Carinho e Ternura

⁠Tenho saudade
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Tenho saudade de você,
Do tempo que nos tínhamos todos os dias...
Quando o mundo era só eu e você.
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Tenho saudade de você,
Do tempo que parava pra unir nós dois...
E o teu sussurro professava não poder me esquecer.
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Tenho saudade de você,
De saber como foi todo o seu dia...
Se me trouxe ao coração ou a um breve pensamento.
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Tenho saudade de você,
De lembra “o quanto de você se entregou a mim”...
Pra sentir um pouco de mim que ainda vive em você.
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Tenho saudade de você...
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Edney Valentim Araújo
1994...

⁠O corpo treme, quando o seu exprime convulsões que enraízam nossas almas. No fundo, no fundo, só queremos ficar abraçados por algum tempo. Terra prometida. Ilha sem rastros...

⁠Imaginei uma outra história,
um outro relacionamento.
Entre nós, entretanto, nada além de fúria,
de indiferença e distanciamento.
Você é prosa. Eu, poesia.
Para você a realidade é dura.
Para mim, pura magia.
Você quer ternura. Eu, tortura.

⁠Quem sente

Já não ouço a sua voz
Mas não me cala
Esse alarido
De quem tem
Por um momento
O grito incontido
Desse amor
Que é infinito.

O vento sopra
Sem dizer de onde vem
Nem revelar pra onde vai,
Mas deixa sempre
O bom perfume e seu sabor
Que me persegue por onde eu for...
Quem sente seu aroma
e se aqueceu no teu calor
Não vive mais sem teu amor...

Edney Valentim Araújo
1994...

⁠Sem você na minha vida
Sou como um barquinho a deriva
Buscando um destino
Você, o amor da minha vida
Indo para lá e vindo pra cá
Na esperança de um dia te encontrar
Para poder dizer que te amo
E logo depois de te beijar

⁠Agigantou
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O que eu diria a minha amada
No silencio do meu coração
Quando tudo que se fala
É um breve e único olhar...
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Pra além das ondas
Que se lançam mar adentro
Vão distantes os pensamentos
Onde possamos nos amar...
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Ah!!! Essa distância...
Que te me afasta no teu corpo
E me translada pra esse amor,
E por inteiro, nos põe num só coração.
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Faz de mim tão pequenino
No teu sonho de menina
Que se entrega a um grande amor
Que só em mim se agigantou...
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Edney Valentim Araújo
1994...

⁠Transcende
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Os teus olhos me encontraram
Num Flesch desta luz
Que me dura
Vida inteira...
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Ai de mim,
Que sou poeira e pó
Carregada pelo vento
Do brilho prisma em pensamento...
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Mas cada grão te me entrega
É um elo do destino
Deste amor que é infindo
E nos transcende sem caminho.
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Edney Valentim Araújo
1994...

⁠Perene
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Um tempo eu já vivi
Querendo estar tão vivo
Quanto eu vivo amar você.
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Um tempo no teu tempo,
Que parou o instante tempo
Só pra gente se amar.
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Me trouxe o tempo
Tão perdido há tanto tempo
No espaço de um tempo
Que se abriu pra eu te amar.
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Vivo agora esse tempo
Que deixou de ser perene
Pra que eu pudesse te amar.
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Edney Valentim Araújo
1994...

⁠Desencontro
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Estou distante
Do quanto perto em mim eu vivo
O amor de minha amada
Que não vem pra me amar...
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É feito a terra e céu
Que se funde num encontro
La na linha do horizonte
E aqui tão perto nunca podem se tocar.
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Sou todo dela
Nos meus olhos por cortejo
Que não disfarça os meus desejos
De a todo tempo lhe amar...
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Eu aqui, e ela lá...
Num encontro e desencontro
Que ainda mais
Me faz lhe amar.
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Edney Valentim Araújo
1994...

⁠Infinito
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Se me fosse possível impedir,
Não haveria o fim desse dia
Que te trouxe aqui
Pra ser parte de mim...
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Mas faço do céu
Onde fulgura o seu brilho
Na luz deste amor infinito.
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Edney Valentim Araújo
1994...

⁠Um viva
Um viva, pela vida,
Seja ela como for...
Fez de mim um homem livre
Quando vivo o nosso amor.
Não me tenho no teu corpo,
Do meu não sai o nosso amor,
Sou em tudo uma parte
Do que te falta como sou.
Um viva pela vida
Que viu em nós o amor nascer,
Um viva pela vida desse amor
Que a cada dia vivo por você...
Edney Valentim Araújo

⁠Meio dia
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Meu coração desconhecido
É um poema sem sentido,
Dela visto e não quisto
Como um balsamo perdido.
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Menina moça mulher...
Menina que me encanta,
Moça que me atiça,
Mulher que muito amo...
.
O tempo passa
Sem tirar o devaneio
De quem ama um coração
Em meio a tanta multidão.
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Se dela eu fosse
Um com ela eu seria,
Meia noite ou meio dia
É eu e ela todo dia.
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Edney Valentim Araújo
1994...

