Novembro azul
Meu amor vive em tons de azul
Olhos azuis, jazz e atitude
Quando ele chama, chama por mim
E não por você
Ele vive para o amor, ama suas drogas
Ama sua garota também
Mas não posso consertá-lo, não posso fazê-lo melhor
E não posso fazer nada sobre seu temperamento estranho
Mas você é inconsertável
Não posso intervir em seu mundo
Porque você vive em tons frios
Seu coração é inquebrável
Ele vive para o amor, para as mulheres também
Eu sou uma das muitas em sua tristeza
Ele reza por amor, reza por paz
E talvez por um novo alguém
Você está desmoronando, infelizmente
Você está tristemente desmoronando
Se o azul do céu escurecer
Se a alegria na terra, perecer
Não importa, querida
Viverei do nosso amor
Se tu és o sol dos dias meus
Se os meus beijos sempre foram teus
Não importa, querida
O amargor das dores desta vida
Um punhado de estrelas
No infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos
Risos, crenças e castigos
Quero apenas te adorar
Se o destino, então, nos separar
Se distante a morte te encontrar
Não importa, querida
Porque eu morrerei também
Quando, enfim, a vida terminar
E de um sonho nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará no céu te encontrar.
Se você fosse...
Se você fosse uma luz, seria a do Sol.
Se você fosse uma cor, seria o Azul.
Se você fosse um quadro, seria Monalisa.
Se você fosse uma música, seria de Chico.
Se você fosse uma voz, seria de Elis.
Se você fosse um poema, seria de Neruda.
Se você fosse minha, seria Feliz!
Vermelha de vergonha
Roxa de raiva
Azul de fome
Branca de susto
Hoje so deu isso na minha cartela de cores
Talvez amanha pinte algum amor.
TODO AZUL DO MAR
Foi assim
Como ver o mar
A primeira vez
Que meus olhos
Se viram no seu olhar...
Não tive a intenção
De me apaixonar
Mera distração e já era
Momento de se gostar...
Quando eu dei por mim
Nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu
Dentro do seu olhar...
Quando eu mergulhei
No azul do mar
Sabia que era amor
E vinha prá ficar...
Daria prá pintar
Todo azul do céu
Dava prá encher o universo
Da vida que eu quis prá mim...
Tudo que eu fiz
Foi me confessar
Escravo do seu amor
Livre prá amar...
Quando eu mergulhei
Fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul
De todo azul do mar...
Foi assim
Como ver o mar
Foi a primeira vez
Que eu vi o mar
Todo azul
Todo azul do mar...
Daria prá beber
Todo azul do mar
Foi quando mergulhei
No azul do mar...
A ESTRELA AZUL
Era uma vez uma estrelinha muito prosa,
toda orgulhosa,
no céu instalada;
até que um dia,
talvez por castigo,
um astro,
fingindo-se amigo,
roubou-lhe uma ponta dourada.
Cheia de revolta,
batendo as mãozinhas,
‘’pelo desaforo! (dizia a chorar)
uma estrela que perde uma ponta
não é mais estrela,
não vou mais brilhar.’’
E a pobre estrelinha,
assim mutilada,
tornou-se problema na constelação;
antipática,
só pensando em si,
como se o mundo
desabasse ali
ao peso de sua humilhação.
‘’Ninguém gosta de mim (gemia a pobre),
só porque perdi minha ponta dourada.’’
E, enxugando uma lágrima comprida,
a estrelinha,
infeliz da vida,
tornou-se resmungona e mal-educada.
Oh! Era uma catástrofe no universo,
uma tristeza na constelação!
Tudo foi tentado,
nenhum resultado,
até chegar a estrela da Conformação.
Esta velha estrela
era mui sensata
e à estrelinha
ela aconselhou:
– Ainda és estrela,
pois tens quatro pontas,
torna bem brilhantes
as que Deus te deixou.
E a estrelinha
pôs-se a trabalhar
ingentemente,
em busca de luz;
só pensando
em ser útil e bela
(que este é o destino de uma estrela).
Ela esqueceu a sua própria cruz.
E nem notou
que sua cor mudara
para um azul brilhante e sem igual:
uma cor linda,
cheia de esperança,
alegre como um riso de criança,
bela como uma estrela de Natal.
