Jean la bruyère

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Quando se sofre, julga-se que para lá do círculo existe a felicidade; quando não se sofre, sabe-se que a felicidade não existe e sofre-se, então, por não sofrer.

A verdade no fundo é que você sempre sabe a coisa certa a fazer. A parte difícil é fazê-la.

De nada vale possuir uma coisa sem desfrutá-la.

lá embaixo
vai ter
o que eu acho

Mais vale sonharmos a nossa vida do que vivê-la, embora vivê-la seja também sonhar.

Conhecer bem uma pessoa é tê-la amado e odiado.

O que torna a dor do ciúme tão aguda é que a vaidade não pode ajudar-nos a suportá-la.

Cada um deixa a vida como se tivesse acabado de começá-la.

A poesia não voltará a ritmar a ação; ela passará a antecipá-la.

O nosso direito de consumir felicidade sem produzi-la não é maior do que o de consumir riquezas sem produzi-las.

Os governos impõem a justiça, mas poderiam impô-la se não a tivessem primeiro violado para fundar o seu reino?

A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.

Fernando Birri
GALEANO, Eduardo. As palavras andantes. Porto Alegre: L&PM, 1994.

Minha Boêmia
(Fantasia)

Lá ia eu, de mãos nos bolsos descosidos;
Meu paletó também tornava-se ideal;
Sob o céu, Musa! Eu fui teu súdito leal;
Puxa vida! A sonhar amores destemidos!

O meu único par de calças tinha furos.
- Pequeno Polegar do sonho ao meu redor
Rimas espalho. Albergo-me à Ursa Maior.
- Os meus astros nos céus rangem frêmitos puros.

Sentado, eu os ouvia, à beira do caminho,
Nas noites de setembro, onde senti tal vinho
O orvalho a rorejar-me as fronte em comoção;

Onde, rimando em meio à imensidões fantásticas,
Eu tomava, qual lira, as botinas elásticas
E tangia um dos pés junto ao meu coração!

Nessa encruzilhada do desejo e da necessidade, não deixes nada: não voltarás lá nunca mais.

É preciso que alguma coisa seja feita para que confessemos ter pensado em fazê-la.

A sabedoria tem os seus excessos e não é menos necessário moderá-la do que à loucura.

Como é fecunda a mais pequena propriedade, quando se sabe cultivá-la bem.

Todo aquele que conseguir a alegria deve partilhá-la.

A maior das homenagens que podemos prestar à verdade é utilizá-la.

Ninguém pode conceber tão bem uma coisa e fazê-la sua, quando a aprende de um outro, em vez de a inventar ele próprio.