Cantigas de Amor

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Quando se ouve um homem falar de seu amor por seu país, podem saber que ele espera ser pago por isto.

O amor causa verdadeiros levantamentos geológicos do pensamento.

Atrás da poesia do amor vem a prosa do casamento.

O amor. Claro, o amor. Fogo e chamas por um ano, cinzas por trinta. Ele bem sabia o que era o amor.

O amor, para durar, reclama incerteza.

Amámos e amámos tanto tempo quanto pudemos até que o nosso amor se consumiu nos dois; o nosso casamento morreu quando o prazer se foi; foi o prazer que fez um juramento.

Aqueles que falam das alegrias do amor, por certo, nunca amaram. Amar um ser é senti-lo necessário, portanto, sentirmo-nos nós próprios numa incessante precariedade.

O amor é o melhor padrinho do casamento, e a estima recíproca o seu amigo mais fiel.

Uma vida longa e intensa muito dificilmente se pode caracterizar por um único amor.

O adultério é a curiosidade do amor e dos prazeres ilícitos.

O amor é um rio onde as águas de dois ribeiros se misturam sem se confundir.

A vida em abundância vem apenas através do amor.

O amor destrói. A amizade constrói.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, 1992

Nenhum homem viveu que tivesse suficiente / Gratidão de crianças e amor de mulher.

A liberdade absoluta conquista-se pelo amor: só o amor liberta o homem da sua natureza e expulsa o animal e o demônio.

Retribui-se honra com honra e amor com amor.

O amor vive do pormenor e procede microscopicamente.

------------Cantigas-------------


⁠Vejo sua boca me chamar enquanto canta
será que eu te canto?
Ou canto, cantarei para você as mais belas sobre amor.
"Amor, estou contigo para onde você for",
por favor, sem brigas eu imploro quem perde com isso? Nossa relação
Relação?
Mas, em relação a você, como está?
Como anda?
Não fala comigo há tempos, será que outro te canta?
Você me encanta,
Mesmo que me deixe de canto
Não canso de dedicar canções mesmo chorando em pranto
Mas desculpa se te cantei errado
Não quis ser dissimulado
Grosseria da minha parte não ter te cantado
Ou contado o que sou de fato
Que sou uma pessoa fatídica
E deveria ter deixado a verdade explícita
E que não sabia se um dia realmente eu te amaria
— Desculpa por não ser o que você merece.

Na melancolia de teus olhos
Eu sinto a noite se inclinar
E ouço as cantigas antigas
Do mar.

Nos frios espaços de teus braços
Eu me perco em carícias de água
E durmo escutando em vão
O silêncio.

E anseio em teu misterioso seio
Na atonia das ondas redondas.
Náufrago entregue ao fluxo forte
Da morte.

Cantigas leva-as o vento...

A lembrança dos teus beijos
Inda na minh'alma existe,
Como um perfume perdido,
Nas folhas dum livro triste.

Perfume tão esquisito
E de tal suavidade,
Que mesmo desapar'cido
Revive numa saudade