Cantinho
quero construir um disco voador pra voar bem longe daki, e achar um cantinho aonde não tenho paranóia nas cabeças...
E Agora?
O amor chegou aos poucos
veio bem devagarinho
foi ocupando um cantinho
dentro do meu coração
E agora o que fazer?
negar e dizer não?
ou aceitar esse querer?
Quantas dúvidas em minha mente
porque isso aconteceu?
sem querer... mas num repente
atingiu você e eu
Fico pensando... matutando
e agora?... estou amando
e você? ama também?
Um querer... um querer bem
para a alma só faz bem
bem aqui no coração
E agora... o que fazer?
deixar o sentimento morrer?
ou dizer "TE AMO"
e viver?
O meu rico coração
é como um jardim bem florido
tem de tudo, até espinho,
num cantinho, um beija-flor.
Pra ti, um lugar certinho,
onde guardo, escondidinho
todo o meu sincero amor.
Nele, as mais belas rosas,
de todas, as mais cheirosas,
que nem as moças formosas
conseguem juntar tanta flor.
Fiz pra ti esse versinho,
pra te dizer, com amor,
que você é meu benzinho
e que te espero ansiosa -
nao secarei, como a rosa
nem murcharei, como a flor.
Ela...
Conhece cada cantinho meu, cada letra do meu corpo, cada som da minha vida, cada rabisco do meu Céu.
O cantinho mais belo é todo seu
O cantinho mais belo é todo seu
Não venha me dizer que não tenha nada a me oferecer
Quase tudo que não for seu é e sempre será nosso
Já que o implícito não alcança os teus olhos use a sensibilidade da tua alma
Não se faça impotente a minha gratidão
Não seja ingrata com você mesma
Não se priva
Não sofra
Se permita
Sei que caminho sem direção
Quão irresponsável posso ser chamado
Nunca procurei pela cartilha da vida
Nunca tive a pretensão de te guiar pelo verdadeiro caminho
Queria simplesmente que andássemos de mãos dadas.
Chega assim, devagarzinho...
Escolhe um cantinho,
fica
e vai aos poucos
me mostrando
como é amar você.
Num cantinho especial, de um mundo especial...descobrimos o valor das pequenas coisas... E quando descobrimos isso...é como se flores de abrissem aos nossos olhos...É Felicidade!!
Fica
Talvez seu sorriso ainda brilhe lá no fundo das minhas lembranças. Lá no cantinho, bem escondido, pra ver se não aparece... Pra se esconder de mim mesma. Na verdade, o problema é que você anda se escondendo por dentro de mim esses dias, com medo de que eu lhe pegue e lhe tire de onde está. Será que você não aprende que não te quero fora de mim? Como pode você ver meu sorriso e não entender que ele ainda brilha pelas borboletas que você traz ao meu estômago? Entenda: eu sempre fui sua, e se um dia, por ventura, deixar de ser... Ainda serei: no meu inconsciente tem uma parte que não suportaria ficar sem você.
Você vai (re)aparecendo devagar, ficando mais evidente em mim. Agora, meus olhos refletem os seus. Suas cores, suas vontades e seu horizonte. Buscamos um mesmo fim, um mesmo nós. Estamos quase como um só, e você já parou de se esconder. Você vai ficando, e me levando nesse passo, só com o som do meu coração, fazendo uma música só nossa.
O tempo já se foi, passou. Você ficou e eu só faço cantarolar aquela música de Chico Buarque, para lhe lembrar todos os dias que não precisa se esconder em mim de novo. Aquela, "Fica". Canto toda, e quando chego na minha parte preferida, repito até cansar.
Repito, repito, repito... E quando canso, meu coração toca nossa música, cantando assim: "Mas fica, meu amor... Quem sabe um dia, por descuido ou poesia, você goste de ficar".
Sim, há amor. Há neste caminho, há neste cantinho, há onde é decidido continuamente o que não deva ser seguido. Dentro de sua voz úmida, via apenas o momento da nova etapa, aquilo a que se destina sem destino. Era feito garganta, feito hora, feito cheiro. Uma estabilidade cretina, cheia de incertezas que só me permitiam continuar, notadamente, em estado de síntese.
Uma gotinha salgada brota no cantinho dos seus olhos, sob sua pequena auréola, escorre pelo seu rosto e se liberta pelo seu pescoço. Acena em despedida sobre as ondas sonolentas cavalgando para trás do oceano vazio.
