Jean la bruyère
A vida é belíssima, mas não e tão simples vivê-la. Às vezes, ela se parece com um imenso jardim. De repente, a paisagem muda e ela se apresenta árida como um deserto ou íngreme como as montanhas. Independentemente dos penhascos que temos de escalar, cada ser humano possui uma força incrível. E muitos desconhecem que a possuem.
Quando quiserdes encontrar teus ancestrais, procura primeiro em teu sangue. Lá estará, refletido no espelho de tua alma, todos aqueles que a ti precedem.
Gosto de tomates. Resolvi plantar uns tomateiros lá em Pocinhas do Rio Verde (MG). Amadureceu o primeiro tomate, todo vermelho, com exceção de um pontinho preto na casca. Nem liguei para o ponto preto. Colhi o tomate e me preparei para comê-lo. Dei a primeira dentada e cuspi. O que havia dentro dele era um verme branco, grande, enrugado, gordo por haver comido toda a polpa do tomate.
Foi essa a imagem que me veio à memória quando me preparava para falar sobre o mais terrível de todos os demônios. Ninguém suspeita. Ele vai comendo por dentro as coisas boas que crescem no nosso quintal. Eu sempre digo: demônios fazem ninhos no corpo. Cada um tem sua preferência. Neste caso a que me refiro, o demônio faz seu ninho nos olhos. E ele não gosta de coisas ruins e feias. Como o verme, ele prefere os tomates. Gosta de coisas bonitas. E o resultado é que, quando uma coisa bonita que cresce no nosso quintal (note bem: o demônio só faz sua obra no nosso quintal) é tocada pelo olho onde mora o verme ela imediatamente murcha, apodrece, cai. E aí vêm as moscas.
O demônio que se aloja nos olhos se chama inveja. Inveja vem do latim invidere que, segundo o dicionário Webster, quer dizer "olhar pelos cantos dos olhos". Inveja não olha de frente. Quem olha de frente tem prazer no que vê. Quem olha de lado olha com olho mau.
Olho mau, olho gordo: muita gente tem medo desse olhar. Não precisa. O verme da inveja nunca faz nada com os tomates da horta alheia. Ele só como os tomates da horta da gente.
Explico. Fernando Pessoa diz que a inveja "dá movimento aos olhos". Olho de inveja não olha numa direção só. Lembre-se do que eu disse: que o olho onde se aninha o verme da inveja só gosta de ver coisas bonitas. Então é assim que acontece. Eu tenho um belo tomate crescendo no meu quintal. É certo que não há vermes dentro dele. Vai dar uma deliciosa salada. Mas antes, vou mostrar o meu tomate para meu vizinho... Um pouco de exibicionismo faz bem para o ego. Mas aí eu olho para o quintal do vizinho. Ele também cultiva tomates. Vejo o tomate que cresce no tomateiro dele. Lindo! Vermelhíssimo, mais bonito que o meu. É nesta hora que o verme entra no meu olho. Meus olhos se movimentam. Voltam-se para o meu tomate que era minha alegria e orgulho. Já não é mais. Vejo-o agora mirrado, pequeno murcho. E ele corresponde: apodrece repentinamente e cai... Perdi o prazer da minha salada.
Esse movimento dos olhos é a maldição da comparação. Quando eu comparo o meu 'bom-bom-mesmo-mais-que-suficiente-para-me-fazer-feliz" com o "bom" maior do outro, fico infeliz. E o que antes me dava felicidade passa a me dar infelicidade. Com a comparação tem início a infelicidade humana. Isso acontece com tudo. Comparo minha casa, meu carro, minhas roupas, meu corpo, minha inteligência e até mesmo meu filho.
Frequentemente os filhos são vítimas no jogo de inveja dos seus pais. Aquele meu filho, que é a minha alegria, delícia de criança, com um jeitinho só dele e que me encanta... Mas o filho do vizinho tira notas mais altas que o meu, é campeão de natação, é mais forte, mais alto e não é gordinho... Então, meu olho se movimenta e o verme se aninha. E se dá o mesmo com meu tomate: apodrece.
