O que te move

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Eu declamo o arrebol,
os montes, vales, montanhas...
Eu declamo as tamanhas
alegrias de um dia de sol.
Faço da rima um anzol,
pra pescar conhecimento.
Sou um nordestino isento
do que não traz harmonia.
E quem mal me avalia
é folha seca ao vento...

Haverá dias em que você será um sopro de vento tentando mover montanhas.
E encontrará olhares que não compreendem, corações que se fecham, mentes presas a padrões tão rígidos que parecem feitos de pedra.
Haverá quem se irrite com o novo, quem tema o desconhecido,
quem veja ameaça onde existe apenas convite.


Mas não se engane: o conflito não é sinal de erro, é sinal de movimento.
Toda transformação incomoda.
Toda luz cega, no início, aqueles que viveram tempo demais na sombra.
Apresentar um novo caminho é, inevitavelmente, confrontar velhas estruturas.
E a rigidez sempre resiste, porque teme se desfazer.


Evoluir, porém, é um chamado da alma.
É recusar-se a viver repetindo velhos ciclos que adoecem o espírito.
É ter coragem de desaprender, de romper as correntes invisíveis,
de abrir espaço para o que ainda não existe.


Você não veio ao mundo para caber nos moldes antigos.
Veio para criar caminhos onde antes só havia muros.
Veio para tocar consciências, mesmo quando isso gera ruído,
mesmo quando isso gera desconforto.


Pois o verdadeiro crescimento não é linear,
não é suave, não é sempre aceito.
Ele exige coragem para lidar com a rejeição,
paciência para enfrentar resistências
e fé para permanecer quando tudo pede que você desista.


Lembre-se: a água só encontra o mar porque ousa fluir,
mesmo quando pedras tentam barrar o seu caminho.
Evoluir é isso — não lutar contra a resistência,
mas continuar indo,
com leveza, com verdade,
sabendo que o seu movimento inspira outros a despertarem também.


No fim, quem se abre para o novo expande a própria existência.
Quem escolhe fluir encontra a si mesmo.
E quem se permite evoluir descobre que o infinito sempre esteve dentro de si.


Com amor ♥︎

O saber é leve, mas sustenta montanhas.

“Esqueço um pouco as montanhas. Fico de frente para o mar. A vista me traz o sorriso que busco.”

POBRES MONTANHAS DE FRIBURGO

São 09:40 da manhã de uma sexta-feira de agosto, as enfermeiras vão fazer uma limpeza geral no corpo da minha mãe e pedem que eu me retire. Havia apenas 5 minutos que eu havia chegado.
Aviso que estou do lado de fora e saio lentamente enquanto ela me olha desejando a minha permanência. É o quarto mais visitado do 6° andar do Hospital de Friburgo, na Suíça, onde o câncer de pulmão disputa força com as medicações e as orações.

Sigo no corredor até o elevador e o olhar de minha mãe penetra o meu íntimo. Vou respirar um pouco no 9° andar onde há uma grande cobertura de onde se pode ver boa parte da cidade. O sol da manhã está agradável e o verde da Suíça vence o belo desafio de engolir as insistentes nuvens de neblina que querem avisar que o inverno se aproxima.

E lá, numa daquelas mesas altas, cujas cadeiras só permitem que o seu pé toque o solo se você se inclinar um pouco para frente, estava a cena que me paralisou.
Com os dois pés apoiados nas barras laterais daquele banco alto, o braço esquerdo totalmente apoiado sobre a mesa, onde o óculos havia sido colocado com as lentes viradas para baixo; um homem está de olhos fechados, correndo o risco de perder o apoio do seu braço e bater a cabeça no chão.

Aquilo substituiu o olhar da minha mãe e a bela paisagem campestre das montanhas de Friburgo. Poucas pessoas sabem, mas eu sei imitar perfeitamente o latido do cachorro, os sons do galo, da galinha e de outros animais; pensei em usar uma dessas peripécias para assustá-lo, mas desisti quando vi mais profundamente a cena.

Era um sono solitário, era cansaço, dor e frustração que vinham à tona naquele rosto sofrido. Parei em uma posição que desse tempo para eu me lançar rapidamente e apoiá-lo, caso ele perdesse o equilíbrio. O sol ainda aqueceu a sua pele por alguns minutos e, num desses balanços que a cabeça faz quando se cochila, ele acordou.
E ao me ver em frente a ele, sorriu e perguntou-me: "rapaz, você está parado aí faz quanto tempo?"
Eu devolvi o riso, pedi a sua bênção e o convidei para tomar um café.