Seus sonhos se deterioram assim, como suas asas. Penas amareladas flutuam, perseguidas pelo vento assobiante nessa translúcida escuridão.
Meia gota salgada brota no cantinho novamente, mas desta vez não escorre, apenas brilha em teus olhos castanhos. Meia gota, gota inteira, nada muda. Apenas olhe o relógio, apague seu cigarro e tente voltar a dormir.
Uma mesinha de canto em uma sala escura. Ela entra, e percebe um brilho no cantinho da sala. Faz-se a luz, ela percebe um embrulho. Quem enviaria um presente naquele dia como qualquer outro, em que ela apenas fazia seu caminho de volta para seu refúgio? Quem se lembraria daquela menina que era como qualquer outra, cabelos e olhos escuros como a solidão?
Ela caminha pela sala, tentando desvendar tal mistério. Pensa em todas as pessoas com quem falou na semana, em todas as pessoas de quem se esquivou. Não demorou muito, já que ela passava tanto tempo recolhida em seus pensamentos, afastada de multidões. Nenhuma daquelas pessoas, pensou, teria lhe enviado tal surpresa. Os amigos já não mais eram próximos, o amor havia virado a esquina e procurado outros enamorados. Quem seria o misterioso ser amoroso a ponto de lembrar-se dela, a menina isolada de tudo a seu redor?
Chegou perto do embrulho, envolvida de emoções. Não sabia como reagir, o que haveria dentro daquele pacote tão brilhante e lindo. Tocou-o suavemente, para sentir a textura daquele brilho. Aumenta ainda mais seu encantamento, e ela percebe um envelope ao lado daquela beleza toda. Um envelope perfumado, azul, cheio de corações. Sua curiosidade chega ao ápice, e pode-se sentir a preciosidade que aquilo tudo havia trazido ao seu dia. Tamanha é sua ansiedade, que ela chega a rasgar parte do envelope, na ânsia por descobrir o que aquilo tudo significava. Dentro dele, havia um papel rabiscado de amor, dizendo “Tenho pensado muito em ti”, com aquela assinatura que ela há tanto não via.
Aquilo trouxe lágrimas a sua face. Ele. Ela sabia como havia sofrido desde a última vez que se viram. Imersa em pensamentos ela ficou, por alguns minutos. Lembrou-se, então, do embrulho, ainda intacto. Apressou-se em abri-lo, bisbilhotando logo o que chegava ao alcance de seus olhos. Mais brilho. Ela percebe, então, a fragilidade do presente. Um porta-retrato coberto de pedrinhas, que a lembravam daquele dia que passaram os dois embaixo do sol. O formato redondo a fez recordar aquela promessa de eternidade. A foto lá presente revelava como aqueles tempos eram belos, os dois rindo juntos sem temer a realidade.
Um sorriso escapou dos lábios dela. Aquilo era o bastante para seguir em frente. Finalmente ela conseguia encarar sua própria vida. Guardou seu presente naquele quartinho escuro em que vivia, local que logo se tornou claro e vivo. Pegou o telefone e discou aquele número que ela sabia de cor. Conversaram por horas, e cada minuto trazia uma lembrança alegre daquela vida compartilhada.
O tempo passou, ele sempre na memória dela, ela sempre na memória dele.
Nunca mais se viram.
Foram eternamente felizes.
(Brilho)
Em todo lugar sempre haverá um cantinho para construir nosso ninho, - e realizar nossos sonhos.
AJCMusskoff.
Impactante
Uma pequena flor, recolhida
No cantinho do rabisco da manhã.
Mas já digo de antemão:
pequenina, porém notável o bastante
Para extrair poesia de um coração.
E continuará, assim, impactante,
Aos meus olhos, amanhã.
Melania Ludwig
12 de novembro de 2011
Meu cantinho só vai mudar de lugar
Em meu mundo colorido
fiz um filme em alarido
deixei nele as cores preferidas
que fazem parte de minha vida
arco-íris e estrelas muilticor
que escondem qualquer dor
faróis que iluminam o caminho
de quem vem no meu cantinho
impedi a passagem
da triateza
para que admirem só a beleza
entrada franca a qualquer hora
sem pressa de ir embora...
mel