⁠DO DESEJAMENTO
Alguns são feitos de um desejamento dilacerado.
Desse querer aflorado, não receio.
Nele me introduzo. E me ponho a ver o não dito.
Como quando me enamorei por uma moça.

Ela tinha um nome no meu peito escavado.
Chegava-me nas noites em que a buscava.
Deitava sua ternura sobre minha espera.
Acariciava as palavras que o silêncio esculpia.

Ela era tão docemente tingida de inteireza,
Tão despida de melancolia e incerteza.
Que apenas eu a via, andarejando ao meu lado,
Com suas mãos encravadas em minha ausência.

E eu já então, descabidamente encantado,
Apenas me sabia, ao traduzir-me fecundado,
Que mesmo a passar a só, a esperar a moça que viria,
Ela com o coração entreaberto de mim não partia.

Carlos Daniel Dojja

⁠Traga a vida
.
Quem vai tirar de mim
O que a vida não me deu
E no tempo não perece?
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Não é meu teu coração
Que por mim nunca bateu
E levou cativo o meu...
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Traga a vida
A minh’alma empobrecida
O amor que não me deu.
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Se de tudo eu tenho um pouco
Nada tenho sem você,
Quando me falta o seu amor...
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Edney Valentim Araújo
1994...

⁠Meu suspiro
.
A felicidade de minh’alma
É estar nos braços dela...
Sou levado pelo vento
Aonde vai meu coração.
.
Meu sorriso,
Meu gemido,
O meu pranto recolhido
Do adeus a solidão...
.
Ela é o meu suspiro
E todo ar que eu respiro
Em meio a toda multidão...
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Edney Valentim Araújo
1994...

⁠Sou por ela

Olho só onde eu estou,
Olha onde ela me deixou.
Sou quem sou por ela sou,
Sou só dela aonde eu for.

Nos caminhos que me existem
Tantos quantos eu sigo agora,
São só eles
Pra buscar o teu amor...

Norte, sul, leste ou oeste...
Não importa a direção
Se eu encontrar teu coração...

Edney Valentim Araújo
1994...

⁠Nada mais
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Quero sempre mais do teu amor
E entregar-me-ei como eu estou.
A minh’alma outrora fria e transparente
Se aqueceu nas cores deste amor...
.
Talvez eu fique por um pouco
E outro tanto que deixar,
Eu só não quero
Mais de ti me afastar.
.
Os ventos que se agitem lá fora,
Dos contornos do teu abraço
Nada mais vai me tirar.
.
Edney Valentim Araújo
1994...

⁠
Eu disse
Eu disse ao meu coração,
Não incomoda ela.
Ela já tem a tua chave
E sabe onde te encontrar.
Mas ele não me ouviu
E saiu a te buscar.
Você não veio
E nem ele pode te encontrar.
Então eu disse a ele,
Deixe que ela venha.
E quem sabe ela venha,
E se vier, que venha pra ficar.
Então ele me ouviu
E se pôs a te esperar.
Edney Valentim Araújo
1994...

⁠Tracejo
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Estou grafando nossa história
Nos tracejos do amor...
Uma parte é o meu conto,
Outra parte é conto nosso
Como foi “dito por você”.
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O que tu falas em silêncio
E devaneio pensamentos
Faz de mim como tu queres.
Sou parte deste amor
Que em você possa nascer...
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Edney Valentim Araújo
1994...

SOU ELA E ELA SOU EU

⁠Ela é tão bela como flores de capela
Seu sorriso recai sobre todas as felicidades
Sua pele macia e com seu cheiro bom
Seus olhos se afinam aos meus quando estamos entre deuses, tão profundo que consigo ser ela e ela ser eu.
Seu beijo é macio, preenche todo o meu vazio, me faz querer mais e mesmo se quisesse, não poderia parar porque o que vem dela, eu só peço mais.
Quando se torna testemunha da alma é quando percebemos que um já pensa no outro, naquele segundo ou naquelas horas que passam e te tornam incompleto.
Quando se faz o que fizemos, nos prendemos na eternidade de um amor sincero, nada suspeito mas morrendo de vontade de te manter aqui do lado.
Se eu não te amasse, não seria completo e muito menos vivo.
O desejo suspira entre o orvalho amanhecido e se move com os ventos que sopram do sul.
Uma vez não é o bastante para dizer que te amo mas se for a última palavra, será o suficiente para a compreensão de minha vida.