Sou o seu primeiro filho, e ali, de olhos fechados, provavelmente pensando na situação da minha mãe, ele me deu mais uma aula de resiliência: sem usar palavras.
Eu só sei que a foto que eu queria tirar das montanhas, foi totalmente esquecida e a rede social não terá o privilégio de vê-la, mas o que eu vi, meus amigos, eu não consegui fotografar ou filmar, por isso, vim aqui tentar descrever.

Um homem, passa por coisas que você jamais consegue imaginar, porque em vez de chorar e falar, ele ri e tenta fortalecer.

A fé pode ser pequena, como um grão de mostarda, mas é nela que mora o poder de mover montanhas.Transforma impossíveis em milagres. Quem confia em Deus nunca caminha sozinho.

Naveguei pelos mares, andei pelas estradas, subi montanhas, nadei por rios e não consegui encontrar o que mais procurava, pois estava sempre perto de mim, a felicidade nas coisas simples.

Não é preciso subir montanhas distantes para tocar o sagrado. Basta estar inteiro onde os pés estão. A espiritualidade verdadeira começa quando paramos de fugir do momento presente. Hoje, ao invés de correr, pousa. Observa. Sente. Tudo que buscas pode estar exatamente aqui — dentro de ti.

A Parábola dos Viajores da Luz

Diz-se que, em um vasto vale cercado por montanhas antigas, existiam muitos caminhos que subiam rumo ao mesmo cume luminoso. Cada trilha tinha seus marcos, seus sinais, seus modos de caminhar. Algumas eram mais íngremes, outras mais suaves; algumas possuíam pontes de pedra, outras madeira; algumas traziam músicas, outras silêncio.

Os viajores que seguiam por essas trilhas acreditavam que buscavam coisas diferentes, pois seus passos eram guiados por ritos distintos. Mas todos tinham algo em comum: carregavam uma pequena lanterna acesa.

Certo dia, um jovem viajante, confuso ao ver tantas rotas, perguntou a um velho mestre que descansava à beira da estrada:

Mestre, qual desses caminhos é o verdadeiro? Qual trilha leva de fato ao alto da montanha?

O velho sorriu, levantou-se com calma e disse:

Nenhuma trilha é falsa, e nenhuma é a única. O que importa não é o desenho do caminho, mas a direção da tua lanterna. Todos que caminham com sinceridade sob a mesma Luz chegarão ao mesmo cume.

O jovem ficou pensativo, e o mestre continuou:

Cada trilha foi aberta para ensinar de um modo, para fortalecer de outro, para tocar o coração de diferentes viajores. A diversidade dos caminhos não confunde: enriquece. Pois enquanto um aprende pelo canto, outro aprende pelo silêncio; enquanto um cresce pela disciplina, outro floresce pela liberdade. Mas todos se elevam.

E como saberei se me tornei um verdadeiro viajante? perguntou o jovem.

O mestre então apontou para os demais viajores que subiam por trilhas diversas, todos com suas lanternas acesas.

Saberás que és verdadeiro quando não olhares para tua trilha como a única, mas reconheceres na chama que ilumina os outros a mesma Luz que arde em ti. Porque somos todos viajores da mesma jornada, construtores da mesma cidade interior e servidores da mesma Luz que nos guia.**

E assim o jovem compreendeu que a grande montanha não exigia uniformidade, mas sinceridade; não pedia um só rito, mas um só propósito; não buscava passos iguais, mas corações despertos.

E continuou sua subida, agora não para provar que seu caminho era o melhor, mas para aprender com todos que caminhavam rumo ao alto.

John Presley Costa Santos

Se espelhe apenas nos bons professores.
E você conseguirá escalar todas as montanhas necessárias para alcançar o sucesso em plenitude. Bons mestres são como segundos pais aos alunos e são o motivo de inspiração que faz "reles" estudantes se tornarem profissionais e docentes de excelência.

⁠Vejo montanhas
Sim, eu vejo montanhas
As nuvens são belas demais
Tão jovem, tão pura, tão gentil, tão doce, tão plena, tão cedo
Agora tudo é começo
Mas você quem diz se é infinito
A vida vai e vem
Você vem e vai
Agora já é outro dia
Já é mais uma lua
E o mar não está calmo
Mas você precisa estar
Seja luz, seja amor, sempre que for e para onde for.
Chove.

