Carlos Drummond Mensagens de Despedida
É na infantilidade do meu pensar, que eu reconheço que ainda não perdi a alma de menino, a verdadeira.
Até hoje, ainda não consegui descobrir o mistério do silêncio, do olhar e da fala dos humanos. Só sei dizer, que os únicos seres de sangue quente que conheci ao longo do meu atribulado viver e souberam ler e entender as palavras não ditas pela boca dos meus olhos, foram os cães que tive e amei.
Eu nunca seria um ser humano consciencioso, se não fizesse perguntas a mim próprio antes de responder aos meus semelhantes.
Um poeta, necessita mais de inspiração e simplicidade do que regras estabelecidas por quem, se calhar, nem o era, não o é, e nunca o será, naturalmente.
Escrever, por vezes, torna-se um martírio sobretudo quando, sem querer, dizemos o que somos, sem maldades, nem filtros.
Um dia, perguntei à solidão:
- Quem te acompanha mais?
E, ela logo me respondeu:
- Tu!
(tu... que sou eu, este, o cujo dito.)
Tantas vezes dizemos coisas desacertadas, só porque tivemos preguiça de acertar o relógio do nosso pensamento e emoções.
Afirmam que a idade verdadeira da gente mede-se pelo cérebro de cada um.
Peço perdão às doutas opiniões:
Eu, pela medida do meu cerebelo já velho como árvore de vida, nesse raciocínio, ultrapassei os cento e trinta, há longos anos.
A solidão, por força da sua presença constante na vida da gente, acaba por tornar-se uma amiga inseparável.
Quando a imaginada ficção se torna realidade nua e crua na vida da gente, de que vale duvidar da verdade?
Olhe vê aquele pássaro ao longe plainando, plaina mas não por estar cansado de bater as asas, mas sim para contemplar tudo aquilo que esta aos seus pés...
A noite é linda e a lua com as estrelas brilham, no escuro onde a lua e as estrelas não podem alcançar, alguém rouba....rouba um beijo e um desejo.
No calor eu imploro ao inverno, no inverno desejo o calor... Somos assim, nunca estaremos satisfeitos a tudo que esta a nossa volta ou a que desejamos....
O PRESÉPIO
Este presépio, saibam todos, é meu!
Ergui-o dos alicerces ao telhado,
Talhado em casca de sobreiro enrugado
Tal como este rosto que Deus me deu…
Já mo quiseram comprar, confesso eu:
Mas não cedo nem que castrado!
Ia lá vender um tesouro amado
Que é um bocado do corpo meu!?...
Que diria S. José, ali mesmo ao pé
Virado para Nossa Senhora, até !?...
E os animais e a estrela que reluz!?..
Meu presépio, obra minha, filho meu!
Não vendo o lar onde alguém nasceu
Com o nome de Menino Jesus!
Quem não verte uma lágrima em transes de emoção e dor, foi forjado em ferro frio, ou então disfarça muito bem, por fora.
Aproveito ao máximo as fases da lua da minha vida para retribuir aos que me fazem bem.
Aos demais, ignoro-os, esqueço-os tão fácil, pura e simplesmente.
O recordar, mora numa casinha lá no cimo da cabecinha de um corpo que vive em comunhão de sentimento com o próprio pensamento.
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