Brisas

Detesto esperar pelo que quer que seja.
Sei lá! Sinto o tempo a escapar-se-me por entre os dedos; é uma espécie de emergência em viver tudo, e, vivê-lo agora.
Porque há esperas intoleráveis; como esta que sinto por ti.
Vem! Não tardes, meu amor. Urge-me o tempo e a vida.
E eu não tenho tempo a perder!...

Há partilhas do passado que são escusadas.
Como aquelas que dizem respeito aos “ex”.
Se os citas ou comentas em demasia, corres o risco da tua relação ir ao fundo por excesso de passageiros.
Pensa nisso!

Dito assim, de repente:
Fazes-me falta.
Assim, sem mais.
O resto é preenchível e substituível.
Mas tu não!
Fazes-me falta... tanta!
It's what really matters... and nothing else.

Perder alguém que se ama não é nunca um incidente isolado.
Perde-se sempre algo mais - todos os dias, todas as horas -, na dor calada que grita e fere.
Pode até perder-se tudo, mas nunca a lembrança e a saudade, de um amor adormecido... num adeus para sempre.

Somos muitas, é verdade.
Tão diferentes; tão iguais; mas únicas!
Mas há aquela...
Ah!... Aquela que vem e te tira o chão.
Agarra-a. Não a deixes escapar!

Nas interpéries da vida.
Há sempre... saídas.
É o tempo namorando o vento.
Transformando páginas em brisas.

Não permitas que o silêncio te corroa a alma.
Permite-te só, e, nada mais do que... ser apenas feliz.