Satisfiz meu devaneio 
Em teu colo, eu sentei 
Cavalgando entre montanhas
Na profundidade, senti o teu falo 
Nos teus olhos estava o mar.

A vida é feita de montanhas e vales. E é nos vales, nos momentos mais desafiadores, que somos moldados, fortalecidos e preparados para alcançar os picos com mais sabedoria. Deus está no processo tanto quanto no destino.
Já passou por um 'vale' que, hoje, você vê como preparação

Sem dúvida  a fé  é necessária,  mas o que  remove as montanhas é  a palavra.⁠

⁠“Existem novas montanhas e paisagens que só surgirão quando você escalar o primeiro monte” (Ril) 

Meu Moçambique, hoodoo sagrado,
Terra de rios que murmuram segredos,
Montanhas com ossos de reis antigos,
E veias cheias de ouro, promessas e luto.
Teus olhos brilham — não de esperança —
Mas quando te vendem por trocados,
Trocando terra por silêncio,
Minas por memórias apagadas,
Heranças por contratos estrangeiros.
Ó meu belo Moçambique… tão roubado, tão calado.




Ó Moçambique de tambores calados,
Povo sem cultura, disseram —
Pois ensinaram-te a temer teus deuses,
A negar teus sonhos, teus espíritos.
Chamaram profetas de bruxos,
Chamaram sabedoria de maldição.
E tu, em silêncio, aceitaste:
O sagrado virou pecado,
O curandeiro virou ameaça,
E a alma se escondeu na sombra.




Há grilhões que não se veem,
Mas ainda arrastam teu corpo.
Escravidão não é só corrente,
É esquecer teu próprio nome.
Não serás livre enquanto negares
O dom de andar entre dois mundos,
De falar com os ventos,
De entender o tempo pelo tambor.
Moçambique, não florescerás
Enquanto ajoelhares para um Deus imposto
E um Jesus que te foi reescrito.




Hoodoo, Belo Moçambique,
De incensos e raízes,
De chuva e palavra viva.
Renasce entre os teus,
Grita com tua voz inteira,
Ergue tua sombra e tua luz.
Meu Belo Moçambique…
Desperta.

Há um engano recorrente: acreditar que as próprias dores são montanhas enquanto as dores alheias não passam de colinas. Trata-se de ilusão forjada pelo claustro da mente, que amplia o que arde por dentro e minimiza o incêndio do outro. Cada ser caminha carregando cataclismos invisíveis, e nenhum sofrimento é pequeno para quem o atravessa. Quando essa verdade finalmente se impõe, nasce uma humildade funda: percebe-se que ninguém é o centro da tragédia universal — apenas parte de um coro silencioso que tenta, a seu modo, sobreviver ao labirinto.

Aprendi que a fé não remove montanhas, ela ensina a escalar.

Cultivar a Pátria Brasileira
onde leio e me enlevo
"Sobre a linha das montanhas do Brasil"
de Villa-Lobos,
Assumo ser parte do que levo
da "Aquarela do Brasil"de Ary Barroso,
e a fusão de Samba com batidão do morro.


Ter a honra altaneira das regiões,
dos sinais do tempo que corre nas veias,
E do pertencimento por tudo
aquilo que une e reconhecemos
no trote e no galope que enleia
levando a herança viva campeira.


Não basta querer, e nem sempre ser,
com toda a gente é preciso conviver,
Como quem ainda se senta na praia
para cantar canções de outra e é rendeira,
Que assume que o seu rebolo poético
é a minha magnífica Cultura Brasileira.

Protegida pela companhia 
da Lua Cheia que aguarda
diante das montanhas
o cortejo das Plêiades 
no Hemisfério Austral,
traço por nós o sideral.


Na cávea floral e mansa 
que todos dizem ser utopia,
e que resguarda só para ti
mais de mil e uma noites
sem nenhuma pressa,
e o quê realmente interessa.


Prevejo que um só leito 
para nós dois não bastará,
por precisarmos de hectares 
íntimos para nos espalhar 
por todos nossos lugares
de mistérios e néctares,
que só os beijos hão de falar.


Os teus olhares de Via Láctea
a minha pele nívea encantará, 
e minha liberdade que é a tua,
ou melhor - nossa - encontrará 
finalmente o abrigo divino
sob os sutis Jequitibás-brancos.


Exatamente ali onde os destinos 
dos rios da história convergem
reverenciam e se beijam,
diante dos amores que juntos 
inequívocos ali se encontraram,
e com o inevitável celebraram,
estaremos entregues ao nosso
que pelas estrelas tem sido escrito.