Briga com uma Amiga
Mas fique tão tranquilo — e humilde, e confiante — quanto possível. É só uma fase, só um estágio. Vai passar.
Mas agora, tantos anos depois, não saberia se tive mesmo vontade de chamar ali, ao meio-dia de uma tarde de Peixes, ou se repetiria depois baixinho, à noite, sozinho na cama, no mesmo quarto com o irmão mais velho, nessa noite ou em todas as outras depois dessa, à medida que o verão fosse indo embora e as noites todas se tornassem mais e mais frias, junho, julho, agosto adentro, enrolado em cobertores, vida afora repetindo volta, Beatriz, volta que eu cuido de ti e dou um jeito qualquer de tu ficares boa e então nós podemos ir embora para a África ou Oceania ou Eurásia ou qualquer outro lugar onde tu possas ficar completamente boa do meu lado e para sempre, volta que eu te cuido e não te deixo morrer nunca.
Não tem uma vez que eu esteja me sentindo a melhor pessoa em sonhar o impossível em cima de pequenas coisas, ou que eu esteja chorando desolada por pequenas decepções, que eu venha aqui e não comece a engolir o choro.
Hoje estou com uma moleza por dentro, uma coisa que não sei bem explicar como é, parece um imenso tapete de algodão embranquecendo tudo.
Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas.
Eu costumava ser uma alegria ambulante. Agora a festa terminou, os copos estão espalhados pelo chão, os pratos sujos, silêncio absoluto, ficou um vazio devorador de uma solidão impossível de ser contada.
Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona.
“Se a dor tiver que vir, que venha rápido. Porque tenho uma vida pela frente, e preciso usá-la da melhor maneira possível. Se ele tem que fazer alguma escolha, que faça logo. Então eu o espero. Ou o esqueço. Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber que decisão tomar é o pior dos sofrimentos. Durante anos eu lutara contra meu coração, porque tinha medo da tristeza, do sofrimento, do abandono. Sempre soubera que o verdadeiro amor estava acima de tudo isto, e que era melhor morrer do que deixar de amar. Mas achava que apenas os outros tinham coragem. E agora, neste momento, descobria que eu também era capaz. Mesmo que significasse partida, solidão, tristeza, o amor valia cada centavo do seu preço.”
Perdi vinte em vinte e nove amizades, por conta de uma pedra em minhas mãos e aos vinte e nove com retorno de saturno, decidi começar a viver.
Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: "cê tá boa?" Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa, é como perguntar a um peixe se ele sabe nadar. Desnecessário.
E a pessoa chega, te abraça, te dá um beijo discreto no rosto e de repente vira uma das pessoas mais importantes na sua vida. Se isso aconteceu com você valorize essa pessoa, porque ela pode ser o amor tão esperado por você, sua alma gêmea, seu melhor amigo, o que faria tudo por você, o que te liga pra te dar boa noite só porque ele sente a sua falta, a quem você vai confiar todos os seus segredos e seus sonhos. E é assim que as coisas boas acontecem. De repente. Pois é de repente que você encontra a pessoa, se apaixona e a felicidade te encontra.
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