E a estrelinha que fora problema,
drama,
tragédia na constelação,
passou a ser motivo
de alegria,
uma bênção de Deus
em cada coração.
Amo quando tão doce me olha seus olhos azuis,
Um Azul sem nuvens, sem ondas, límpido, aberto, calmo e totalmente entregue.
Assim mergulho em você, através dos seus tão doces Olhos Azuis.
As vezes apenas tenho vontade de sair voando e sumir nesse lindo azul de céu sem fim!(Pedaço da musica Ciel Errant - Alcest)
ORAÇÃO PELA TERRA
Agradecemos-te Senhor,
Pelo nosso pequenino planeta terra
Que tu fizeste azul para espelhar o céu,
Pela energia viva que dele emana
E pelas primaveras que, deveras,
Veraneiam os invernos de nossos outonos.
Entristecemo-nos Senhor,
Pela fumaça profana que faz arder este santuário
Pela crueldade fétida impingida aos rios e oceanos,
E pelos desertos áridos tornados terras malditas.
Ajuda-nos Senhor,
Em nome do arco-da-íris do nosso olhar,
Em nome dos animais que ainda pastam solenemente,
E em nome da nuvem que navega no vento,
A trabalhar como irmãos do Sol e da Lua
Para que toda a natureza volte a ser o rosto risonho de Deus.
E assim,
Quando voltarmos um dia para o seio da mãe-terra,
Pois de lá viemos e para lá retornaremos,
Possamos nós ter deixadas vivas a esperança e a saudade
De quem buscou constantemente o novo céu e a nova terra.
Não se vá com a chuva
Lembro-me bem da primeira vez que a vi. Estava com um vestido azul florido. Com os cabelos escuros soltos sendo levemente bagunçados pelo vento, e suavemente molhados pela garoa. Andava apressada, acredito que não pelo fato de estar chovendo, pois não me parecia incomodada com os chuviscos. Repentinamente virou-se para o lado esquerdo encontrando meus olhos tão fixamente postos sobre ela. Nossos olhares se cruzaram por instantes que duraram uma vida, acredito que não só para mim. Vagarosamente caminhou em minha direção, sem ao menos desviar o olhar adentrou no restaurante em que me encontrava.Não pude conter-me ao vê-la, senti um sorriso moldar-se em meus lábios finos da forma mais convidativa possível. Ela veio sentar-se comigo. Conversamos durante alguns minutos, ou horas, não sei, o tempo era a última coisa que me vinha à cabeça. Eu estava feliz, não sei o porquê, mas eu estava feliz. Não sei se era o fato de estar ali conversando com alguém que acabara de conhecer, e que de alguma forma fazia-me sentir como conhecidos de longa data. Ou por simplesmente estar apaixonado por esse alguém. Não importava. Eu senti como se a felicidade pulsasse por minhas veias. Era algo mágico. Não conseguindo me controlar mais, fui me aproximando cada vez mais de seu rosto, delicadamente prendi a mecha de cabelo que escondia parcialmente seu rosto atrás da orelha, me aproximei um pouco mais e, desisti.
Aqueles olhos castanhos eram praticamente ilegíveis, não conseguia saber se me convidavam ir mais além ou se me repreendiam. Voltei ao meu lugar inicial, e foi à vez dela, esta não se preocupou em ir pausadamente , diferentemente de mim, ela o fez depressa. Nossos lábios se tocaram e se encaixaram perfeitamente. Foi nesse exato momento em que pude desvendar o enigma. Eu não estava apaixonado, não mesmo. Eu estava amando, da forma mais insana e imprevisível, eu estava amando. Ela afastou-se. E consultou o relógio de pulso, dizendo:
- Eu tenho que ir. Estou atrasada para um compromisso.
Ela levantou-se e virou em direção a saída. Vendo isso, a segurei pelo braço e disse:
- Espera. Ao menos me dê seu telefone, por favor.
