Bernado Guimaraes Poemas sobre Amor
Versos Escarpados Vol. IV
Acuo-me,
...Olho e pergunto:
O que é
A ilusão da própria vida ?
Respingo;
É o sonho !
A ilusão das ilusões.
Sim !
Das modéstias em brilho,
Tu te tornas um sábio,
Sim, ...Um sábio,
de tudo o que almejas.
****
Já era fim de tarde,
O sol já se punha no horizonte,
Os primeiros pontinhos
Em luz já se despontavam.
Pôs-me,
Em canto a gritar,
A glória do amor
Em poesia recitar...
***
Essa Vaidade
A vaidade não escapou,
Continua loira como o sol,
Com seu grande talento,
Que a todos iludiu...
Ainda hoje,
Por debaixo do Sol
Tudo é vaidade...
Ate mesmo aquilo que nos lume.
"O AMOR"
***
Enquanto a lua
Perambula pelo firmamento
Aqui Eu
Canto o Amor,
Sem dor.
Bem acertado das ilusões
Vencidas...
****
Madrugada,
Poesia de amor,
Encantamento de flor,
Das visões chorosas,
Donde brotam as rosas,
Do Tom e Perfume
do amor...
***
esses Magos
Que escrevem,
Com mãos tremulas,
Em silhueta de ternura,
Cantam em seus versos,
Porções mágicas
de
Encanto do Amor...
***
Vasculho nos espaços do tempo,
Meus sonhos menino.
Um dia espalhados,
Em sementes preciosas,
De perfumes
do amor...
****
..Lua dos arrebatados,
Que vagueia em meios às serenatas.
Nas vestes das ilusões.
Cheio de vida,
Gargalha nos sonhos deste menino.
***
Retornei,
...Tornando a provar,
O mais doce dos encantos,
De a vida nos levar.
Em uma simples poesia,
O amor se manifestar.
Meu coração
Por graça,
Se levar.
As profundezas do amor.
E depois sossegar,
Nestes braços,
Descansar.
Jmal
Poema
Versos Escarpados
Vol. IV
by
Jmal
Outono e Primavera
2011
Sanpa
Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a
se colocar em primeiro lugar não é egoísmo. Qualquer
escolha é seguida por alguma consequência, vontades
passageiras não valem a pena, quem faz uma vez, não
faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com
certeza faz onze. Perdoar é fácil, esquecer é quase
impossível. Quem te merece não te faz chorar, quem
gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não
fazer parte do seu presente, não é preciso perder para
aprender a dar valor, não precisa mudar para conquistar e
os amigos ainda é possível contar nos dedos.
você percebe o que vale a pena, o que se
deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter
entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem
tem como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o
melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são
imediatos. Simplesmente dê tempo ao tempo.
Teatro de sombras
Tarde angustiante
Vento sorrateiro,
Quarto fechado
Espelhos iluminados.
Frio.
Vestiu-se com apuro.
Preto e prata.
Amoras colorindo a boca.
Amores secretos.
Silêncio
Brincos aprumados,
Nos dedos anéis engessados.
Gritos no estômago,
Alarde de afetos famintos.
Palavras alteradas,
Olhares esvaídos
Pulseiras.
Encanto nos aros,
Apegos secretos aprisionando o calo.
No pulso
Compasso
O sufoco de um bandorion afogado.
Passos acre.
A calúnia dos dias.
Edificação de inverdades
Aperfeiçoamento embebedado de ternura.
Marcha e ditado.
Guerra.
Mortos.
Feridos.
Fuga
Escoamento.
No luto,
A rua,
O mundo,
A diversidade,
O conceito,
A lâmina da integridade.
Palco.
Episódio
Enfeitado de sombras.
Marionetes e palavras.
Malabaristas equilibrando sonhos.
Frases perfumadas com cardamomo.
Formato e bastidores.
Escrita
Lacrimejado em letras
Literatura,
Teatro do amar
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Formas
Não decidirei
Em poesia
Não foi poético
Nosso fim
Foi na rua
Minha dor
Avançando desesperada
E você jogou
Seu beijo
No espaço
Como resposta
E com quantos
Beijos se arranja um amor
Da dor eu sei
Do amar é passado
E do resto
Escreverei amanhã
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Inconstante
Ficava ali, presa ao chão, porque nela morava a inquietude permanente amarrada aos ventos.
Fecharam todas as portas e janelas para que não viajasse desavisadamente e flutuasse entre as fechaduras espalhando segredos.
De vez em quando era posta ao sol a aliviar bolores e choros que avisavam os anjos de sua dor, dos quais sempre conversava.
Eles a espreitavam e comungavam com sua dor.
Seu lamento estava inconveniente e colocava a felicidade no embaraço.
E não adiantava água benta, somente lágrimas salgadas silenciavam sua inquietude.
Ninguém a alcançava, dançava solitária com seus pensamentos.
Navegava.
E os acontecidos passados espirravam em seu rosto como recordações enganadas.
Muito tempo se passou e amanheceu diferente, com os olhos claros de cílios alongados de negro.
Na porta alguém trouxe a correspondência.
No desembalar, uma carta sem remetente, amarfanhada, com uma pérola quase imperceptível dançando entre letras descritas, grafada nas sílabas:
“Única”.
