Verdadeira sabedoria
A pessoa certa não é aquela que apenas aprecia conversas, mas também se comunica com você até com o silêncio de um olhar.
Se a marca da primeira metade da vida é o anseio insatisfeito pela felicidade, o da segunda é o receio da desgraça, pois, a essa altura, reconhece-se mais ou menos nitidamente que toda felicidade é quimérica, enquanto o sofrimento ao contrário é real.
Apenas de que o auge da capacidade intelectual se dá por volta dos 35 anos, a velhice tem suas compensações. É apenas nesse momento que a experiência e a erudição se tornam de fato ricas: teve-se tempo e oportunidade para considerar e refletir as coisas sob todos os aspectos, comparando-as entre si e descobrindo os seus ponto de contato e membros conectivos; por conseguinte, apenas nesse momento as compreendemos bem em toda a sua concatenação. Tudo foi esclarecido; por isso, conhece-se mais profundamente até mesmo aquilo que já sabíamos na juventude, visto que há muito mais provas para cada conceito. Aquilo que nos anos de juventude só acreditávamos saber, sabe-se de fato na velhice, e muito mais, porque possuímos conhecimentos meditados em todas as direções e, portanto, inteiramente coerentes, enquanto na juventude nosso conhecimento é sempre lacunar e fragmentário. Apenas quem envelhece adquirir uma ideia completa e pertinente da vida, pois tem uma visão geral do seu conjunto e do seu curso natural, e sem especial, porque não a ve como os outros, ou seja, apenas a partir do ponto de entrada, mas tamb[em a partir do ponto de saída, reconhecendo, assim, toda a sua nulidade, enquanto os outros sempre se encontram na ilusão de que o que é realmente bom ainda ocorrerá.
Algumas coisas nos incomodam porque não temos estrutura para saboreá-las. Não gosta de chuva quem não tem um bom telhado.
A vida tem pressa em ser
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O modelo construído por uma sociedade majoritária com o objetivo de se adotar as suas regras, nunca me encaixou. Adoro o oposto daquilo que a maioria considera “certinho”. Gosto de bagunçar as linhas retas dos padrões improdutíveis e preconceituosos.
Sou amante dos sinais, principalmente daqueles que me acenam para continuar, seguir caminho sem ter que me resguardar por detrás de justificativas impostas por uma sociedade doente.
Sabedoria é ser indiferente a tudo que nos reprime e que tenta perturbar o templo sagrado da nossa própria paz; é caro demais se deixar levar.
Dar ouvidos ao silêncio interior é ser sábio nos tempos onde as altercações rasas insistem em querer existir. E elas só nos atingem com permissão, com a nossa permissão.
A vida de quem quer que seja não nos diz respeito, a não ser quando torcemos pelo bem que as abrace, pela cura que as alcance, pelo amor que as liberte. O resto, que o destino as carregue para a felicidade.
Os únicos padrões de vida que me envolve é de deixar partir quem de mim não mais se apraz. A efemeridade das brisas são tornados que nos fazem adaptáveis a outras e tantas mais realidades que temos que passar e enfrentar.
Isto é o que nos faz sofrer e noutros instantes nos motiva. A dor e o prazer sempre andam de mãos dadas, ligados por vias tênues.
Cuidemos! Pois o prazer muitas vezes nos paralisa, porque quase sempre não queremos sair dele. Já a dor nos impele a mudar; ninguém quer ficar sob ela, sujeito ao sofrimento.
É isso que eu sinto: essa fascinação pela vida, das constantes mudanças e da velocidade dos tempos, exigindo que vivamos sem interferências alheias, obsoletas, cruéis e insanas de mentes humanas, que nos provocam e tentam-nos esmorecer. Fecho a porta!
Cuidemos! Porque a vida corre nas nossas veias e na inquietação das horas: cada pôr do sol, uma arte; cada anoitecer, uma escultura; cada amanhecer, a consagração da essência poética de Deus sobre nós.
Que os padrões sejam apenas de contemplação por um mundo cada vez melhor, dentro e fora da gente.
Cuidemos! Já que falar de vida não é viver, já que falar de amor não é amar, já que falar do bem não é fazer o bem. Calemos, então, ante a voz que pede sossego, ante os atos que infringem a inércia omissa, ante as mudanças que constroem o novo.
Busquemos andar além da velocidade dos ventos, mas com a quietude dos sábios que modela o tempo. Porém, não nos esqueçamos, nunca e jamais, de que a vida tem pressa em ser.
Um vencedor sabe valorizar o silêncio, ele sabe, o quanto é necessário ouvir e silenciar, diante da sabedoria de Deus.
Se você está sempre presente lá no futuro, como vai viver esse futuro quando ele for o seu presente?
Assim como tem o que compra, tem o que vende. Relações exigem os dois lados e têm posições claras. Não as atropele.
Algumas vezes, é bom desconfiar da própria intuição para evitar o autoengano. Confiar cegamente na própria intuição é um largo passo para tornar-se um fanático.
Uma verdade apenas pode ser considerada irrefutável, após todos os métodos para desmenti-la falharem.
O que penso que sei sobre você tem muito mais a ver comigo que com você. Demorei para perceber isso.
Deus respeita tanto o livre arbítrio que você somente receberá Dele aquilo que buscar em um relacionamento íntimo. Por essa razão, ao ter comunhão com Ele, aprenda com Sua sabedoria, amor e bondade para viver uma vida plena e próspera. Não desperdice seu tempo pedindo coisas fúteis e infrutíferas que não o edificarão.
As pessoas neste mundo parecem desconhecer a essência do amor.
Suas palavras de afeto são frequentemente desmentidas por suas atitudes. O amor que professam é seletivo, meritocrático, condicional, parcial e tão frio quanto sua indiferença à dor dos menos favorecidos.
Contemplam o belo e o sublime, mas desprezam o singelo, o simples e o desprovido de ostentação. Seu apreço não passa de sentimentos superficiais que privilegiam o nobre e ignoram o humilde.