Poems de natal
Tem dias brandos, quase tranquilos. Tem dias dolorosos que ardem, hoje está ardendo.
Eu, que uso as palavras para expulsar a dor, estou em silêncio. Não consigo o tom certo, a sílaba, não consigo alcançar o centro disso tudo e arrancar com minhas próprias mãos até sangrar, pois é sangrando que me curo, mas hoje pareço distante de mim mesma, eu não me alcanço. Então só por hoje estou em silêncio, amanhã eu reinicio.
No nome que não sei, encontro o tom certo do suspiro.
A precisão da boca que erra, sempre de propósito.
Nas minhas mãos, as suas que me tremem a alma de puro contentamento, seja do que for. Nos vão dos seios transpiro, espero, anseio... O que vem me tocar? Tudo isso me acompanha em sonhos, em pensamentos como aqueles que temos quando estamos no ônibus sozinhas ao lado de alguém que nunca vimos. A viagem é inevitável.
Há vida aqui dentro, que pulsa, exigente, curiosa de teus olhos, como será que você olha pra mim? Queria ver esse momento, do lado de fora, expectadora...Há vida (e tanta vida!) em você, no coração, palavras, na alma, em seus olhos.
Tenho amor, pressa e tanto mais para te dar! Porém suponho que nunca te entregarei "tudo" (tudo é demais! Imagina não faltar nada para desejar?).
Te dou minhas faltas, minha foto, nossa história inimaginável, surreal mas tão verdadeira quanto o pôr-do-sol.
Que seus olhos me sigam por onde eu for, que o meu vento sopre na direção desejada, contrariando as estatísticas. Que no final - começo de tudo - nossa bússola virgem oriente os nossos corações.
À você que me encanta.
Vivemos uma coisa sem nome, mas com tanta força que mesmo que tentemos sumir de "nós", a busca não é necessária. Só buscamos o que perdemos, digamos então que nada se perderá, pelo menos dentro da gente.
O que engorda não é o que você come entre o Natal e o Ano Novo, mas o que come entre o Ano Novo e o Natal.
Ver os nossos militares fazendo esse tipo de diferença na vida das pessoas... era assim que o Natal deveria ser.
Se duas pessoas se conhecem e têm essa conexão que nós tivemos, é natural pensar que devem ficar juntas, né?
– Quando a gente deu aquele beijo, o mundo desapareceu pra você?
– O mundo não. Meu universo inteiro.
Comecei a me perguntar: lá no fundo, o que é que eu quero? Nem sei direito, já que todos dizem como viver minha vida.
Às vezes não valorizamos as pessoas que vemos todo dia. Não damos importância. Não vemos que elas trazem luz para a nossa vida.