Bernado Guimaraes Poemas sobre Amor
Devemos crer na existência de Deus. Ele é o único que promete ser fiel durante toda nossa existência aqui na terra.
A Bíblia diz que Deus é o Criador do Universo. Ainda que contestemos essa afirmativa, ficamos sem argumentos para provar o contrário.
Eu creio em Deus.
E você?
Por mais que a situação atual de uma pessoa esteja realmente ruim, ela deve lutar muito para vencer todos os obstáculos que surgem em seu caminho. Acreditar na existência de Deus.
E crer que Ele tenha poder para resolver todos os problemas.
Ele realmente tem.
Boa noite! Prostração é a perda das forças, sentir enfraquecido mediante uma situação adversa, uma perda de ânimo me tornando extremante abatida, me lançar ao chão derrubada pelo inimigo, curvado pelo tempo onde não há recuo, um cansaço sem medida. Coloco-me como se tivesse levado um golpe que aparenta ter a impressão que não há forças para se libertar. O corpo e a mente revelam um momento de abatimento físico e psicológico, estou esgotada e parece que nada me libertará. Noites mal dormidas, ao sentir na pele um sofrimento profundo do fruto que mais amamos e percebemos o quanto somos impotentes e incompetentes para travar esta luta para sua melhoria.
Gera um desânimo incontrolável o qual suprime nossa capacidade de agir. A debilidade presente me torna inútil frente a batalha a ser seguida. Preciso respirar fundo e reagir, como se fosse fácil, mas não há outra alternativa frente aos fatos. O meu cansaço notório nas mãos trêmulas, na disritmia do compasso do meio peito, a falta de ar intensa, marcado pelas feições uma face transtornada, sentindo a fragilidade de realizar as mais singelas atitudes é plena fadiga. Peço forças, ergo a cabeça, lavo o rosto e acredito isso vai passar, necessito que este estado ínfimo seja superado.
Olho no relento este corpo cansado, apresento um vulto desmantelado que necessita de esperança. Ergo as mãos aos céus com as poucas forças que me restam e digo: “eu tenho que conseguir pois não há mal que dure para sempre” e acredito que forças além da minha compreensão vão agir. Necessito imensamente de um descanso para restabelecer energias e prosseguir. Deus ouça meu clamor e permita que esta noite eu adormeça no seu acolhimento. Amanhã será um novo dia. Uma excelente noite a todos...
INTERCORRÊNCIA
Intercorrência é a variação de um estado, uma mudança desordenada que não estava sendo esperada. Programamos o nosso dia de tal forma que os atos a serem realizados sejam feitos de forma ordenada, para que nada saia do seu eixo e que possamos realizar tudo como combinado. Tenho uma agenda eletrônica onde coloco todas as tarefas a serem executadas no dia e tento programar a semana com agendamentos importantes, como médico, reuniões e assim por diante. Mas fatalidades sempre podem acontecer e de uma hora o que estava previsto não irá ocorrer. Há certos momentos que seriam inesquecíveis, que queremos muita fazer, mas os imprevistos nos desabonam e um grande sentimento de frustração pode suceder. Vejo diante dos meus olhos, muitas vezes uma grande decepção, mas sabemos que os motivos que nos levam a estas alterações normalmente são mais importantes que as conjecturas pré-estabelecidas. Geramos expectativas em alguns acontecimentos, meses planejando e quando o dia finalmente chega, não podemos cumprir, que como por um desencanto nos faz amargurar. Enfim nem tudo que queremos podemos concretizar, mas devemos estar cientes que na vida sempre poderemos ter uma nova chance, e nos reprogramar.
Carestia
Prazer sou o desgraçado
Pelo jeito que me falam as palavras
Como os olhos que quero, me fogem
Como acordo sem feromônios e azarado
Mas ao inferno todas as doces línguas que não me vem
De toda maneira que se tem
Sou só e assim mais feio que o disforme
E meu andado destoa, pois a rua parece que morde.