E o sorriso de sua boca eclodiu como resposta.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Hora
Agora
Vou falar
De mim
Olhe nos meus olhos
Sou transparente
Dramática
Observe meu corpo
Tem cicatrizes
Não sou pragmática
Tenho alma
Não acalma
Vive dúvidas
Não vire o rosto
Olhe em mim
Tenho matemática
De consciente inexato
Não me conhece
Sou elegante
Por favor
Desça
Dos meus pensamentos
Para que nada
Aconteça
Com sua presença
Desça
Também
Do meu corpo
Você não existiu
Movimenta palavras
Para cobrir
Sua falsa coragem
Para descobrir
Quem sou.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Verso inverso
Reverso verso
Com verso
Converso
Sem nexo
Verso adverso
Universo
Unir verso
Verso a verso
Verso versus verso
"Meu Deus, Meu Deus"
Deus de todo mundo
Deus criador
Punha sempre
Sementes em meu caminho
E eu as enterrava
Achando tudo
Caso encerrado
...mas eram de Deus
E elas germinavam
Eu assustava
Como tudo brotava
Ficava brava
Com a indecência
Brava
Como tudo se realizava
E me esquecia
Que tinha
Outro lado da calçada
E...
No movimento da decisão
Era simplesmente
Atravessar
Outro momento
Que ficava
Ao lado
A travessura
E
De
Nada
Adiantava
Esbravejar
Tinha
Que
Simplesmente
Atravessar.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Infinitamente
Quanta solidão
Amarguei
Até chegar
No teu beijo
Quantos dias ásperos
Tive que digerir
Na fome
Do teu corpo
Faminta de ti
Entre brumas
Da imaginação
Recordarás
Que nunca é sempre
Na lembrança
Você é meu
Meu desejo
Sempre
Infinitamente
Meu.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Neste Ano Novo
Lençóis brancos
Alvos
Onde todo dia
Descortinas, tua alma.
Na cama,
Com calma.
Antes da aurora
Forres de intenções sua oração
Para que tenhas,
Na alma
A cor da lua
Palma
Alva.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Tudo nas mãos
Sangue
Poder
Dinheiro
Ódio
Pecado
O todo
Mas e agora?
Que sabor que tem
Quer cor que tem
O que querer depois de um tudo
Vazio
Aberto
Duvida
Vácuo
Exílio
Abismo
Depois do todo
Sempre vem o nada.
Porque ele é tão especial para você
Ele é um comum
Ele é um normal
Ele é um medíocre
Ele é um banal
Mas tudo isso aos olhos de quem?
"Quem é Diogo Oliveira?
Ele é apenas um nômade escritor que brinca com as palavras, e veleja nos rascunhos de um espectro poeta, a procura de conduzir a imortalidade dos seus meros pensamentos através dos borrões de seus textos."
Me sinto um pedaço de carne
Homens são como leões famintos
Não sou fácil e nem descartável
Não sou as outras
E eu nem sei o que me prende a você
Não sei citar uma qualidade sua.
Então, que porra é essa?
Vai embora e não volta.
Como podes me apaixonar
Sem se quer me tocar,
Sem se quer me abraçar,
Sem se quer me beijar.
Foi assim que por ti me apaixonei
Apenas lhe vendo pude, facilmente
Dizer que era por você que me fascinei.
-JP
Nossa reaproximação não foi um acaso,
Foi algo natural e sem esforço
Que reviveu nosso caso,
Quero que dê certo de novo, por isso torço.
Para que possamos enfim
Ficar juntos novamente,
E botar um fim
Nessa tempestade na minha mente.
-JP
"Estava aqui pensando com os meus botões... Para ser mais exato, estava refletindo como expressaria sobre o que aconteceu comigo
no coliseu da vida... Sob o efeito colateral do
espaço-tempo, que
subjetivamente, finalizou ao nocautear-me com um choque paralelo de realidade, ao êxtase da minha imaginação."
Se você não jogar fora o que não te
serve mais
Não terá espaço para as novas coisas
boas que vão te caber perfeitamente
Escolher amigos por valores é como cultivar um jardim de flores perenes, enquanto amizades por gostos em comum são como cultivar flores de uma estação.
Amizades por gostos em comum são como notas dispersas, enquanto amizades por valores em comum são como uma escala harmoniosa que formam uma melodia.
Valores sólidos são o fio condutor de amizades autênticas, que conectam pessoas de todas as partes do mundo, que estão indo para uma mesma direção, enquanto gostos em comum são como pontos isolados em um grande quadro que não levam a lugar algum.
"A anáfora de minha alucinação periférica, adormecida pela tese de um neurótico insight, desencadeia um zênite embate dialético... Filtrado como causa de uma antítese ortodoxa dos meus primitivos pensamentos, gerando uma síntese
retórica de ciclos decrépitos, num sentido antagônico ao niilismo existencial
de moléculas, aleatoriamente traçadas numa deriva calopsia do universo.
Sobretudo, resiliente ao paradoxo de uma dispneia psicogênica de uma prospecção assertiva. Catalisando, no que lhe concerne, o protagonismo complexo de uma alexitimia ipseidade."