Ela me ignorou. Andou em direção a porta sem nada dizer. Num impulso andei atrás dela. Correndo, ela cruzou a porta do restaurante e esta se fechou num estrondo. Quando saí já não chovia mais e não restava mais nada, nem um rastro, nada, a chuva se fora e a levara junto. Olhei para todos os lados em busca dela, nenhum sinal, nada. Abatido, entrei em meu carro e dirigi até o trabalho. Durante algumas noites tive pesadelos. Sonhava que em um momento a tinha em meus braços e no outro ela simplesmente desaparecia.
Mas não resolvi contar essa história para desiludir aqueles que sonham com o para sempre, amor à primeira vista ou coisa assim, mas simplesmente por que hoje eu a vi. Lembrei-me do primeiro dia. Ela avançada pelas ruas, deixando que o vento bagunçasse levemente seus cabelos escuros. Mas a diferença foi que dessa vez ela não andava depressa, e também estava acompanhada. Não podendo mais conter minhas lágrimas, chorei sem disfarçar. Por um instante senti o calor de seu olhar, jamais conseguirei saber se foi delírio meu. Mas por um instante em que a olhava revivi os momentos naquele restaurante, pude ouvir em minha mente o som repetitivo de seus sorrisos, pude sentir o calor de seus lábios novamente, vi todo o amor que em mim ainda não passou, mesmo depois de todos esses anos. Um dia acreditei em para sempre, em amor à primeira vista, mas tive a infelicidade de perdê-lo no mesmo dia.
Você era vermelho e gostava de mim porque eu era azul
Você me tocou e de repente eu era um céu lilás
Então você decidiu que roxo apenas não era para você
Pintar o céu de azul, a natureza de verde, o sol de amarelo, é fácil. Quero ver é pintar a dor de um povo, o grito de liberdade, a luta do oprimido pela sobrevivência.
Viver É Ter Você Pra Mim
Toda vez que o sol esconde a tarde
E a lua sede o azul do céu
Você chega assim meu bem se me avisar
Toca meu coração, e reacende em mim
Toda a emoção de amar que um grande amor nos faz
viver
Simplismente sinto neste instante
Que te quero tanto e te preciso
E quando penso então em ter você aqui
Chora meu coração, porque você não quis voltar pra
mim
O amor é mesmo assim
Nem sempre traz felicidade
Quandoi dói, dói pra valer e a gente perde a ilusão
Mas quando vem faz tanto bem
Liberta sonhos e paixão
Porque você não vem, volta amor
Me deixa ser feliz, pra sempre com você
Viver é ter você pra mim
Porque você não traz o sol
E faz amanhecer, acende o azul do céu
Pra nunca mais ter que dizer adeus
Porque você não vem pra mim
Só sei amar você
Faz alguém feliz assim
Traz você pra mim amor.
TREM AZUL
Acordei numa viagem
Possuía passagem...bagagem
E mesmo sem entender
Fazia parte da "viagem"...
Existe uma meta
Que não é traçada com a reta
Seguimos mesmo sem entender
Até onde ela ira e para onde nos levará
Viajamos num "trem azul"
Sem saber se irá pro norte ou pro sul
Se chegaremos em Istambul ou mesmo sem razão
A qualquer um dos "SÃO" não se sabe a direção...
Existe uma força maior
Que nos faz sentir menor
É uma complexa questão
Que se desconhece a razão...
Vive-se no Sul... faz-se sem sorte no Norte
É preciso ter cuidado com a peste que sobrevive no Leste
E o oeste com certeza poderá acabar em pobreza
Tudo é vivido... mas tudo é incerteza...
Mas o trem azul não para... não pode parar
Não importa onde vai chegar... o destino é obscuro
O perecer é sem saber o que irá acontecer
Pode ser que tudo ira acabar... que nada restará...
O trem azul segue viagem
Até não precisar mais de minha bagagem
E mesmo que lutar, dele não se consegue escapar
É necessário no trem azul viajar...
E quem dera os sonhos meus
Eu vá encontrar Deus
Que poderá me explicar, porque no trem azul
ELE me determinou viajar!
Se perdeu no verde e se encontrou no azul do céu, uma centelha de luz brilhou nos olhos realçando-lhes a cor castanho esverdeados. Os fechou e ergueu os braços em rodopios até cair na relva como um manto a lhe agasalhar, e permaneceu assim, estirada ao chão, num silêncio contemplativo por longas horas até que o pensamento serelepe voou por lugares diversos.