Jean la bruyère
SONETO DE PERDÃO
Meu amor, peço-te: não fiques triste
Se algum mal, porventura, te fizer
Pois nosso sentimento me persiste
E perdurará haja o que houver
Meu amor, vem cá: dê-me tua mão
Pensa: se o mal que foi-te cometido
Foi, por mim, feito a ti despercebido
Não sou, por fim, digno do teu perdão?
Quem ama sabe, sim, que sofre e morre
Sabe também que vive à redenção
Assim que vive, e morre, quem se entrega
Se nada vale a vida que decorre
Sem teu perdão, (oh!, dor que me carrega)
Diz-me, então: de que vale amar em vão?
Saudade
Dizem que o vazio
É algo sem preenchimento.
Discordo,
Pois a saudade
É um vazio que nos preenche.
Ponto de encontro
Só te vejo em meus sonhos
É por isso que,
A todo instante,
Fecho meus olhos
Pois sei que,
Entre um sonho ou outro,
Ainda verei teu rosto
Sonhador
Já é hora de dormir
E eu deveria estar deitado
Mas não sei se sonho mais
Quando durmo
Ou quando estou acordado
Olhos claros
Ela tem
Os olhos claros
Mas nada rasos
Olhar profundo
É pequena
Porém, maior
Que este
Grande mundo
Febre
Se fosse uma doença
(Supondo que não seja)
O principal sintoma do amor
Seria a febre:
Aquece por fora
Esfria por dentro
Causa dor
No corpo e de cabeça
Dor que eu aguento
Até me contento
Mas há quem se queime
E quem nem se aqueça
O desenvolvimento, nunca virá ao nosso encontro a não ser que cada um de nós tome iniciativa de ir ao seu encontro e busca-lo.
0 que o homem perde pelo contrato social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo que o tenta e pode alcançar; o que ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.
Todo povo que, por sua posição, se acha na
alternativa entre o comércio ou a guerra, é em si mesmo débil.
Os usurpadores conduzem ou escolhem sempre esses tempos de perturbações para fazerem passar, graças ao espanto público, leis destruidoras que o povo não adotaria jamais em situação normal. A escolha do momento da instituição é um dos caracteres mais seguros pelos quais se pode distinguir a obra do legislador da obra do tirano.