Bendito o que Semeia Livros e faz o Povo Pensar

A ortografia não faz o génio.

Os que acreditam que o dinheiro faz tudo provavelmente estão dispostos a fazer tudo pelo dinheiro.

O que se faz de grande faz-se em silêncio.

Faz-me o favor...

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és nao vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!--
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.

Se não és rico faz com que pareças sempre útil.

Queremos um lugar ao sol - é normal, meu rapaz; então faz o sol em vez de tentar ganhar o lugar.

Fala-se pouco quando a vaidade não faz falar.

Lastimamo-nos da nossa ignorância, mas é ela que produz quase todo o bem do mundo: não prever faz com que nos empenhemos.

Nós, os pobres, somos como o algarismo zero, que por si só nada vale e faz valer a cifra que a ele se junta - tanto mais quanto mais zeros lhe forem acrescentados.

Não seria maravilhoso se a nossa mente roncasse como o nosso estômago faz quando está com fome?

Cada novo conhecimento que se faz produz desagregação e nova integração.

A verdade não faz tanto bem neste mundo como as suas aparências fazem mal.

O verdadeiro mérito é como os rios: quanto mais profundo, menos ruído faz.

Ninguém é mais adulado que os tiranos: o medo faz mais lisonjeiros que o amor.

Cada vida faz o seu destino.

O espírito diz coisas deveras belas, mas só faz banalidades.

Cada novo conhecimento importante que se faz decompõe-nos e volta a compor-nos. Se esse conhecimento for da maior importância, passamos por uma regeneração.

A vaidade faz mais gente feliz do que o orgulho.

O hábito é que me faz suportar a vida. Às vezes acordo com este grito: - A morte! A morte! - e debalde arredo o estúpido aguilhão. Choro sobre mim mesmo como sobre um sepulcro vazio. Oh! Como a vida pesa, como este único minuto com a morte pela eternidade pesa! Como a vida esplêndida é aborrecida e inútil! Não se passa nada, não se passa nada. Todos os dias dizemos as mesmas palavras, cumprimentamos com o mesmo sorriso e fazemos as mesmas mesuras. Petrificam-se os hábitos lentamente acumulados. O tempo mói: mói a ambição e o fel e torna as figuras grotescas.

Diaulo era médico, agora é coveiro; / aquilo que faz como coveiro, já o fazia quando doutor.