Beijo de Mae p Filha
“Os admiradores de mitos, Quando se cansam dos existentes. Fabricam outros, como os pães de padarias de acordo com seus gostos.”
“What’s love got to do with it?” Começou a tocar assim que liguei a TV. A música estava nas redes sociais e agora em minha TV, como se precisasse ser ouvida, compreendida, assimilada por mim e eu estivesse fugindo dela. Ela dizia para eu não pensar, para me jogar mesmo sem ter certeza do que iria acontecer amanhã. E quando é que temos certeza? Eu tenho resistido à música assim como tenho negado dar um nome para isso que eu sinto. Porque se eu der um nome se torna real. Mas o que o amor tem a ver com isso, certo? O que a paixão tem a ver? Eu só estou um pouco boba quando falo com ele e só. Eu só estou um pouco sentimental mas deve ser por causa dos remédios que estou tomando e não tem nada a ver com Tina Turner, Sade, ou em como me arrepio inteira quando as mãos dele tocam meu corpo.
Ele beijava minha boca, meu corpo e entardecia lá fora. O sol beijava o mar, eu não conseguia tirar minhas mãos dele e pensei em como não havia outro lugar no mundo onde eu quisesse estar. Naquele momento não havia concursos, processos urgentes, telefones tocando, dramas familiares ou ansiedade. Só havia nós. O mundo todas desaparecia enquanto eu o abraçava e eu pensava que não queria soltá-lo nunca mais.
Então eu entendi. Eu deveria ter entendido antes. A vida me deu vários sinais que eu tinha ignorado e ela precisou me dar um solavanco, um soco no estômago, um beliscão para eu acordar. Um cara me mandou um nudes e eu só visualizei, totalmente desinteressada. Outro cara gatíssimo surgiu e eu não senti a menor vontade de ficar com ele. Eu perdi o apetite quando saí com o cara que eu estava ficando - eu, que como um boi pela perna, que dou prejuízo para os restaurantes, que faço as pessoas passarem vergonha quando saem comigo de tanto que como - eu perdi o apetite! Mas nem assim, nem desta forma eu acordei e foi somente quando eu vi a forma como eu olhava para ele na foto foi que eu percebi que estava me apaixonando. Foi só ao ver minha cara de boba que tudo fez sentido. Isso é uma tragédia! Ou será uma dádiva?
Eu gosto disso, gosto deste cuidado. Gosto de ele me dizer para pegar um casaco porque esfriou e ele não quer que eu passe frio porque se preocupa comigo. Gosto da sensação de ter alguém cuidando de mim e de me sentir protegida e de pensar, secretamente, que eu gosto de pertencer a algo ou alguém, mesmo que ele não saiba disso. E nem vai. Ele não precisa saber o quanto povoa meus pensamentos ou o quanto eu gostaria de estar com ele neste momento, nem que fosse para fazer algo simples como ouvir uma música e olhar o pôr do sol, algo que eu amo fazer.
"Meu ar de dominador dizia que eu ia ser seu dono e nessa eu dancei" já cantava Djavan e eu penso que eu posso dançar também e eu nem sei dançar...então eu vou despencar. Eu queria brigar com ele e me atirar no chão, esperneando como uma criança, e dizer que ele conseguiu. Ele me fragilizou e me fez escrever de novo porque eu possivelmente estou apaixonada por ele e isso me aterroriza. Isso me aterroriza porque eu amo a forma como o meu mundo está colorido e sinto medo de perdê-lo.
As vezes, as feridas foram feitas para gerar cura. Pois só quem já sofreu com algo, sabe como ajudar o quem está machucado.
Os segredos mais profundos da Palavra de Deus, só será revelado a nós, quando mergulhamos mais fundo nas escrituras e na intimidade com Ele.
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