* Rubem Alves é escritor, educador e psicanalista. Texto extraído da Revista Psique, maio de 2009
Sem saber o endereço de uma pessoa, é possível encontrá-la em São Paulo ou em Nova York. Talvez demore anos para achá-la. Mas como você encontra, em frações de segundos, as informações na "grande cidade da memória" sem saber seus endereços? E como as organiza para produzir milhares de ideias? Sua inteligência é um mistério.Encante-se com ela.
MINAS
Eu sou de lá das bandas das Minas Gerais
Das boas estórias, nossas, vou confessar
Terra do povo mineiro, bão, pra se admirar
Leite tirado na hora, roça, e seus arraiais
De volta à estrada das pedras, a retornar
Se daqui parti, voltar é bão, bão demais
Apreciar os planaltos e as estradas Reais
Pão de queijo, broas de milho pra assar
Tem, também, pamonhas e os milharais
Lavorando o cerrado, o caboclo a lavrar
É do Triângulo, donde são meus currais
Imenso céu, as lembranças, põe a sonhar
Araguari, cidade natal, e os velhos locais
É saudade passo a passo disputando olhar
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Redençao é uma coisa engraçada, às veses é preciso ir ao inferno pra alcança-la.
Às veses vale a pena viver pelo que vc morreria.
Há quem diga que, vingança é um prato que se come frio.
Vai lá! Te vinga!! Bobinha...
Daí, você se empolga e se lambusa...
Certo ou errado?! Bonito ou feio?!
Tenho minha opnião sobre, mas...
Quer saber, euzinha nem consigo me imaginar perdendo, meu precioso, tempo com comportamentos vingativos ...
O que é ruim se destrói sozinho!
Hoje é um belo dia para recomeçar. O primeiro passo é a disposição, então vamos lá levante-se dessa cama e comece a correr atrás do tempo perdido. Nunca é tarde para recomeçar, o fim só existe para aqueles que não conhecem o recomeço!🙏🙌🌞🌈
Nenhuma batalha se vence de forma antecipada, é preciso lutá-la, com toda força, coragem e sabedoria.
"ainda lembro de te ver lá parado,me esperando,e eu chegando,e a gente logo se abraçando...
do beijo...
do desejo...
É, ainda lembro de você, e o pior,é que já deveria ter esquecido"
Ainda lembro do som
Da chuva lá fora
E como quis
Me entender com você...
Mas o rancor foi quem falou
E eu fui embora
Você nem soube
O que eu ia dizer...
E nesse instante
O que lhe doeu mais
Foi pensar que eu nunca
Fosse voltar...
Eu disse:
Mas você não ouviu
Que não vim pra te perder
Não vim pra crer
Que possa haver você sem mim
Não pode ser
Não vim aqui pra saber
Que é fraca a minha fé
Eu vim aqui pela força do amor
Só por você
E fui rodando a longa estrada
Sem trégua
E quando eu quis retornar pra você
Fiquei sem pistas
Aumentou a pressa
Na chuva
Na luz do entardecer
Você distante
Esperando sempre
O momento em que eu voltasse ao final
Deixa esse momento ficar
Não foi um erro qualquer
Mas deve ser deixado pra trás
Perdemos o medo e sabemos porque
Não vim pra crer
Que possa haver você sem mim
Não pode ser
Não vim aqui pra saber
Que é fraca a minha fé
Eu vim aqui pela força do amor
Só por você
Um dia, você está lá na praça dando milho aos pombos.
No outro, os pombos te jogam milho.
E por fim, os milhos te jogam aos pombos...
Eu não farei falta aqui ou lá
No fim ninguém vai lembrar de mim
Do jeito que eu falo...
Do modo que fico quando estou braba
Ou de como canto alto dentro do ônibus
Ninguém sentira falta da minha presença...
Eu nunca fui essencial na vida de ninguém
Afinal eu não sou capaz de fazer alguém morrer de amores por mim
Ou morrer se eu morrer...
