Cansei de dizer te Amo

Uma grande reputação é talvez mais incômoda que a insignificância pessoal.

Tememos a velhice, à qual não temos a certeza de poder chegar.

Podemos estrangular os clamores, mas como vingarmo-nos do silêncio?.

A maledicência pode muitas vezes corrigir-nos, a lisonja quase sempre nos corrompe.

Se a pobreza é a mãe dos crimes, a falta de espírito é o seu pai.

Há grandeza mais verdadeira numa boa ação do que num bom poema ou numa grande vitória.

A memória dos velhos é menos pronta, porque o seu arquivo é muito extenso.

A dissimulação algumas vezes denota prudência, mas ordinariamente fraqueza.

Um homem que acaba de arranjar um emprego já não faz uso do espírito e da razão para regrar a sua conduta e as suas atitudes perante os outros: toma de empréstimo a regra do seu posto e da sua situação; donde o esquecimento, a altivez, a arrogância, a dureza e a ingratidão.

Os erros de uns são lições para outros; estes acertam porque aqueles erraram.

Quem está ausente, teme e tem todos os males.

Desprezos há, e de pessoas tais, que honram muito os desprezados.

As crenças religiosas fixam as opiniões dos homens, as teorias filosóficas perturbam-nas e confundem.

Uma casa sem mulher não tem tormentos nem glória.

Nunca melhora o seu estado quem muda só de lugar mas não de vida e hábitos.

A razão prevalece na velhice porque as paixões também envelhecem.

O medo faz mais tiranos que a ambição.

Que verdades conhecia o morto?
Quem estrangulou
sua palavra?

A poesia é uma doença cerebral.

Parece, na verdade, que nós nos servimos das nossas orações como de um jargão e como aqueles que empregam as palavras santas e divinas em feitiçarias e em efeitos de magia.