Beleza ao Luar
O lance dos obstáculos é que você tem uma escolha. Você pode encará-los como entrave ou como presente. Eles são ou empecilhos ou trampolins.
Eu queria tanto ser como eles. Se eram tão incríveis assim no colegial, imagine como o resto de suas vidas seria perfeito.
Eu odiava pensar que não teria essa vida. Que meu destino seria ser uma menina qualquer invisível, sem graça e sem amigos.
Não pude de fato
Possui-la de encanto
Pois apenas praguejo
As entranhas de um medo infanto
Da sede me pus
De canto a olhar
O que talvez seria
Uma miragem do luar
Corri, corri
Para assim me saciar
Deparei-me com olhos sombrios
E caninos a me devorar
Mordi, mordi
Para me matar
O que me matava por dentro
Poder descansar
Foi então que vi
A linda feição se prostrar
De encanto me enchi
De ódio pus-me a chorar
Como pode, oh vida
O que é vivo tirar
A beleza que possui
Uma mulher neste luar.
Prossigo contando estrelas
e sorrindo para a lua,
nem sempre consigo vê-la,
quando percebe, recua
Mas que feio, lua cheia,
não deves te esconder
faças no céu tua estreia
e boa noite hás de ter !
Tens um fascínio no olhar
que consegue atrair-me
de uma forma incontestável
como uma agradável noite de luar,
pois o teu jeito é singular, aliciante,
também não canso de admirar
as linhas elegantesda tua face,
então, meu afeto por ti, é incessante
semelhante a tua intensidade
que é pulsante e alimenta-se da verdade
pra que o teu viver seja relevante,
portanto, és mulher sensata
e de uma beleza estonteante.
Podes acreditar que inevitavelmente levo em alta conta esta tua elegância simplesmente maravilhosa que faz eu ficar fortemente atraído, então, pra mim, és o destaque desta noite, um luar radiante com um primor irresistível.
Se eu ignorasse a tua presença, com certeza, seria um tolo e ao mesmo tempo uma tristeza por não usufruir dos teus encantos que deixam este momento atípico ser tão agradável e certamente será inesquecível.
Minha querida, tens uma beleza que agrada os meus olhos, tua essencialidade intensa alegra o meu espírito, teu jeito gracioso é envolvente, causa uma sensação prazerosa inconfundível, então, irei carregar-te na minha mente pra que constantemente estejas comigo.
Alcanço uma sensação deleitável ao admirar-te, uma exímia Dama da Noite, amante da lua, da escuridão noturna que destaca as constelações
por encontrares uma certa similaridade com a desenvoltura das tua fases, das tuas atuantes emoções
e da veemência radiante da tua graciosidade.
Ainda possuis um romantismo à moda antiga, respeitoso e incansável, daqueles que se cativa depois de ser por ele ricamente cativado, então, és uma linda flor que merece ser continuamente cultivada com amor à semelhança de uma simples ocasião amável por estar lindamente enluarada, um notório esplendor.
Dispondo desta essência elegante, és bela e muito atraente como um luar resplandecente destacando-se na noite escura, iluminando corações ardentes, onde a vivacidade e a ternura se unem em um nexo romântico bastante evidente e uma fogosidade que os consome.
Crônica para Luíza
Luíza foi meu luzeiro por bons janeiros.
Amiga, derramava no olhar tanto afeto
Para mim
Como se filha dela eu fosse também.
Além do riso, tinha a fala, tinha o gesto
Um certo quê de bem-aventurança
E por ser uma mulher forte, foi meu norte
Em dias turbulentos de adolescente perdida
Sentava-me com Luíza e recebia conselhos
E atenção.
“Filha, por ali não”, ou “sim filha, você está certa,
mas pode melhorar se fizer de outra maneira.”
Ganhava-me, então, e corria a atender sua vontade.
Com uma sólida liberdade.
Transitei na sua casa e na sua vida
Por isso, Luíza esteve no meu coração
Por todos esses anos em que a vida nos separou
E o tempo não apagou minhas doces lembranças
Do amparo que eu recebi de Luíza
Quando eu mais precisei.
Ela esteve lá, presente nos meus domingos
Que seriam vazios e doloridos sem a sua força.
Agora ela partiu para sempre.
Não sem deixar-nos seu legado
De fé e esperança.
Na vida, nas pessoas, no amor.
E eu tenho certeza
Que a beleza da alma de Luíza
Espalhou-se por aqui e nunca mais
Vai se extinguir.
Pode até parecer óbvio, mas morar num cemitério me faz pensar na morte. Aqui há uma ordem que não existe na vida real, e acho isso estranhamente reconfortante. Talvez essa seja a beleza da morte. Nada mais é complicado. Tudo é fechado e definitivo.