a paixão: - velo!

Amo-te assim, no olhar de candura
Da minh’alma, num desejo singelo
O clangor do querer mais que belo
O agridoce da saudade, a doçura!

Amo o teu viço amante, o teu cheiro
De brisa numa nublada madrugada
Amo-te no teu singular, por inteiro

A voz do âmago, ao ouvir: “te amo!”
Que o destino trouxe a sua chegada
E no coração, amor, assim te chamo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/12/2019, 05’30” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Sou ao mesmo tempo a minha melhor e pior companhia!

Inserida por talissaverena

Bons eram os tempos em que tinhamos tempo para fazer o que é bom.

Inserida por luizhbh

Numa separação o esquecimento só precisa do tempo necessário pra que uma saudade se torne apenas uma lembrança.

Inserida por almanysol

As lembranças de outrora, são como folhas mortas no quintal da vida. Pois o vento brando do tempo aos pouco vai varrendo e levando, para as bordas do esquecimento! (Almany-07/02/2011)

Inserida por almanysol

Nunca esqueça que nesse mundo, voltar pode não ser perda de tempo, mas sim, a melhor forma de se renovar em experiências e tamdém de prescrever nossos enganos!

Inserida por almanysol

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