Sacra constituição
Cravei com Deus
Umas novas leis
Pros meus sonhos
Ai ele me deixa sonhar,
Do jeito certo
Funciona assim
Eu sou só pele
E pra flutuar
O que tenho por dentro
É o que pensam almas notívagas
Delas me vem um tanto de malícia
Que atravessa e respinga paixão
Ai vou longe sobre o urbano e o rural
E nada de sentir dentes caindo
Ou o susto de cair de um arranha-céu no colchão
Assim furto de todo o resto pra ir te visitando!
Arrefecer
E depois do fim, do frio na barriga
De quem cai de amores
Eu volto pra casa com músculos doloridos
E então o sangue esfria, e os espasmos correm
E a dor de hoje cobre a de ontem.
Anti- horário
Espera conheço esse sabor!
Já vi esse olhar derreter e empedrar
Vivi essa tarde nessa mesma cor
O azedo já ferroou minha boca, deu a volta e adocicou
Me vieram espíritos violentos nos melhores perfumes
E usei de meios lascivos, para os fins mais carinhosos
Tudo errado, contrariado
De cá pra lá!
Feito das tripas coração.
O Estro
Por um olhar, e os traços o contornando
Como as madeixas descem
E suavemente ascendem
Como pergunta
Na testa, nuca e orelhas
Enrubrescem minhas bochechas
Esmurram-me o estômago.
Pra que eu volte aos olhos me perfurando.
Onisciência
Deus tu que sabes bem
Aos pés de quem, e de que cama quero estar
Por favor distorça meu pobre caminho
Tu que conhece os corredores por vir
E a mão que escolho pra me puxar
Dentre as ironias nos deixe passar
Pois um tanto por ela e outro pelo paraíso
É que o inferno ruge e se contorce.
O Anatômico
E foi dito que ele se mudou
Para os grânulos de fordyce dela
Lá nos risquinhos daqueles lábios
No abismo e nas raízes daquelas íris
Agarrado aos poros de sua pele
Um encosto regozijado e assustador.
Foragir
Ah eu já não sei o tanto de dor que tem que doer!
Que encruzilhada e aperto de mão eu busco pra lhe esquecer
Na vastidão que esse mundo tem, ninguém me esconde de você.
Emancipada
Nesse município beleza nenhuma alcança a dela
Descendo a rua, como faca que risca a nata sobre o leite
Até o meio dia se intimida, nubla e segue em seu encalço.
Arcaica Alma
Ai de minh'alma velha destituída de par
Que faz minha carne sentir o que está
Onde os idiomas não vão
Solta meus olhos do trânsito
E os arremessa ao horizonte
Sem nada querer ou precisar.
Sra. Solidão
Oh posso sentir no tutano de meus ossos!
Como estalos de chamas lambendo capim seco
Do cerrado que me pariu
Como chuvas que sobre fazendas vão mais violentas
Ou pior, a geada velha, caquética, incomum
De flácidos braços que me constringindo, me constrangem.
Nestes mares sem bonança,
Boiando sem esperança,
Meu baixel em vão se cansa
Por ganhar o amigo porto;
Em sinistro negro véu
Minha estrela se escondeu;
Não vejo luzir no céu
Nenhum lume de conforto.
Os meus braços estão presos,
A ninguém posso abraçar,
Nem meus lábios, nem meus olhos
Não podem de amor falar;
Deu-me Deus um coração
Somente para penar.
Nada vai mudar de uma hora para outra, é preciso aprender a esperar e agir no tempo certo. Não force os ponteiros do relógio para fazer o tempo correr, mas dê tempo ao tempo para o que você tanto quer aconteça tomando as decisões corretas renunciando o que já passou.
Nenhuma dor dura para sempre, você pode até calar os seus lábios, mas não vai conseguir silenciar o seu coração. O seu coração é conduzido pelo tamanho dos seus sonhos, e que sejam grandiosos os seus sonhos!
Entenda que amar não é sofrer, se dói não é amor... O amor é chuva, chuva que molha a terra ferida, trazendo de volta a vida que a mágoa um dia levou.
Escolha ser feliz!
Mas, na ocasião, me lembrei dum conselho de Zé Bebelo, na Nhanva, um dia me tinha dado. Que era: que a gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesma nunca se deve de tolerar de ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a ideia e o sentir da gente.
Fala de Riobaldo, in Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa
