Jean la bruyère

Ousarei expor aqui a mais importante, a maior, a mais útil regra de toda a educação? É não ganhar tempo, mas perdê-lo.

Ninguém quer o bem público que não está de acordo com o seu.

Visto que o fundamento da propriedade é a utilidade, onde não houver utilidade possível não pode existir propriedade.

A beleza é uma contradição velada.

Nunca se conseguirá ser sábio se primeiro não se foi traquinas.

Aos dezesseis anos, o adolescente sabe o que é sofrer porque ele próprio já experimentou o sofrimento, mas ele não percebe ainda que outros seres também sofrem.

Sejamos bons e depois seremos felizes. Ninguém recebe o prêmio sem primeiro fazer por isso.

Devemos corar por havermos cometido uma falta, e não por a reparar.

A violência faz-se passar sempre por uma contra-violência, quer dizer, por uma resposta à violência alheia.

Falamos na nossa própria língua e escrevemos numa língua estrangeira.

Quem cora já está culpado; a verdadeira inocência não tem vergonha de nada.

O homem tem de poder escolher a vida em todas as circunstâncias.

Bastará nunca sermos injustos para estarmos sempre inocentes?

Todos os homens são úteis à humanidade pelo simples fato de existirem.

É demasiado difícil pensar com nobreza quando pensamos apenas em ganhar a vida.

Odeio os livros; ensinam apenas a falar daquilo que não se sabe.

As nossas paixões são os principais instrumentos da nossa conservação.

O único hábito que se deve permitir a uma criança é o de não adquirir nenhum.

São a força e a liberdade que fazem os homens virtuosos. A fraqueza e a escravidão nunca fizeram nada além de pessoas más.

O homem tem de se inventar todos os dias.