Boa noite
E o que eu desejo para esta noite?
Quase nada!
Apenas um descanso tranquilo,
de paz e amor no coração das pessoas.
Noite fria com céu nublado,
À espera da chuva cair.
Sinto a brisa do meu lado.
Sinto por aqui o clima bom ir.
Estou ao seu lado aguardando o temporal,
As nuvens sobrecarregadas de água.
O portão coberto pela ferrugem,
Com calma aprecio o café matinal.
As folhas das árvores voam com o tempo.
Sou apreciado pelos seus sentimentos.
E, a chuva está caindo do lado de fora.
O cheiro da grama se espalha pelo local.
Pode ser que não há mais temporal.
O tempo ruim foi embora e o sol está lá fora.
A NOITE
Oh! jornada negra! O silêncio debruçado
Lá fora... um raio rasgando o céu, espia
A minha alma, teimosa, cheia de porfia
Fria, chuva que cai, molhando o cerrado
No horizonte desfalece a luz do fim do dia
No céu tenebrosa, a lua, e o quarto calado
E só, trevoso e largo, o trovão estardalhado
Troando a solidão da chuvosa noite vazia
Devassa... oh! jornada escura de loucura
Que estardalhaça no peito suspiro fundo
E excarcera o medo sem qualquer ternura
Pobre umbroso de arrelia, e moribundo
O sono, pávido e prostrado de amargura
A noite, chuvosa, faz-se lento o segundo.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 25 de outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A noite
Num quarto escuro
Penso em ligar
Penso que não
Lembro dos teu braços
Entrelaçados em mim
E teus lábios
Tocando os meus
O que me levar
A uma saudade sem fim.
Lembro do mais belo encontro
O encontro do teu olha no meu
A saudade apertou
E começo a pensar
Pensar que
Nós desgastados demais
Sem poder evitar.
Pensei em ligar
Me fugiu a coragem
Comecei a escrever
E fiz esse poema pra você
Mas tem um detalhe
Tu não chegaram a ler.
Sorrir é melhor que chorar! Quem disse? Se consolados por Deus, serão os que choram.
Prefiro de fato sorrir, mas tendo a ciência que meu choro durará apenas uma noite e minha alegria virá ao amanhecer.
Então escolho chorar e ser consolado por Ele. Minha verdadeira razão de viver.
As estrelas que vejo no céu são poucas comparado com a imensidão das galáxias, mas essas já iluminam minhas noites.
"O problema é que o vento da noite me faz lembrar seu cheiro, transforma meus sonhos em pesadelos, preenche de saudades o meu peito e minha calma em desespero...
Nessa noite eu finalmente entendi aquele velho com o olhar despreocupado. Foi num bar seco e sujo. As guitarras uivaram minha alma com doses de whisky. Quando saí de lá, deixei meu coração sobre a mesa de sinuca. Já não sentia frio, nem o caos subterrâneo da cidade me importava mais.
Tenho medo da noite, a escuridão deixa tão clara minhas imperfeições, o silêncio grita alto meus defeitos, todas as noites sou acusado, defendido e julgado por mim mesmo, minha sentença e punição é viver noite após noite consciente dos meus pecados.
Dia vem, noite vai... está acontecendo, estou morrendo, nesse vaivém. Quando sai, não durmo mais. Fico esperando... Coração me sufocando. Esse amor não é normal. Vive de dor. Nosso caso já está no jornal... Morreu de fato.
Especialistas disseram que iria chover. Meus olhos viram as nuvens encobrindo o Sol. Minha fé enxergou o Sol brilhando entre as nuvens!
Na verdade, eu gosto muito da chuva, mas às vezes eu preciso que ela dê uma trégua durante o dia e, então, venha cantar aquela canção de ninar a noite.
As noites passaram a ser lentas. Os minutos eram horas. Rolava na cama e suplicava que a manhã chegasse logo. Socava o travesseiro e me punia a cada golpe. Aos 26 conhecia a mais terrível tempestade que os meus próprios pensamentos me levavam. Gostaria de resignificar e colocar em ordem. Gostaria de calcular os tropeços e perdoar-me pelas faltas. Gostaria de tornar simples e explicar oq parecia atrapalhado. O reflexo no espelho mostrava a irritação, o ego a tornar-me pequena e o desespero contagiante. Era desesperador. Não adormecer na monotonia. Não ser possível desligar-me e desacelerar os pensamentos que viajavam incontáveis vezes e submergia loucas recordações. Me sentia talvez culpada no meu inconsciente, ou ainda meu corpo reagia a demonstrar-me o quão útil poderia ser e o quanto o ócio me parecia confortável. Não aceitaria reviver aqueles meses difíceis. Preferia estender a mão, saudar pessoas simples, sorrir das manhãs rotineiras e às vezes até turbulentas. Me reestabeleceria. Renasceria e fincaria raízes. Ouviria oratorias belas, incorporaria dentro do meu intelecto a missão que haveria de cumprir. Não fugiria do destino. Abriria espaço para felicidade e me dedicaria a ser menos opressora. Entenderia. Viveria para ser melhor e ser melhor seria o único propósito. Não seria fácil. E quem disse que seria!? Abriria espaço. Tomaria as rédeas. Abusaria da boa vontade. Traria de volta princípios da maternidade. Me equilibraria numa passarela de poucos centímetros. Me tornaria Dona de mim. E saberia optar pelo justo. Viveria a dignidade de ser o princípio, o meio e o fim.
-Marília Villela
Noite que chega, semana que se inicia e esperanças que se renovam.
Planos que se apresentam ao Senhor, pois Dele, é sempre a última Palavra.
Que em meio a tantas expectativas não falte gratidão, pelo sim e pelo não, pois os planos do Senhor são maiores que os nossos.
Achamos razão e sempre ocasião para adorar e agradecer ao Senhor, na certeza de que Ele tem cuidado de nós. Sejamos gratos ❤🛐🙏🏻
Deus abençoe sua noite .
Eis que duas sombras confundiam-me
A primeira encontrava-se a minha esquerda
ERA A DÚVIDA
Inquieta, indecisa escuridão
Queria algo me falar
Veio a noite
E de seus segredos não soube
A segunda sombra estava a minha direita
ERA A ESPERANÇA
Serena, tranquila paz
Porém, não conseguia disfarçar
Também queria algo me falar
Veio a noite
E de seus segredos não soube
Na escuridão, sozinho fiquei
Sem minhas duas sombras
Queriam algo me falar
Mas a escuridão não permitia
Nada pude fazer
O Senhor não estava comigo
Nem eu com ele
Só trevas havia
Só o silêncio ouvia
Nada mais enxergava
Só o frio sentia
E o fim, por fim chegou
Jamais ouvi os segredos das sombras
Não chegaram a conhecer a luz
Talvez queriam algo falar
QUE EU ERA A ESCURIDÃO