Ninguém sentira a falto do meu silencio naquelas manhas frias...
Das minhas loucuras, dos meus sorrisos ou olhares perdidos ninguém sentira falta...
Pois eu sempre fui aquela que morre de amores, que acredita em amizades verdadeiras
Mais ninguém usara meu nome como um bom exemplo e muito menos como mal
Ninguém sentira falta dos meus olhos castanhos comuns
Por que eu só sou uma louca
Alguém que veria e ajudaria alguma pessoa que precisasse mesmo que ela nada falasse...
Alguém ignorada pela vida e esquecida pela sociedade!
Faça uma oração para aqueles que estão lá em cima
Todo o ódio recebido
Transformou seu espírito em uma pomba,
Seu espírito se elevou
Eu fui destruído desde pequeno
Levando meu sofrimento pelas multidões
Escrevendo meus poemas para os poucos
Que me encaravam, me levavam, me sacudiram, me sentiram
Com um coração partido pela dor
Captando a mensagem que está em minhas veias
Recitando minha lição do cérebro
Vendo a beleza através da
Dor!
A lua está brilhando lá fora e eu sozinha aqui.Olhos fechados para fugir do vazio que me ronda e por um segundo volto no tempo, lembra quando acreditamos que para sempre existia? Não sei bem mais se os para sempre existem, mais sei que nos não chegamos lá,juramos nunca se afastar, mas olha no que deu.Você me deixou sozinha sentada em frente a janela do meu quarto, e fecho a cortina para não ver as estrelas, elas me lembram você e o nosso juramento.Juramos por cada estrela do céu que nosso amor era para sempre, numa noite muito estrelada você disse que juras feitas nunca poderiam ser quebradas,mas por que você não cumpriu? Para sempre, sempre tem fim ou os para sempre são só uma forma de deixar eternamente lembrada uma historia, talvez seja isso,eu que não entende o verdadeiro significado.Talvez eu deva procurar uma distração, quem sabe eu vou escrever,escreve sobre nos.Mas melhor não, definitivamente teria muitas história mais isso não seria bem uma distração e sim uma dor de reviver cada momento vivido com você com saudade.Talvez eu deva ir fazer culinária, é culinária! Vou aprender a fazer aquela receita que você tentou me ensinar mil vezes e eu nunca aprende,eu sempre tenho dificuldade em lembrar os ingredientes certos,por isso sempre coloco tudo que mais gosto e tento ver no vai dar,mas acho que não iria me distrair fazendo culinária, por que iria sempre lembrar de você me dizendo para colocar os ingredientes certos.Talvez eu deva ir viajar,mas lembrei da viagem que planejamos fazer, e acho que nem que mudasse o destino da viagem iria tirar da cabeça você,ficaria imaginando a nossa viagem como seria. Talvez tudo que eu faça me lembrar de você, e não tenho para onde fugir, pois onde eu for tem um pouco de você, até a moça do supermercado perguntou por você, todos sempre me pergunta de você e por que você não esta comigo, ninguém esta preparado para ver eu sem você e você sem mim,mas tenho certas duvidas de que não estou preparada para seguir em frente sem você, eu sempre tento me iludir que você esta no banho ou na cozinha fazendo aquele lanche que só você sabe fazer,e quando olho pro lado e não te encontro, meu chão sai de baixo dos meus pés.Talvez esteja na hora de te deixar ir, e tentar olhar para frente mas está tão difícil.
A lua esta brilhando lá fora e eu sozinha aqui.
E vai continuar sendo assim: Você lá, eu cá.
Sinceramente, essa relação de dúvidas está me consumindo aos poucos. Me dilacerando. Isso porque você sempre está voltando.
Quer ficar? Fique logo. Senão, vá embora.
É que aqueles que criticam a injustiça não a criticam por recearem praticá-la, mas por temerem sofrê-la.
“Sempre vou dormir tarde olhando as estrelas, sei que amanhã elas estarão lá, mas eu não sei se estarei aqui.”